Pensamento de segunda Zoological Series

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Ciência à Bessa no Top blog Brasil

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Bicho Bizarro: pinguim imperador


É na união do grupo que reside a resistência às condições extremas
Fonte: www.eol.org

Hoje o bicho bizarro vem do sul, quase do polo sul. O pinguim imperador é uma exceção entre os pinguins, eles não saem da Antártica nem para se reproduzir e nem para se alimentar, chegam a medir mais de um metro de altura, possuem uma faixa laranja, rosa ou lilás na lateral da cabeça cuja coloração depende do alimento e os machos podem ficar 115 dias sem comer cuidando do filhote. Aliás, o comportamento reprodutivo dessa espécie é formidável e foi belamente ilustrado no filme “A marcha do pinguim” de Luc Jacquet. Apesar do status de espécie não-ameaçada na lista da IUCN, o pinguim imperador poderá ser afetado pelas mudanças climáticas ocasionadas pela queima de combustíveis fósseis.

ARKive video - Emperor penguin - overview
De elegantes a desajeitados num piscar de olhos

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Fabiana Nunes – O futuro do doutorado

Fabiana Nunes, paleontóloga

Fabiana Nunes, a Dra. Ellie Sattler do Museu Nacional

Fabiana Nunes é formada em Biologia na UNESP do litoral paulista. Ela concluiu o mestrado em Zoologia pelo Museu Nacional na UFRJ onde hoje cursa seu doutorado no Departamento de Geologia e Paleontologia. Sua pesquisa é sobre paleontologia de pterossauros (que não são dinossauros voadores) sob a orientação do Prof. Alexander Kellner. 

1)      O que levou você a procurar a carreira científica? Como isto resultou no ingresso num programa de doutorado?

Ao ingressar na graduação em Ciências Biológicas pela UNESP eu já tinha em mente a pretensão de lecionar em alguma universidade e trabalhar com pesquisa. Logo, eu sabia desde então que trilharia inevitavelmente o caminho da pós-graduação (Mestrado-Doutorado). Para mim era algo natural, ainda mais em se tratando da área a qual eu me dedicaria – Paleontologia – que é essencialmente acadêmica, a menos que se pretenda estudar microfósseis e se vincular a este mercado bastante promissor patrocinado pelas indústrias do petróleo – o que definitivamente estava fora dos meus planos.

2)      Quais os seus planos para sua carreira depois da titulação? Até o momento essa expectativa tem se cumprido?

Temos tido bastantes concursos pelo Brasil nos últimos anos, e isto é encorajador. Minha meta é, após a conclusão do doutorado ou até mesmo um pouco antes do término do mesmo, tomar parte nestes processos de seleção, preferencialmente para cargos em universidades públicas. Por ora estou focada no desenvolvimento da minha tese e no estudo do grupo ao qual me dedico (Pterosauria) porque agora é o momento – talvez único em toda a minha carreira acadêmica – de efetivamente aprender e ser pago para única e exclusivamente estudar, publicar e pesquisar. Uma vez assumindo o cargo de professor, estas atividades estarão diluídas em muitas outras que a nova função certamente irá requerer. Por esta razão, dedico-me hoje a formar este background da melhor maneira possível, o que me dará base não só para estes processos seletivos, como também para a pesquisa que pretendo desenvolver no futuro.

3)      Em linhas gerais, como é sua rotina de trabalho no doutorado?

Divido minha rotina de trabalho entre publicar e estudar Filogenia e Sistemática de Pterosauria e mais particularmente algumas matrizes que são a base do meu trabalho a fim de construir uma matriz própria e partir para a análise in loco do material que devo analisar em coleções fora do país, a partir de meados deste ano até o final do ano que vem. É preciso muita organização e comprometimento com o trabalho para que todas as etapas sejam desenvolvidas a seu tempo e todos os prazos cumpridos. Vale ressaltar que uma tese de doutorado não se faz em um ano, por isso é fundamental seguir um cronograma previamente especificado para cada atividade a ser desenvolvida em cada semestre a fim de que a finalização da tese não fique comprometida principalmente no quesito tempo. E a pressa, de longa data, é inimiga da perfeição.

4)      Quais os problemas que a pós-graduação no Brasil tem encarado?

As desigualdades regionais ainda são muito evidentes. É notório que as regiões Sudeste e Sul concentrem grande parte dos estudantes de pós-graduação, a despeito das demais regiões. O que temos na realidade são poucas universidades voltadas para o desenvolvimento da atividade de pesquisa em caráter permanente, o que as predispõem a serem preferidas por pesquisadores em detrimento de universidades menores; esse fato torna-as canalizadoras de recursos financeiros voltados para a pesquisa por parte das instituições de fomento. São estas universidades que acabam detendo grande parte dos programas de pós-graduação no Brasil, que continuam, por assim dizer, desigualmente distribuídos. Outro fator digno de nota é a questão da diversificação destes programas. Dentre as muitas causas deste problema chamo a atenção para grande parte das universidades não ser capaz de oferecer mais de um programa de pós-graduação em virtude da falta de especialistas que, em contrapartida – e caracterizando mais uma reconhecida dificuldade em nosso país – supõem um período de formação muito longo (em média, seis anos ou mais). Este fator, além de servir como desestímulo para grande parte dos graduandos, acaba impondo custos extraordinários ao sistema.

5)      Que conselhos você daria a alguém considerando agora ingressar na carreira acadêmica?

É fundamental o gosto pelos estudos, em primeiro lugar. A atividade de pesquisa pressupõe uma constante busca pelo conhecimento, uma atualização permanente sobre conceitos e técnicas desenvolvidos. E uma vez que muito do que hoje se tem publicado seja escrito em inglês, o conhecimento deste idioma torna-se imprescindível ao desenvolvimento da pesquisa, principalmente quando se quer dar à mesma um caráter de divulgação mais amplo. Mesmo revistas brasileiras hoje publicam em inglês para tornar seu conteúdo mais acessível ao “mercado” internacional. Portanto, o domínio deste idioma torna-se condição sine qua non para um bom pesquisador. E, por fim, ter a certeza de que todo o esforço será recompensado no futuro.

Arte e Ciência 4 – Insetos em PET

Artista curitibano produz modelos super-realistas de insetos reciclando garrafas PET.

Alguns dos insetos do Leandro Penha

Alguns dos insetos do Leandro Penha

No início do mês passado estive em Curitiba para visitar familiares e participar de uma corrida. No domingo fui passear por uma feira de artesanato no Largo da Ordem e tive uma grata surpresa. Entre as barraquinhas com boas comidas e badulaques mil encontrei as criações do Leandro Penha. Esse curitibano produz e vende ali insetos e artrópodes diversos em garrafa PET. Os modelos me interessaram pelo realismo e diversidade, são todos muito bem feitos e pintados de maneira fiel ao animal original. Comprei para enfeitar meu laboratório uma tesourinha que, de tão perfeita, identificamos como uma Doru luteipes, espécie aparentada a um modelo experimental que andamos estudando aqui na UNEMAT.

Apesar do realismo, a formação de Leandro não tem nada a ver com a entomologia, a ciência que estuda os insetos. Ele estudou hotelaria, mas há 11 anos nutre esse interesse pelos insetos e suas formas singulares. O artista montou um amplo banco de imagens de artrópodes e suas performances para servir de base e inspiração, eventualmente novas peças são incluídas no acervo.

Quanto à técnica, Leandro afirma ser única. As garrafas PET, antes destinadas ao lixo, são recortadas, moldadas, soldadas e pintadas peça por peça para dar forma aos bichinhos. O resultado é encantador: besouros, libélulas, vespas e escorpiões.

Quem se interessar pode procurar o Leandro na Feira do Largo na Rua Mateus Leme em frente ao conservatório e escola de artes plásticas. Aos que, como eu, moram mais longe ele se dispõe a vender pela internet. Basta visitar sua página no Flickr, escolher a peça e fazer o depósito que ele envia por sedex assim que o número de encomendas permitir e a greve nos correios terminar.

Topblog Brasil, falta uma semana

Pessoal, falta uma semana para se encerrar a eleição do melhor blog do Brasil na categoria Animais e Bichos, na qual o Ciência à Bessa está inscrito. Para votar é só clicar na figura abaixo, quando entrar na página do concurso clique em ” votar” e preencha os dados necessários. Um e-mail será enviado para sua conta, basta clicar no link contido no e-mail e seu voto será confirmado. Também é possível votar pelo twitter.

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