Sol pode causar queda de ligações celulares

Um novo estudo mostra que durante picos de atividade solar, o astro-rei pode causar a queda de ligações de telefones celulares. O problema ocorre quando ondas de rádio associadas com os picos atingem as torres, que ao mirarem o horizonte aberto podem ser atingidas diretamente. Tais picos de interferência ocorreriam até uma vez a cada 3,5 dias em anos de atividade solar intensa.
A pesquisa, liderada por David Thomson da Queens University no Canadá, partiu do curioso fato de que as quedas de ligações são mais freqüentes no verão do que no inverno. As influências de tempestades solares sobre nossos pobres equipamentos elétricos, tanto em terra como, claro, no espaço, são conhecidas já há muito — e auroras solares são espetáculos naturais quase tão antigos quanto o planeta.
Mas é especialmente interessante que uma tecnologia hoje tão comum quanto telefones celulares possa ser uma nova forma de nos lembrar de nossa ligação direta com o Sol. Principalmente quando a ligação cair.

O americano mais rico da história


Foi John Rockefeller, que fez sua fortuna principalmente com o petróleo ao fim do século 19. Corrigida como uma porcentagem da economia do país, a fortuna de Rockefeller equivaleria hoje a 192 bilhões de dólares, mais que o dobro da riqueza do criador da MIcrosoft, Bill Gates. Mas, em quinto lugar, Gates já assegura seu lugar na história como um dos gigantes da economia.
Pelas maravilhas da globalização, o mexicano Carlos Slim Helu é ainda mais rico que Gates. Corrija agora a porcentagem da economia mexicana com relação à americana para dados interessantes.
Quem é o brasileiro mais rico do mundo? O empresário Joseph Safra, do Banco Safra, com seis bilhões de dólares, embora tenha origem libanesa. Nascido no Brasil, Jorge Paulo Lemann com cinco bilhões de dólares, é o segundo brasileiro mais rico da lista de bilionários. Antônio Ermírio de Moraes deve ser o bilionário brasileiro mais simpático — engenheiro, não hesita em ficar levantando as calças folgadas durante palestras. Isso é um elogio.
[via Neatorama]

Aborto redentor


A gravidez indesejada é uma causa muito mais importante dos crimes violentos no Estado de São Paulo do que a desigualdade ou outros indicadores econômicos. Esta é a conclusão de um trabalho do economista Gabriel Hartung, em etapa final de elaboração”, informa a nota da agência Estado. A matéria da revista Época — O aborto pode reduzir o crime? — dá muito mais detalhes sobre a pesquisa de Hartung, que é em verdade sua tese de mestrado na FGV-Rio, aprovada em outubro do ano passado. Nela, Hartung “sugere que a legalização do aborto seria uma alternativa para reduzir os altos índices de criminalidade no Brasil”. Isso mesmo.
A relação entre a legalização aborto e a redução da criminalidade é a principal tese das inusitadas análises econômicas publicadas em um best-seller no ano de 2005, Freakonomics. Analisando dados brutos de forma inovadora, o economista americano Steven Levitt fez descobertas curiosas indo de torneios de sumô a corretores imobiliários, mas da série extremamente diversa de temas de seu livro, o principal sem dúvida é o que lida com a diminuição súbita da criminalidade nos EUA ao longo da década de 1990. Aqui no Brasil, os ecos de tal milagre se fizeram conhecidos em idéias como a “tolerância zero”, a política policial instituída em Nova Iorque, tida como um gigantesco sucesso. Como foi, mas o detalhe pouco conhecido é que a criminalidade caiu não apenas em Nova Iorque, e já estava caindo mesmo em Nova Iorque anos antes de sua implantação. Políticas inovadoras de combate ao crime não devem ter sido o agente divino que diminuiu a criminalidade americana para os níveis mais baixos em 35 anos.
Levitt analisou outros fatores que poderiam explicar a queda súbita e consistente da marginalidade, e descobriu que a principal causa, uma mudança radical e intimamente correlacionada com o milagre da queda da criminalidade estava em andamento há mais de uma década. Mas era o pesadelo de grupos religiosos conservadores: a legalização do aborto em 1973. Dezessete anos antes da década de 1990, uma decisão da Suprema Corte americana legalizando o ato fez com que milhares e milhares de filhos indesejados simplesmente deixassem de nascer. Filhos indesejados possuem maior risco de envolvimento com o crime, e nos anos em que alcançariam a maturidade e substituiriam gerações anteriores de crimininosos, eles haviam simplesmente sumido. E a tese é apoiada por números: em estados que legalizaram o aborto anos antes da decisão federal, o crime também começou a cair anos antes.
A questão é extremamente complexa, e não é possível abordá-la mesmo com o mínimo de profundidade e rigor necessário por aqui. O leitor interessado pode ler os trabalhos de Levitt, desde seus papers (a revista Época hospeda os principais) até seu livro, ou se entender inglês, visitar o sítio de Levitt. O economista tem completa noção da gravidade de suas idéias, e as discute com bom senso em Freakonomics, notando por exemplo que ainda que esteja correto em sua tese, a decisão sobre a legalização do aborto obviamente não é tão simples como uma mera medida de segurança pública. Quantos fetos você estaria disposto a trocar pela vida de um adulto? Como o próprio Levitt nota, a menos que seja um número considerável, ser favorável ao aborto baseado apenas na aritmética de um menor número de homicídios anos depois pode não ser muito válido.
Mas se a decisão sobre a legalidade do aborto não deve ser feita baseada apenas em sua correlação com a criminalidade, a questão formulada há pouco vai diretamente ao seu cerne. Que é o fato de que a decisão sobre a vida de um feto é uma escolha cabível a sua mãe. Como notou Carlos Cardoso sobre as discussões a respeito, “o interessante é que os lados são desiguais nessa briga. Um quer simpesmente proibir, completamente, sem apelação. O outro quer dar à mulher o direito de ESCOLHER. No momento em que eu digo que VOCÊ tem o direito de escolher se quer fazer algo ou não, eu não estou impondo minha moralidade e meus valores. Mas seu digo que você não pode porque EU acho errado,a coisa muda de figura”.
Mulheres que praticaram o aborto poderão, e comumente terão filhos mais tarde, quando os desejarem. A leva de criminosos ausente em 1990 não é uma geração exterminada de filhos de classes mais baixas. Tais filhos nasceram, quando foram desejados. A “eugenia”, termo brandido por críticos sobre as idéias defendidas por Levitt, nunca foi adotada com grande sucesso através de abortos voluntários, e sim de esterilizações compulsórias. Ironicamente, proibir abortos e obrigar mulheres a terem filhos é uma prática que os nazistas também promoveram.

Novo conceito de mouse da Apple

Em uma patente registrada em março do ano passado, e divulgada há pouco, a Apple propõe um mouse capaz de detectar toques múltiplos em diversos pontos de seu corpo. Uma espécie de iPhone para os mouses, funcionaria com um sensor ótico em seu interior detectando toques em toda sua superfície. Presumivemente você poderia usar os dois dedos para os efeitos de pinça tão fabulosos no iPhone, por exemplo.
Muito legal e interessante, mas até hoje não entendo por que não existe um mouse com uma clickwheel ou mesmo uma touchweel, como a dos iPods. Praticamente todos os mouses de PC — e mesmo os ligados a Macs — possuem scrollwheels usadas para rolar páginas na internet e ler documentos em geral. Mas quem já usou um iPod percebe as maravilhas de poder “rolar” algo sem ter que levantar seu dedo. É basicamente o motivo pelo qual os iPods fizeram tanto sucesso, todas as outras interfaces de rolagem concorrentes envolvem apertar um botão inúmeras vezes ou girar ou mexer em algo em movimento que o obrigam a levantar o dedo. Mesmo interfaces alternativas sensíveis ao toque, como uma barra, não puderam competir porque… obrigam você a levantar o dedo. Não é mera frescura de quem não se anima a literalmente “levantar um dedo”. Simplesmente é mais fácil usar um iPod graças à touch ou clickwheel.
Quando a Apple lançou o Mighty Mouse, pensei que seria óbvio que tivessem incorporado uma roda sensível ao toque. Mas não, fizeram algo supostamente mais avançado, com uma “Scroll Ball” e múltiplos pontos sensíveis ao toque que acabaram apresentando múltiplas dificuldades de uso. Por que não uma simples roda sensível ao toque, na qual você giraria o dedo e seu movimento circular fosse convertido em uma rolagem da tela em apenas um eixo — exatamente como em um iPod?
Imagino que testes práticos possam ter mostrado alguma inconveniência (passar o dedo acidentalmente pela touchwheel, por exemplo), e também que o fato da tecnologia ser patenteada impeça outros fabricantes de arriscar. Mas ainda estou esperando um mouse-iPod.

Super-Test!


É a cara do Cardoso. [via Fleshbot]

Problemas com a atualização WordPress 2.2.x

Depois de atualizar seu blog WordPress para a versão 2.2.x, seu blog pode subitamente ser ver com estranhos caracteres no lugar dos acentos. Isso ocorre porque a nova versão tem recursos que permitem definir a codificação dos caracteres, e por padrão acaba definindo como “UTF-8”. Seu blog provavelmente esteve usando a codificação “iso-8859-1” no banco de dados. A solução complicada é converter seu banco de dados, usando o script de Marcus Tacker, por exemplo.
A solução simples é editar apenas uma linha do arquivo “wp-config.php” que está no diretório raiz de seu blog. Você deve abrir o arquivo e encontrar estas duas linhas:

define(‘DB_CHARSET’, ‘utf8’);
define(’DB_COLLATE’, ”);

E então editá-lo, apagando as linhas ou simplesmente apagando o “utf8” na primeira. Devem ficar assim:

define(‘DB_CHARSET’, ”);
define(‘DB_COLLATE’, ”);

Depois de salvá-lo em seu blog, o WordPress deve voltar a funcionar como antigamente.
[via MyDigitalLife]

Igreja Católica: a única “igreja de Cristo”

Aos poucos, Bento XVI mostra suas garras. Embora tente vestir o manto de “papa pop” tecido por João Paulo II, Bento XVI não consegue escapar de suas origens conservadoras e autoritárias. Nessa terça-feira, o Vaticano publicou um documento onde afirma que a Igreja Católica é e sempre foi a única igreja de Cristo. Nessa era de pluralidade ideológica, essa posição não reflete apenas a megalomania do Vaticano, mas é também repleta de preconceitos históricos.

Leia no Rabiscos: Igreja Católica: a única “igreja de Cristo”

Manual de Segurança no Laboratório

# Evite brincar no laboratório. Lembre-se, Chernobil só aconteceu por causa de uma partida de queimada.
# Não beba ou coma qualquer alimento no laboratório, apenas carregue-os consigo, você pode ficar rico! O forno de microondas foi inventado assim.
# É expressamente proibido usar fones de ouvido no laboratório, eles não combinam com jalecos.
# Não alimente Gremlins do laboratório depois da meia noite.
# Não jogue água nos Gremlins do laboratório.

Muito bom… continue lendo no Efeito Ázaron

Mulher maravilha

Você já deve ter visto pessoas sem braço tocando violinos, o que é comovente e inspirador. Mas vê-los em cenas do cotidiano, realizando tarefas do dia-a-dia, pode ser ainda mais. Não é preciso entender chinês.
[via haha.nu]

Transplante de testículos de macacos em seres humanos

O desenvolvimento de transplante cirúrgico de orgãos em humanos sempre será um importante avanço nas ciências médicas, e os cientistas pioneiros serão sempre considerados brilhantes e inovativos. Bem, a maioria deles. Um em particular, um cirurgião de nome Serge Voronoff, viverá no limbo médico por realizar transplantes – na época (final do século XIX) considerados geniais – que iriam levá-lo ao total descrédito. “Eu arrisco afirmar,” ele escreveu, “que o macaco é superior ao homem pelo vigor de seu corpo, a qualidade dos orgãos, e pela ausência de efeitos hereditários e adquiridos, dos quais a principal parte da humanidade é acometida.”
Leia a história completa no Glúon: Transplante de testículos de macacos em seres humanos

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