Publicado
1 de dez de 2016
Pavor descreveria sua sensação ao se deparar no mar com um quetognato se você tivesse menos de 2 cm. Na verdade estes monstros marinhos só não são mais assustadores por casa de seu pequeno tamanho. Com o corpo em forma de dardo, os quetognatos possuem uma série de punhais ao redor da boca prontos para injetar um veneno asfixiante em suas presas. Para completar, são praticamente invisíveis porque têm o corpo transparente. Em geral eles se movem muito lentamente, mas as nadadeiras que flanqueiam seus corpos permitem arrancadas muito velozes para dilacerar a presa incauta.
Quem dera os designers de alienígenas holywoodianos fossem criativos como a natureza (Imagem: Zatelmar)
Sua anatomia quase invisível e muito pequena faz com que até hoje seja difícil posicioná-los na árvore genealógica dos animais. Ele já foi considerado um deuterostômio aparentado de nós vertebrados, um grupo de verme cilíndrico ou até algo semelhante ao ancestral de todos os animais bilaterais. O fato é que ninguém sabe exatamente onde eles se encontram na história evolutiva. Já nos oceanos, esses assassinos são fáceis de encontrar. Apesar de serem poucas espécies reconhecidas, quetognatos são muito numerosos no plâncton marinho. Ainda bem que não somos seus alvos na hora da caça.
Publicado
27 de out de 2016
Criptozoologia é, supostamente, a “ciência” que estuda animais fantásticos. É ela a responsável pelas “pesquisas” sobre o pé-grande, a mula sem cabeça, o monstro do lago Ness e outras criaturas fantásticas derivadas de mentes criativas, desocupadas e carentes de atenção.
No entanto, existe toda uma série de animais que existem, mas que são muito pouco estudados, quase desconhecidos e ignorados pela maioria da humanidade. Nos próximos meses conheceremos a criptozoologia que existe, animais quase inacreditáveis, mas reais, e saberemos mais sobre o que eles têm a ver com você e comigo. Não percam, aqui, no Ciência à Bessa!
A imaginação gera obras maravilhosas, mas que fique claro que são imaginativas! (Imagem: Walmor Corrêa)
Publicado
4 de abr de 2016
Vídeo novo do Ciência à Bessa. Em tempos de guerra ao mosquito quem morreu foi o Lineu!
Publicado
4 de mar de 2015
Astyanax eremus, um lambari solitário com um futuro duvidoso. (Foto: Neotropical Ichthyology/scielo.br)
Uma das coisas mais tristes dessa lista de espécies ameaçadas do ICMBio foi ver tantas espécies recém-descritas, é o caso do lambari Astyanax eremus dessa semana, que foi descoberto pelos cientistas apenas ano passado (2014). Isso significa que tem grande chance de que espécies estejam se extinguindo antes mesmo de serem descobertas. Astyanax eremus só foi descrito pelos cientistas e reconhecido como uma espécie diferente, quase nada se sabe sobre seu papel na natureza. Não conhecemos de que eles se alimentam, quem se alimenta deles, como é sua reprodução, é um ilustre desconhecido. E quem me dera Astyanax eremus fosse uma exceção, ao contrário, muitas espécies estão assim e teremos outros exemplos até o final do ano. Um dos principais problemas que levou esse lambaria à situação em que se encontra foi sua distribuição geográfica restrita. Ele vive num córrego de cabeceira afluente do Rio Iguaçú no Paraná, num trecho curto de rio isolado por duas cachoeiras e margeado por um capão remanescente de Mata de Araucária. Era o único peixe presente ali (daí o eremus, de eremita, em seu nome científico), uma paisagem muito frágil e efêmera, que numa ação de um fazendeiro pode dizimar toda a espécie. Mesmo assim, ainda podemos fazer alguma coisa por ele, valorizem o trabalho dos cientistas taxonomistas e não desmatem as margens dos rios obedecendo ao código florestal.
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