Feminismo e psicanálise

“Ⱥ mulher não existe”

Com esse lema Lacan ata e desata os vínculos da psicanálise com o feminismo. Formulada desde Freud como uma teoria da sexualidade humana, a psicanálise ao mesmo tempo em que contribui para a compreensão do que é singular à mulher, tem dificuldades de se desvencilhar de uma moldura patriarcal. Se o feminismo se nutre desse aporte, ele também o denuncia, relatando a violência e a exclusão da mulher como a realidade na qual se inserem os processos psíquicos inconscientes. 

Nesse estimulante verbete do Blog Mulheres na Filosofia, Léa Silveira mostra como o feminismo e psicanálise travam um rico diálogo desde finais do século XIX até hoje. Começando pela tese freudiana da histeria como neurose feminina, encontramos no conceito de fantasia o fio que nos conduz pelo pensamento de Klein, Horney, Adler, Rivière, Mitchell, Igaray, Butler e Lélia Gonzalez mostrando que à cisão básica entre sujeito e objeto sobrepõe-se uma segunda cisão, aquela que ocorre entre o masculino e o feminino.

Leia agora acessando esse link e pare para pensar sobre o seu desejo e a violência de suas pulsões.

Léa Silveira é professora dos cursos de graduação e pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Lavras. Tem graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará, mestrado em Filosofia e Metodologia das Ciências e doutorado em Filosofia, ambos pela Universidade Federal de São Carlos, e aperfeiçoamento em estágio de doutorado pela Université Paris VII – Denis Diderot. É membro do núcleo de sustentação do GT de Filosofia e Psicanálise da ANPOF, do comitê executivo da International Society of Psychoanalysis and Philosophy (SIPP) e do Grupo de Pesquisa em Filosofia e Psicanálise da Universidade Federal de São Carlos. 

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