A beleza da flor de Feynman

No vídeo, acima, Feynman se queixa de um amigo seu, artista, que diz: “Vocês cientistas não sabem entender a beleza de uma flor: vocês pegam a flor e separam parte por parte, até ela perder a graça”. Ele diz: “Ora, tudo que outras pessoas vêem numa flor eu também vejo, mas vejo muito mais. Eu posso imaginar as estruturas das células lá dentro, e ver como são bonitas. A flor tem beleza numa escala de centímetros, mas também numa escala muitíssimo menor. O fato de que a flor é capaz de desenvolver cores para atrair insetos também é interessante. Isto quer dizer que os insetos enxergam as cores. Será que eles têm também um senso estético? Como se vê, o conhecimento científico só faz aumentar a beleza e o mistério das coisas, não vejo como possa diminuí-lo”.

A tradução em português acima eu encontrei na coluna de Bráulio Tavares, que ainda comenta:

“Eu me arrisco a dizer a Feynman que ele talvez não tenha percebido que grande parte das pessoas que elogia a beleza não se interessa por ela. Gostam das flores e dos crepúsculos como um enfeite para seu lazer, como algo que está ali com a função de proporcionar-lhes deleite. Grande parte da apreciação estética não tem nada dessa curiosidade desinteressada de Feynman. É apenas uma fruição egoísta de um prazer socialmente encorajado. Um sujeito só acha uma flor bonita no instante em que admitir que a flor é tão importante quanto ele”.

Depois disso, passei uma hora lendo todas as colunas de Tavares de uma só vez.

Ah sim, o vídeo de Feynman contando essa história eu já havia visto em um documentário mais longo, onde ele conta várias histórias e fala principalmente de seu pai. Mas achei indicado no Glúon, que anda bem atualizado.

A Ilusão da Mão de Borracha

Como vocês, a ilusão da mão de borracha, onde os sujeitos sentem que a mão de borracha faz parte de seu corpo – porque ela está visível e reproduz perceptualmente o que a pessoa sente em sua mão, escondida.

A ilusão é especialmente importante porque ocorre com pessoas “normais”, demonstrando um paralelo de outras dissonâncias como a mão alheia, membros fantasmas ou mesmo a esquizofrenia.

Também é uma boa indicação adicional de que o que “somos” é muito flexível. Assim como podemos facilmente racionalizar decisões que não são nossas como “nossas”, ou ter nossa percepção da realidade influenciada pela opinião de outras pessoas, é “salutar” que uma mão de borracha possa ser tão facilmente percebida como parte de seu corpo.

E as pessoas continuam acreditando que o que somos é uma fumacinha branca imaterial, e que nosso corpo é apenas o veículo para a manifestação da fumacinha. Detalhe é que a fumacinha de vez em quando acha que tem três braços. [Situationist]

Um Requiém Adoidado

Repleto de muitas confusões!

The Ting Tings – Shut Up and Let Me Go

Clipe e música bacana. O efeito “fermento em pó Royal”, mais conhecido como recursão ou Droste Effect, já havia sido usado no clipe do White Stripes Seven Nation Army. [Neatorama]

Carnaval Científico

Acabou não dando tempo de participar do “Carnaval Científico – um cientista em minha vida” (para variar talvez eu falasse do Tesla), mas vai aqui o resumo feito pelo Hotta no Brontossauros:

carnavalfdsa2– No Brain Dump temos um post interessante de como um colunista de uma revista pode despertar o interesse em uma área com histórias e problemas interessantes.
– Igor Santos, do 42, lembra do cientista que tem a melhor cor de jalecos do mundo (Baddadi-Badabam)… Beakman! (apesar de todos saberem que o Lester era o cérebro do programa).
– No Girino.org nos lembramos que os cientistas estão por toda a parte, inclusive contribuindo com o nosso pool genético!
– Luciano do Crash Computer se lembra de um cientista que trouxe luz a todos nós: Tomas Edison!
– Começando uma sequência de posts de divulgadores científicos, Renan do N-dimensional fala do cara que despertou a faísca da Ciência em bilhões e bilhões de jovens mentes: Carl "Cosmos" Sagan!
– Mais divulgadores: Stephen Jay Gould, outro monstro da divulgação científica (e outro grande admirador dos brontossauros) é o cientista escolhido pela Lucia Malla, que cruzou com o cara em boston (ainda tem uma foto de livro autografado de lambuja).
– Ciência pode ser escrita de forma competente por não-cientistas? O Átila fala de Carl Zimmer um excelente divulgador de ciências não-cientista que também inspira muita gente.
– Por fim, temos a minha contribuição com o grande Edward O. Wilson, que eu considero um dos grandes biólogos da atualidade!
Termino o post na esperança de atualizá-lo muitas vezes mais durante o dia. E você, qual é o cientista da sua vida?
Mais posts:
– Isis do Xis-xis dá uma de fiha-coruja e fala de seu pai, hidrogeólogo.
– Claudia Chow do Ecodesenvolvimento/Sustentabilidade fala de Alfred Nobel, desenvolvedor da dinamite e do prêmio Nobel.
– A nossa estatística predileta, Tine, do Este ou aquele? fala da ausência de figuras científicas na sua vida…
– E Dedalus, do Atlas, fala de Carl Sagan que assume a liderança entre os "cientistas de minha vida" (junto com meu pai).
– NeLas dá sua original contribuição ao falar de Élie Metchnikoff e suas contribuições à imunologia. Quem? Leia mais no OrgaNeLaS.
– E o Ibrahim Cesar do ótimo 1001gatos de Schrödinger manda Steve Pinker, mais um mega divulgador científico. Quem curte o Steve Pinker tem que ouvir um Nature Podcast Extra dele que pode ser baixado aqui.
– No RNAm, tem uma questionamento do Rafael se ele poderia ser o cientista da vida dele…
– Opa! Um post atrasado do Glúon, que escreveu sobre um dos cientistas mais divertidos e sagazes que eu já li: Richard Feynman!

Parabéns ao Átila e ao Carlos pelo enorme sucesso que foi esse carnaval fora de época, a blogosfera pró-ciência anda muito bem!

Como criar um culto – a conformidade Asch

Curta de Carey Burtt, “Mind Control Made Easy or How to Become a Cult Leader” (2000), legendado pelo pessoal do Clube Cético.

Não é comédia, e as frases e técnicas são encontradas facilmente em cultos (ou “religiões” e mesmo “ONGs humanistas”, os grupos de fachada).

Cultos exploram nossas vulnerabilidades, e uma boa demonstração de uma delas foi dada em uma série de experimentos feitos pelo psicólogo americano Solomon Asch nos anos 1950.

No vídeo acima você confere uma reprodução moderna do experimento. Nele, todos os participantes são “cúmplices” e apenas um é o desavisado sujeito avaliado.

Questionados sobre uma questão muito simples – qual traço na série à direita é idêntico ao da esquerda? – os participantes inicialmente dão respostas corretas, mas logo passam a declarar, de forma unânime, respostas incorretas.

O sujeito incauto irá ceder à pressão implícita do grupo e dar uma resposta incorreta?

Continue lendo…

A Pequena Fiona Apple

Fiona Apple aos seis e oito anos tocando teclado e piano. De nada.

Queda ao Centro da Terra

“Neste vídeo da PBS Nova (Science Programming on Air and Online), Neil deGrasse Tyson (actualmente o mais conhecido astrofísico americano) conta-nos o que sucederia se caíssemos num buraco que atravessasse a Terra de um lado ao outro".

Do ótimo Vídeos para o Ensino da Física e da Química.

Gojira dazo!

CGIgojira_io9.f42 Sequência fabulosa da destruição causada por Godzilla em uma Tóquio dos anos 1950. Perfeita.

Colagem de vídeos estabilizados

Em breve, em um clipe de música perto de você. Há tempos queria fazer algo assim, brincando com diferentes campos de profundidade, foco e tudo mais.

Também é possível simular uma câmera de altíssima definição com isso, e a partir dela, fazer zooms digitais e afins que seriam impossíveis de outra forma.

Novamente, em breve em um clipe de música perto de você. [ovelho]

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