Mais ilusões em movimento
Você já deve ter visto os sensacionais padrões de Akiyoshi Kitaoka, que geram a ilusão de movimento. O artista Kerry Randolph aplicou os padrões de forma tridimensional e… funcionam de maneira ainda mais espetacular! Clique na imagem acima para ver a série de imagens criadas por Randolph. Isso sugere que simplesmente imprimir os padrões ilusórios de Kitaoka e forrar paredes e objetos deve ser suficiente para torná-los completamente desorientadores. O curioso é que padrões tão simples, gerando ilusões tão intensas, não tenham sido melhor explorados na arte por todo esse tempo. Ou teriam? [via MOI]
Novo vídeo da Terra vista da Lua
Não perca o vídeo do nascer e pôr da Terra como vistos pela sonda japonesa Kaguya, na órbita da Lua, em 18 de outubro passado. Capturadas a 380.000km de distância de nosso planeta — e a 100km da superfície de nosso satélite natural — as imagens originais são as primeiras em alta definição. O que, infelizmente, não é o que vemos no clipe do Youtube acima.
Para ter uma idéia melhor do que a NHK — o canal de TV estatal japonês — ainda irá transmitir aos telesctadores nipônicos com TV digital em alta definição, clique na imagem abaixo para ver apenas 1 (um) quadro de 1920×1080 pixels. E imagine dezenas de quadros com essa qualidade por segundo, enquanto a Terra nasce ou se põe na Lua:
Veja mais no press release da JAXA.
Um astronauta Apollo já havia comentado como, da Lua, basta estender o polegar para cobrir todo o nosso planeta. E como dizia Sagan sobre nosso Pálido Ponto Azul:
“É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, todos os que conhecemos de quem ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas.
Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, “superastros”, “líderes supremos”, todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali – num grão de poeira suspenso num raio de sol.
A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração deste ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes mal distinguíveis de algum outro canto em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes.
Nossas atitudes, nossa pretensa importância, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no universo, tudo é posto em dúvida por este ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos.
A Terra é, até agora, o único mundo conhecido que abriga a vida. Não há nenhum outro lugar, ao menos em futuro próximo, para onde nossa espécie possa migrar. Visitar, sim. Estabelecer-se, ainda não. Goste-se ou não, no momento a Terra é o nosso posto.
Tem-se dito que Astronomia é uma experiência que forma o caráter e ensina humildade.
Talvez não exista melhor comprovação das loucuras da vaidade humana do que esta distante imagem de nosso mundo minúsculo. “Para mim, ela sublinha a responsabilidade de nos relacionarmos mais bondosamente uns com os outros e de preservarmos e amarmos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos.”
Da Lua, a Terra parece bem menor, mas ainda é um astro. Contudo, ironicamente, coberta por um simples polegar já permite compreender algo da humildade de que o astrônomo falava.
Red Alert: Bobina de Tesla
Um australiano brincando com bobinas de Tesla, depois de criar o Olho de Sauron, se inspirou no jogo clássico “Command & Conquer: Red Alert 2“.
O videogame possuía entre suas armas a terrível “Bobina de Tesla”. Literalmente o que o nome diz, mas gigante e capaz de lançar raios elétricos fulminantes contra soldados inimigos. Na foto acima, Peter incluiu desde os soldados de Tesla até o engenheiro e um inimigo eletrocutado. Os raios sensacionais são um truque: como sua bobina não lidava com Gigawatts, ele precisou guiar os raios com fios e capturar tudo com uma longa exposição. Veja mais clicando na imagem.
Ilusões gastronômicas
A ilusão ótica acima é clássica: os círculos ao centro têm exatamente o mesmo tamanho, mas aqueles ao redor alteram — e muito — sua aparência. Excelente e nova é esta simples montagem:
As porções de comida são exatamente iguais, mas o tamanho dos pratos em que são servidas altera a percepção de seu tamanho. E pesquisas de Brian Wansink indicam nossa percepção do tamanho e volume da comida afeta nossa saciedade, nós realmente comemos com os olhos.
Wansink publicou um livro popular sobre o tema, Mindless Eating, e seu sítio online lista tanto artigos sérios publicados em periódicos científicos quanto divulga atividades educativas para professores e alunos. Tudo em inglês, mas pelo visto muito recomendado. [via Wisebread]
Atualização: Só agora notei que Brian Wansink é o ganhador do IgNobel deste ano na categoria Nutrição, por sua experiência com pratos de sopa sem fundo — mostrando que aqueles que não percebiam a sopa esvaziar no prato acabavam comendo 73% mais, sem se sentir mais saciados do que aqueles que comeram menos em pratos comuns. Anda recebendo incrível cobertura da mídia por suas inusitadas experiências, e pelo visto é mais um bom cientista bem aventurado na divulgação científica. Ele aceitou o IgNobel com orgulho e bom humor.
Pluralidade de Einsteins
Veja a imagem ao lado figuras famosas, de Harry Potter a Albert Einstein. Certo? Agora clique nela para conferir exatamente a mesma imagem, mas em maior tamanho.
Para onde foram todos? De perto, todos são Einsteins (?). Felizmente a obra não tem nenhuma intenção conceitual neste sentido, e é apenas uma demonstração no MIT de imagens híbridas. Elas são imagens que contêm informação diferentes dependendo da resolução com que são vistas. De longe (ou espremendo os olhos) você pode ver Marylin Monroe, mas de perto, descobre detalhes que revelam o famoso físico.
[via MOI]
Mona Lisa islâmica
Imagem espetacular, digna de capa da National Geographic. Achado no Bitaites, foto de Elena Senao. Estaria a garota realmente sorrindo?
Confira: a praia em zoom infinito

Lembra de quando aprendeu que os contornos das costas marítimas são fractais? Nesta animação fenomenal você vê isso acontecendo! Bem, a rigor é um “truque”, já que a animação é um loop e não um “zoom infinito”. Mas ele só funciona porque partes da costa têm a mesma aparência geral em qualquer escala, isto é, graças à natureza fractal de tais costas. Fabuloso, descoberto no excelente Mighty Optical Illusions.
Para algo mais próximo de um “zoom infinito”, confira o clássico potências de dez.