Evolução convergente: novos iMacs e Audis
O website conceptcar.co.uk nota como os novos iMacs da Apple, com um design fabuloso, acabaram praticamente idênticos aos carros Audi. Seu chassi metálico — é um dos maiores blocos de alumínio que você poderá ver em um eletroeletrônico — e o monitor com bordas de vidro negras remetem ao estilo da marca alemã. Considerando que os primeiros iMacs plásticos eram diretamente inspirados em doces, os metálicos de agora se aproximam cada vez mais de carros, podemos imaginar que os iMacs do futuro se inspirarão em cerveja ou lingerie.
[via Core77]
As imagens mais detalhadas do planeta Terra
Espetacular imagem de nosso pálido ponto azul, uma das mais detalhadas imagens coloridas do planeta já produzidas. Criada como um mosaico de diversas observações de satélites pela NASA, clique aqui para visitar a página original, ou na imagem acima para a versão em maior resolução.
A melhor fotografia tomada de uma só vez do planeta, e também uma das mais famosas, continua sendo a “Blue Marble” (“Bolinha azul”), tomada pela última missão Apollo rumo à Lua em 1972. Fogonazos tem um excelente post com as dez melhores imagens do planeta, incluindo um trecho narrado por Sagan.
A origem dos ovos compridos
No Japão (onde mais), você pode comprar salsichas de ovo, com a gema devidamente localizada no centro. Indo contra as melhores recomendações sobre descobrir como as salsichas são fabricadas, um website revela:
São apenas ovos de galinhas compridas. Demoram três dias para botar cada ovo, em um processo presumivelmente bem doloroso.
(Ou não, claro, o curioso é que algo assim, que você esperaria ter sido inventado no Japão, foi criado na Dinamarca)
Esteira gigante para carros da NASCAR
Essa é especial ao pessoal da Ciencialist: um time da NASCAR desenvolveu uma esteira gigante capaz de acomodar um carro de verdade (sim, a foto acima não é de uma miniatura) correndo a mais de 280 km/h. A esteira é composta de aço com 1 mm de espessura, e não é mera brincadeira. Você pode se perguntar de início por que nenhum gênio pensou em simplesmente colocar as rodas do carro sobre rolos de metal, como geralmente se faz, ou por que não se usou simplesmente um túnel de vento.
Mas a esteira gigante foi criada justamente para testes em túneis de vento. Em testes convencionais, com o carro e o chão imóveis, o vento tende a aderir ao chão, gerando um efeito que não ocorre na vida real. Ao fazer o chão “correr” junto com o vento na esteira, as medidas seriam muito mais precisas.
[via Jalopnik]
O dedo médio de Galileu
“É uma grande ironia, esse dedo. Venerado, conservado em um relicário, sujeito ao mesmo tratamento que um santo. Mas esse dede não pertenceu a nenhum santo. É o longo dedo ossudo de um herético. Um homem tão perigoso à instituição religiosa que foi feito prisioneiro em sua própria casa. Ele repousa em um pequeno ovo de vidro sobre uma base de mármore no Instituto e Museu da História da Ciência em Florença, Itália. Na prateleira ao lado do dedo médio de sua mão direita está algo que o herético ficaria muito mais feliz de ver preservado. Um pequeno pedaço trincado de vidro que já foi usado para perscrutar os céus. … O dedo [de Galileu] foi removido por um tal Anton Francesco Gori em 1737, 95 anos depois de sua morte. … Se o dedo aponta ao céu, onde Galileu teve um relance da glória do universo e viu deus na matemática, ou se repousa eternamente desafiante à igreja que o condenou, cabe ao visitante decidir”.
Se o dedo médio de Galileu conservado em um museu o surpreendeu, leia sobre o cérebro de Einstein, conservado em potes de geléia, cortado sobre uma tábua de cortar pão e acomodado em um pote de comprimidos. É a saga do cérebro de Einstein.
[via Proceedings of the Athanasius Kircher Society]
Mesma cor
A área central de cada um dos dois blocos acima tem exatamente a mesma cor. Não acredita? Experimenta tampar a parte esquerda e a área entre os dois blocos — ou use um programa gráfico como o Photoshop. Esta ilusão ótica é uma variação de uma demonstração bem conhecida.
Por que a galinha atravessou a fita de Moebius?
“Para chegar no mesmo lado”
Saiba mais sobre a tira de Moebius. [via Neatorama]
A marcha do progresso em uma esteira elétrica
Os ancestrais do homem se transformaram em bípedes para economizar energia, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pela revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”. Numa pesquisa para demonstrar a sua teoria, antropólogos de três universidades dos Estados Unidos mediram a despesa de energia no deslocamento dos seres humanos, chimpanzés adultos e quadrúpedes em geral. Os participantes caminharam sobre duas pernas ou se movimentaram de quatro sobre o solo. O estudo determinou que, no que se refere à despesa de energia e calorias, os seres humanos economizam 75% quando caminham, segundo os cientistas da Universidade de Washington em Saint Louis, da Universidade da Califórnia e da Universidade do Arizona. – EFE
Os estudiosos sugerem que os chimpanzés costumam andar com as quatro patas para maior segurança em seu ambiente, como em árvores, e que o ganho de eficiência no andar ereto dos humanos (e seus ancestrais) pode ter sido importante para novos hábitos como a caça. Uma das táticas de caça de nossos ancestrais consistia em ferir um animal e então segui-lo, por longas distâncias, até que finalmente sucumbisse aos ferimentos — abater um grande animal instantaneamente é muito difícil.
O estudo é importante por seus achados, mas ainda mais interessante pela forma como realizado: fazendo chimpanzés andar e correr sobre uma esteira elétrica, devidamente usando máscaras que mediram seu consumo de oxigênio. O equipamento é exatamente o mesmo utilizado por atletas e também em alguns exames médicos. Você pode conferir o vídeo dos macacos andando na esteira aqui. Como um pesquisador comentou, “esses chimpanzés são tão espertos que apertam o botão para parar a esteira quando acabam. Quando não queriam andar na esteira, apenas apertavam o botão para parar ou pulavam pata fora”.
Mais adorável ainda é a imagem usada nos materiais de divulgação do estudo. A fotografia acima, uma montagem de Cary Wolinsky, é uma referência à “icônica, ainda que ultrapassada” imagem sobre a evolução humana: “Marcha do Progresso” [“March of Progress“], originalmente criada por Rudy Zallinger em 1970, e parodiada desde então.
(Essa é apenas uma versão diferente, curiosamente não há na internet uma reprodução do original de Zallinger — que é reproduzido, por exemplo, em uma capa da edição brasileiro de “Os Dragões do Éden” de Carl Sagan)