What makes us Human?

Informação recebida da organização do evento.
What makes us Human (Large).jpgWhat makes us Human? é um simpósio organizado por alunos de doutoramento no âmbito do Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada (GABBA), da Universidade do Porto. A problemática será abordada numa série de seis palestras, proferidas em inglês por investigadores internacionais de elevada qualidade científica, no dia 8 de Julho de 2011, no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), Porto.
Este evento abordará os temas de Antropologia e Evolução Humana (com a presença de Sarah Hrdy – California, EUA – e Tomas Marques-Bonet – Barcelona, Espanha), Neurociências do Comportamento e Evolução do córtex cerebral (com a presença de Zachary Mainen – Fundação Champalimaud, Lisboa – e Nenad Sestan – New Haven, EUA) e terminará com uma discussão sobre o melhoramento humano e interfaces homem-máquina (com a presença de José Carlos Príncipe – Florida, EUA – e Alexandre Quintanilha – U. Porto).
O evento terá difusão em directo através da rede TVU., da UP.
Mais informamos que, apesar de a participação ser livre e aberta a todo o público, carece de inscrição prévia no site do evento, onde também poderá consultar o programa) até à data limite de 24 de Junho.
Informações adicionais podem ser obtidas através do e-mail da organização do Simpósio: gabba14th@gmail.com”

Filogenia de café

Afastada do balcão, a mesa estava pejada de figuras de dinossauros. De lado opostos, dois primatas falantes e de idades distintas, dissertavam sobre aqueles bonecos.
Mas este também tem quatro patas.“, argumentava o mais baixo, condizente com a idade.
Todos têm quatro patas.“, ouvi eu dizer ao mais velho, meu contemporâneo. “Isso não quer dizer nada. Este tem cornos na cabeça e este do pescoço comprido não, vês?”, rematava glorioso enquanto agarrava no bicho de plástico.
Está bem, mas podem-lhe ainda não ter nascido…“, devolveu a criança.
São qualidade diferentes, não estás a ver. São diferentes, logo são qualidades diferentes de dinossauros.“, terminou o mais velho enquanto eu terminava o segundo café da manhã ao balcão.
Esta argumentação, pouco diferente é das que os paleontólogos têm em congressos ou em revistas da especialidade.
Os grupos de dinossauros, como outros seres vivos, são agrupados consoante as semelhanças e diferenças físicas, indo-se de detalhe em detalhe até o animal ser colocado numa árvore onde estão representados todos os possíveis parentes – dos mais próximos, aos mais longínquos.
Os meus colegas paleontólogos provavelmente arrancarão cabelos com a esta minha heresia, mas a filogenia tanto pode ser feita no laboratório, com a ajuda de potentes computadores, como à mesa de um café, utilizando bonecos.
Esta última análise, mais simples, pode utilizar os mesmos princípios da sofisticada investigação.
Mas não deixa de ser uma filogenia.
De café.
Imagem – ilustração dos princípios de Sistemática Filogenética, do paleontólogo Matthew Bonnan
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Amor – metáfora

Uma das principais etapas da Vida foi o aparecimento da célula complexa, constituinte básico dos animais e plantas.
Sabe-se que esse tipo de célula nasceu pela contaminação parasítica de uma célula por outra que a infestou.
A evolução encarregou-se de as fundir, num abraço simbiótico, em que as duas eram agora uma só, formando um novo tipo de célula, mais completo do que as partes.

O que era uma invasão tornou-se uma nova vida; o que era aproveitamento, tornou-se cooperação; o que era luta, tornou-se vida em conjunto.

Referências:
Margulis, L. 1981. Symbiosis in Cell Evolution, 1st Edition. Freeman, New York