Cabeças no ar?

Continua o debate entre defensores do posicionamento dos longos pescoços dos dinossáurios saurópodes:

capazes ou não de viverem com essas enormes estruturas erguidas?

O problema biológico é o de o coração destes animais ser capaz de bombear o sangue se estiverem com os longos pescoços erguidos.

Referências:

1 Roger S. Seymour. Sauropods Kept Their Heads Down. Science, 27 March 2009: Vol. 323. no. 5922, pp. 1671-1672, DOI: 10.1126/science.323.5922.1671.

2 KA Stevens, JM Parrish. Neck Posture and Feeding Habits of Two Jurassic Sauropod Dinosaurs. Science 30 April 1999: Vol. 284. no. 5415, pp. 798 – 800 DOI: 10.1126/science.284.5415.798.

3 Roger S. Seymour. Raising the sauropod neck: it costs more to get less Biol Lett 2009 : rsbl.2009.0096v1-rsbl.2009.0096.

Imagens:
Luís Azevedo Rodrigues –
Mamenchisaurus – University of Chengdu Museum, China.
De 3.

Faça a legenda

Desejos/legendas/angústias/observações/etc.

Nos comentários.

Imagem – daqui

Luso Paradoxos

Se temos um aeroporto com nome de vítima de acidente aéreo, por que não um corrupto condenado como administrador público?

Imagem – 365 MINUTOS

Uns e outros

Uns gastam mais do que podem, endividando filhos e netos: Dívida pública pode atingir 85,9% do PIB.

Outros poupam para netos e filhos: Economizando a riqueza do petróleo para gerações futuras

Os outros são a Noruega; nós, bem… nós somos bons a gastar.

Referências – nos links

Imagem – daqui

Rangelices

O sr. Rangel passou os últimos meses a massajar caminho para que lhe dessem um canal de TV.
Propagava o iluminado que um dia arrombou as portas da TSF, alarvidades subservientes como esta ou esta.
Sempre humilhando professores com epítetos como “hooligans” ou “pseudoprofessores”.
Mas não chegou.
Não lhe deram o brinquedo audiovisual.
Ultrajado pela fraca recompensa de tanta devoção canina, Rangel agora morde.
Rangelices.
A não seguir, por pessoas com um mínimo de espinha dorsal.

Imagem – daqui. Adaptado por Luís Azevedo Rodrigues

Marcas

A Icnologia estuda marcas.
De vários tipos.
Mas sempre deixadas por seres vivos.

Imagens – Luís Azevedo Rodrigues – Ann Arbor, Michigan (2005); Ferragudo (2008).

Faça a legenda…

…nos comentários.

Imagem – daqui

Encontro de Professores de Geociências do Alentejo e Algarve

III Encontro de Professores de Geociências do Alentejo e Algarve
As novas Fronteiras da Geologia
1 e 2 de Maio de 2009
Auditório do Centro Cultural – Vila do Bispo
Acção acreditada com 0,6 créditos.

Informações:
3encontrogeociencias@gmail.com ou
http://www.associacaodpga.org

Dança Sísmica

O conceito parece-me prometedor – fundir a dança e o minimalismo (?) de dados sísmicos.

A Terra toca para nós…


Dançaremos a contento de ambos?

“Technology and art unite to create dance show based on volcanic sounds of the earth

Wednesday 25 March 2009, Cambridge, UK: For the first time ever, a modern dance company has performed to music generated from seismic data, recorded from four volcanoes across three continents. This unique event was facilitated by DANTE, the provider of high speed research and education networks, the two distributed computing projects, Enabling Grids for E-sciencE (EGEE) and E-science grid facility for Europe and Latin America (EELA), as well as CityDance Ensemble, a prestigious company based in Washington, DC.

The dance, titled The Mountain, was part of CityDance Ensemble’s Carbon, a work-in-progress about climate change. Originally presented in sold-out performances on 14 and 15 of March at the Music Centre, Maryland, USA, it is now available to view here. To download the video click here.”

Referência daqui

Imagem – da referência

A Liberdade e a Cardiologista

Abandonei o silêncio penitente a que se remetem os pacientes.
Farto da parede muro-das-lamentações que me tapava a vista, falei.

“E o sal, doutora?”.

Não o meu; o da Assembleia da República.

“Acho que legislaram bem. Apesar de não ser original, já que os teores de sal são já controlados em muitos alimentos…Olhe, até nos refrigerantes eles põem sal!”.

Reforçou o argumento espetando-me o peito com maior intensidade.

“Bem…”, ganhei balanço, entre o desconforto do ecocardiógrafo e um novo quebrar do silêncio asséptico.

“Bem, não se trata só de uma questão de Saúde Pública. É também uma questão de liberdade individual, de escolha pessoal. A seguir vem o quê? A cor dos meus boxers?”.

Agradeci encontrar-me num cardiologista e não num urologista, já que estética cromática é uma lacuna da minha personalidade.

“Liberdade? O sr. sabe o custo para os contribuintes que o consumo excessivo de sal origina? Sabe que o cancro do estômago está intimamente relacionado com teores de sal na urina, que por sua vez reflectem o consumo de sal? É caríssimo, não há dinheiro. É preferível cortar essa pequena liberdade!”.

O miocárdio neste momento deve ter posto a língua de fora porque me perguntou:

“Tem andado a sentir-se bem?”.

Maldita tecnologia, pensei. Não dá a mínima hipótese, qual detector de mentiras.

“Claro que tenho, doutora. O meu dealer salino está em promoções!”.

Imagem – daqui