Mapa interativo: a jornada da humanidade

A Bradshaw Foundation, em associação com Stephen Oppenheimer, apresenta uma jornada virtual global do homem moderno nos últimos 160.000 anos. O mapa mostra pela primeira vez a interação da migração e clima durante este período. Somos os descendentes de alguns pequenos grupos de africanos tropicais que se uniram face à adversidade, não apenas encarando o risco de extinção, mas também o desenvolvimento de uma interação social e cultural sofisticada expressa de muitas formas. Baseado em uma síntese de evidência de cromossomos Y e mtDNA com a aqueologia, climatologia e estudo de fósseis, Stephen Oppenheimer rastreou as rotas e a época da migração, colocando-a em contexto com a arte rupestre pelo mundo.

Note como a civilização surgiu há apenas alguns milhares de anos — quase toda esta jornada foi feita por caçadores-coletores –, e para a catástrofe de Toba. Evidências sugerem que há aproximadamente 75.000 anos, a população total de seres humanos no planeta foi reduzida a alguns milhares de indivíduos. Por pouco não teríamos sido extintos. Veja como o clima e fatores geográficos foram cruciais para nossa jornada, e embora muitos não reconheçam, apesar de termos construído uma civilização global e expandido nosso número para mais de seis bilhões de indivíduos, ainda continuamos imensamente dependentes de tais fatores.

Erguei as mãos

Muito, muito bom. Det snurrar i min skalle, da banda Familjen, direção de Johan Söderberg. [via BoingBoing]
Confira também o site de Söderberg. No menu à direita, clique em “Read my lips” e veja a série em que o editor dubla figuras históricas em novos contextos. Destaque para o número 3, “Campione”, com Mussolini

e o número 10, “Born Free”, com os maiores ditadores e tiranos, mas todos da série são espetaculares.

Alerta: os perigos da internet


Goa+se. [via Neatorama, Bits and Pieces]

Sensacional: a Terra dobrou de tamanho?

Uma pérola pouco conhecida indicada por Beto Santana na lista CA: a Teoria da Terra em Expansão. Diz ela que os continentes não apenas se encaixam perfeitamente no Atlântico, como também o fazem no Pacífico e em todos os outros mares. E, se você juntar a todos, jogando fora os leitos de oceanos, terá uma esfera perfeitamente encaixada em suas peças de continentes, com aproximadamente metade do tamanho do planeta atual. Conclusão: nos últimos milhões de anos, ao invés de um supercontinente ter se separado e as placas tectônicas terem se movido formando os mundo que conhecemos, a Terra anda se expandindo. Teria quase dobrado de tamanho desde a época dos dinossauros.
Com base nesse “fato”, diversas idéias surgiram para explicar como nosso planeta estaria crescendo a taxas tão assustadoras. A mais adorável é a de Neal Adams, principal proponente da Teoria da Terra em Expansão. Ele criou toda uma nova física segundo a qual matéria estaria sendo constantemente gerada no interior os planetas e estrelas, assim como o Universo em expansão. Adams também rejeita a gravidade, propondo que os movimentos celestes se deveriam ao magnetismo e aos núcleos ferrosos de planetas (objetos sem núcleos ferrosos que ainda se mantêm em órbitas são um detalhe à parte). O fabuloso é que Adams, autor do vídeo acima, com qualidade gráfica evidente, é um ilustrador famoso e prestigiado de revistas em quadrinhos. Comparações com Galileu e, mais modestas, com Alfred Wegener não poderiam faltar nas muitas páginas pela rede com a teoria e suas variantes.
Ridícula como possa parecer, essa teoria apresenta uma perspectiva fascinante sobre o desenvolvimento da ciência. Alfred Wegener, como se sabe, é um exemplo muito citado de “Galileu moderno”. E muito moderno: a aceitação da deriva dos continentes propostas pelo meteorologista alemão só se tornou universal entre geólogos há algumas décadas — vejam, por exemplo, este artigo em inglês na revista TIME de 1970 em que se noticia a “revolução na geologia” através da aceitação das idéias básicas de Wegener.
E é interessante notar que embora Wegener tivesse avançado inúmeras evidências de sua teoria, como fósseis de uma mesma espécie distribuídos em continentes hoje afastados, também não tinha um mecanismo convincente para explicá-la. Para ele, os continentes realmente estariam “à deriva” sobre o planeta, movidos talvez pela “força centrífuga” (!) do planeta em rotação e diferenças de densidade. A falta de uma teoria convincente, mesmo plausível, era um dos principais obstáculos para a aceitação de suas idéias, e de fato, elas só foram aceitas amplamente na versão renovada das placas tectônicas, que finalmente forneceram uma explicação razoável. O interior do planeta não é completamente sólido, estando em constante movimento, que acabam explicando não só a deriva dos continentes, como fenômenos como o vulcanismo e terremotos.
Fato é que a despeito de copiosa evidência, por décadas a falta de um mecanismo convincente fez com que a evidência fosse ignorada, sendo forçosamente “explicada” de formas alternativas (como pontes de terra antigas que ligariam a América do Sul à África). Justiça seja feita, ao mesmo tempo Wegener, apesar de ridicularizado, também obteve apoio e aceitação entre alguns acadêmicos e instituições estabelecidas, divulgou suas idéias amplamente e não morreu queimado em uma fogueira (ou em prisão domiciliar). A ciência não é perfeita, mas não é tão imperfeita quanto a Inquisição.
Mas voltemos à Teoria da Terra em Expansão. Mesmo ignorando os mecanismos absurdos propostos, é preciso considerar que há evidências contrárias à proposta central de que a Terra teria aumentado significativamente de tamanho e, conseqüentemente, de massa nos últimos milhões de anos. A deriva dos continentes não afetaria a órbita da Terra e mesmo do resto do sistema solar, mas uma Terra em expansão sim. Mais: embora haja fósseis de uma espécie distribuídos entre a América do Sul e África, evidenciando uma proximidade antiga, não parece ocorrer o mesmo com a Austrália e a América do Norte, que segundo se alega, estariam conectados também.

Também há problemas com evidência de formações geológicas vistas em continentes que apóiam a Pangéia, mas podem contrariar um “planeta continente”, como formações de rochas glaciares na África e de carvão em próximas dos pólos.
Feitas todas estas ressalvas, ainda resta o aparente encaixe dos continentes no outro lado do mundo. Este parece sim curioso, e seria interessante verificar se Adams e outros realmente não andam distorcendo tamanhos e formas arbitrariamente para forçar tal encaixe. Caso não o façam, este elemento isolado seria sim sensacional, e poderia ser uma coincidência fascinante, ou mesmo resultado de algum processo ainda desconhecido.
De tudo isto, o mais curioso talvez seja lembrar que se a idéia de uma Terra em expansão hoje pareça espúria, há pouco mais de cem anos a idéia de uma Terra em Contração não o era para muitos cientistas respeitados. A proposta seria de que a Terra, originalmente formada por material quente e derretido, estaria se esfriando e no processo, se contraindo. Cadeias montanhosas seriam formadas nessa contração um tanto como rugas de balões murchando. Embora nunca tenha sido amplamente aceita, e nenhuma contração tão significativa quanto a metade do tamanho do planeta tenha sido proposta, a idéia do geólogo americano Dana foi relativamente bem recebida, ao contrário das do meteorologista alemão Wegener. Apesar da ausência de ampla evidência, e talvez por causa de um mecanismo proposto mais plausível. Tão plausível que é a explicação aceita hoje para formações geológicas em um outro planeta, Mercúrio.
São imperfeições da ciência, que ainda é sem dúvida o campo que permitiu a maior expansão do conhecimento humano em toda sua história. O próprio Wegener, tão certo, mas também um tanto errado, confiava ultimamente no mesmo processo científico e estava seguro de que um dia suas idéias seriam aceitas. Estava certo nisto.

Arte espacial e fantasia


Confira a arte fenomenal de Andrew Stewart (clique na imagem acima, e em “Image”). via Astrona

Desbunde esotérico na imprensa catarinense

Desta vez, é o jornal A Notícia, de Joinville, que dá ouvidos à picaretagem esotérica. … O caderno Anexo – suplemento adicionado ao jornal nos domingos – dedica as páginas centrais (!) e mais duas páginas seguintes para louvar um livro de auto-ajuda, “O Segredo”, que fala em “pensamento positivo para atrair fama e fortuna”. A coisa é de uma tal Rhonda Byrne, que arrota idiotices como esta, aliás, destacada no jornal: “No momento em que você pede alguma coisa, o universo se move para torná-la visível”.

Do Blog do Tambosi. Lembrando do Segredo, o Brudna havia me indicado esse vídeo excelente de dois comediantes australianos aplicando o “Segredo”:

A melhor é quando ele mostra uma nota de 10(,000) dólares.

Baleia em tamanho real


Veja em seu monitor uma baleia em tamanho real. Ótima idéia e execução, só seria perfeita se as imagens da baleia fossem fotografias, e não um desenho realista. Ainda assim, vale uma conferida. Veja como o olho deste mamífero, como você, tem o tamanho aproximado de um melão.

É impressão minha ou é um tubarão ali?


Assustadora imagem… mas falsa, claro. Criada em mais um concurso W1k, você confere uma das imagens usadas abaixo.

Nem me importei em traduzir o texto que acompanha a imagem circulada via email. Só a imagem é realmente boa.

O poder de Magneto na vida real

Confira acima um vídeo chato de segurança no manuseio de um aparelho de ressonância magnética. Chato, exceto ao redor dos tempos de 1 minuto e 4 minutos, quando chaves inglesas de ferro saem voando pelo ar em direção ao aparelho, estraçalhando tudo pelo caminho. A Ressonância Magnética envolve campos magnéticos até mil vezes mais intensos que o terrestre, e qualquer objeto magnetizável sairá literalmente voando, algo como os superpoderes mutantes X-Men de Magneto.
Fascinante como o fogo, mas tão ou mais perigoso. Em 2001, um garoto de seis anos morreu atingido por um extintor, quando um funcionário levou o extintor — que é um cilindro de aço — para a sala de Ressonância Magnética tentando apagar um fogo. Para entender o perigo de forma mais gráfica, confira este vídeo de um cilindro de oxigênio lançado dentro de um aparelho:

Devem ter feito a perigosa demonstração porque o aparelho estava antigo e seria desmontado: aparelhos funcionais custam milhões de dólares, mais centenas de milhares de doletas para sua manutenção.
Bem, depois de compreender a força de tais aparelhos — jamais brigue com um! –, você pode dar algumas risadas com esse vídeo em que tentam remover uma cadeira grudada ao aparelho com pedaços de madeira:

Pode ser engraçado, mas aquela situação era perigosíssima! Mais fotos de objetos presos a aparelhos de ressonância aqui.
[via Mind Hacks, Daily Grail]

Quer pagar quanto?


De longe, o anúncio diz “Rosas, 4 dólares a dúzia”. Mas se você chegar bem perto, vai conseguir ler que o preço é de “Rosas, 4 dólares e 99 cents a meia dúzia”. Ou dez dólares a dúzia. O MuseumofHoaxes comenta outros anúncios geniais:
“Não pague nada até a primeira parcela!”
“3 Donuts grátis quando na compra de 3 pelo preço de meia dúzia!”

E finalmente:
“O preço que você vê é só metade do preço que paga!”
Ofertas imperdíveis! No Brasil, coisa não muito diferente ocorre quando você compra algo a prestação (“Parcelas de 10 reais mensais!”) ou um papel higiênico de 30 metros (estou ficando velho, na minha época tinham 40). Aliás, minha última surpresa depois de alguns anos sem comer biscoito Bono foi descobrir que agora só vendem no tamanho mini.

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