O navio de Teseu e a impermanência do Carbono-14
“Nenhum homem pode atravessar o mesmo rio duas vezes, porque [já] nem o homem nem o rio são os mesmos.” – Heráclito
“O navio com que Teseu e os jovens de Atenas retornaram de Creta tinha trinta remos, e foi preservado pelos atenienses até o tempo de Demétrio de Falero, porque eles removiam as partes velhas que apodreciam e colocavam partes novas, de forma que o navio se tornou motivo de discussão entre os filósofos a respeito de coisas que crescem: alguns dizendo que o navio era o mesmo e outros dizendo que não era.” – Plutarco
O paradoxo do barco de Teseu é ao mesmo tempo uma das doutrinas essenciais do Budismo: a impermanência, a consciência de que tudo está em fluxo constante. A profundidade deste conceito pode ser apreciada tanto filosoficamente quanto vislumbrada cientificamente, compreendendo melhor a datação por radiocarbono, conhecida também como teste de Carbono-14. É uma longa jornada que vai literalmente de estrelas a muitos anos-luz até a ponta de seus pés, mas àqueles dispostos a dedicar algum tempo e esforço a viagem valerá a pena.
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Discussão - 1 comentário
Mori.
Estava relendo este texto (fantástico por sinal) e tentei fiz um paralelo com uma frase do Dawkins citada abaixo:
“not a single atom that is in your body today was there when that event took place…”
Não consegui encontrar uma fonte séria adicional para esta informação.
Li alguma coisa na time sobre a cada ano 98% dos átomos do nosso corpo ser renovado, mas nada muito além disso.
Tens alguma fonte com qualidade para uma afirmação neste sentido?
Valeu!
Ramon