A bela e o fémur do Monstro

Apenas um trocadilho, das profundezas da pesquisa bibliográfica.
Procurava uma referência de Prosauropoda do Lesotho e dei de caras com esta imagem.
A bela não está identificada; o fémur direito é de um plateosaurídeo indeterminado.

A escala humana é sempre aconselhável, até em fotos de campo.

Referências:
Primeira foto, tirada em 1955, em Maphutseng, Lesotho.


Knoll, F. 2004. Review of the tetrapod fauna of the “Lower Stormberg Group” of the main Karoo Basin (southern Africa) : implication for the age of the Lower Elliot Formation. Bulletin de la Société Géologique de France. v. 175 no. 1 p. 73-83 DOI: 10.2113/175.1.73
Segunda foto – fémur esquerdo de Plateosaurus engelhardti, Museum für Naturkunde, Berlin
Luís Azevedo Rodrigues, 2006

Mais dentes que mordedura!

Apesar de impressionantes, os dentes caninos do Smilodon fatalis não exerciam a força correspondente ao seu aspecto.
Este felídeo, outrora presente no continente americano entre os 2.5 milhões de anos e desaparecido há 8000 anos, apresentava 20 cm de dente caninos que, em conjunto com os 230 kg de peso, impressionariam qualquer ser vivo.
Os parafernais dentes não cumpriam proporcionalmente a função correspondente ao seu tamanho.
Os resultados das análises computorizadas e matemáticas (Análise de Elementos Finitos) e publicados no Proceedings of the National Academy of Sciences revelam que a força da dentada do Smilodon era de 1000 Newtons, força idêntica exercida pela mandíbula de um jaguar de 80 kg e um terço da de um leão com 250 kg.
Outro exemplo de como nem sempre a forma conduz à função!

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Referências:
McHenry, C. et al. Proc. Natl Acad. Sci. USA 104, 16010-16015 (2007).
http://www.nature.com/news/2007/071001/full/071001-2.htm