Constelações Humanas
A exploração espacial é também uma fonte infindável de perspectivas da própria Terra. Nesta “Imagem Astronômica do Dia” da NASA, “constelações de luzes” se estendem pela vista da Estação Espacial Internacional. Não são estrelas: são aglomerados urbanos. Somos nós.
O nexo entre constelações no céu, vistas da Terra, e constelações na Terra, vistas do espaço, é fabuloso. Afinal, não só todos os elementos mais pesados que o hidrogênio foram produzidos em fornalhas e explosões estelares – pelo que, nunca é demais relembrar, somos literalmente poeira de estrelas –, mas parte desta poeira adquiriu consciência e criou essas luzes artificiais, visíveis a 320 km de altitude.
Navegue pela origem da energia que produziu estas constelações de luzes urbanas, e descubra um nexo ainda mais profundo. Embora a energia venha de fontes muito variadas, sua maior parte pode ser traçada de volta ao nosso próprio Sol, que com sua luz fixou há milhões de anos o carbono dos combustíveis fósseis ou movimentou bem recentemente o constante ciclo da água que move nossas usinas hidrelétricas. Como disse Richard Feynman sobre a madeira, essas fontes de energia são de certa forma a própria luz do Sol armazenada. Ao utilizarmos esta energia para iluminar artificialmente a noite, estamos liberando esta luz outra vez.
Estas constelações humanas também são, de certa forma, compostas de estrelas.
Atualização: Mais fotos de constelações humanas. Abaixo, o delta do Nilo.
E a Europa:
Como se as imagens não fossem suficientes, elas estão sendo publicadas via Twitter, diretamente da Estação Especial Internacional pelo astronauta Douglas Wheelock.
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