Miss Evolução

A pergunta colocada às candidatas a Miss América 2011 era:
“Deve a Evolução ser ensinada nas escolas?”
O resultado está abaixo e intitulei-o Miss Evolução.
Ou como compilar, apesar de as respostas serem pouco diversificadas, alguns chorrilhos sobre Evolução, Ciência e Religião.
Acrescento, e pergunto, quais seriam as opiniões se a pergunta fosse:
“Acha que a Gravidade deveria ser ensinada nas Escolas”?
Aceitam-se sugestões de outras perguntas/respostas…

P.S. – a única resposta minimamente não ofensiva, ainda que pouco argumentativa, veio curiosamente da única católica assumida…

Dinossauros: Novas Técnicas, Velhos Mitos (2)

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(Continuação)
fig3_a (Large).jpgPara além do cada vez maior número de espécies que todos os anos são descritas e publicadas, existem áreas da Paleontologia de dinossauros que não lidam directamente com a classificação e descrição de novas espécies. Esse grupo de conhecimentos resulta, por vezes, de campos do conhecimento directamente relacionados com o ser humano, como a Medicina, e envolvem cientistas que nunca antes imaginaram poder investigar restos fossilizados.
O enorme fascínio que a maioria das pessoas tem pelos dinossauros, bem como o facto de sermos animais essencialmente visuais, originaram que uma das áreas científicas que tivesse nos últimos anos uma grande aplicação na Paleontologia fosse a Imagiologia.
Recriar, reconstituir e simular quase todos os aspectos do corpo destes animais parece ser a grande “moda” entre os dinossaurólogos. A cada vez maior difusão e o cada vez menor custo dos equipamentos que permitem virtualizar e analisar com maior detalhe os restos fossilizados têm contribuído para esta tendência científica.
fig3_b (Large).jpgUm conjunto de técnicas de análise de resistência de materiais, inicialmente utilizadas na engenharia e genericamente denominadas Análise de Elementos Finitos, tem sido aplicada em fósseis de dinossauro.
Os trabalhos de Emily Rayfield [3], têm permitido, por exemplo, conhecer que áreas da mandíbula do Allosaurus estariam sujeitas a maiores tensões quando este carnívoro atacasse uma presa. Esse conhecimento sobre as forças associadas a uma mordidela permitem que os paleontólogos infiram padrões de comportamento de ataque, contribuindo, por exemplo, para que o modo de vida destes animais seja melhor compreendido.
Uma outra área em que a imagem tridimensional dos fósseis tem sido utilizada é a da reconstituição de áreas de tecido que não ficaram preservadas. Zonas do cérebro ou do ouvido interno dos dinossauros têm sido profusamente analisadas pela equipa de Larry Witmer [5].

Este investigador tem utilizado a ressonância magnética como metodologia de visualização e posterior análise funcional, procurando, por comparação e analogia com grupos de animais actuais e filogeneticamente próximos, reconstituir áreas do sistema nervoso destes animais. Incógnitas como o tamanho e funções cerebrais de vários dinossauros, ou mesmo a sua capacidade olfactiva, a postura do crâneo ou mesmo a capacidade de equilíbrio, têm sido estudadas pela equipa deste investigador da Universidade do Ohio. Todas as informações neurológicas, até há poucos anos absolutamente inacessíveis sem as técnicas imagiológicas descritas, contribuem para a diversificação do conhecimento sobre os dinossauros, bem como para a inferência de padrões de comportamento nestes animais até aqui desconhecidos.
Sendo a capacidade de se movimentar um dos factores de sucesso evolutivo da maioria dos animais, compreender a locomoção é fundamental para se perceber como é que os dinossauros ocuparam a maioria dos ecossistemas terrestres durante centenas de milhões de anos.
thailand2006-mocap-elephant1.jpgA verdadeira capacidade física de músculos e tendões é uma das questões biológicas que tem sido explorada pelo Laboratório de Locomoção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária de Londres. Para além da compreensão do modo como os animais actuais se movimentam, John Hutchison e a sua equipa têm liderado estudos de locomoção em vários grupos de dinossauros [6]. A reconstituição e simulação da anatomia locomotora destes animais têm sofrido um estudo aprofundado por parte desta equipa, contribuindo para, por exemplo, se especular se o T. rex teria ou não a capacidade de corrida que os filmes de Steven Spielberg vulgarizaram.
Segundo estes autores, parece que a corrida do grande dinossauro terá sido bastante ampliada por Hollywood [7].
Para além das novas tecnologias ao serviço de uma ciência que lida com seres com milhões de anos, têm sido igualmente importantes as novas descobertas de fósseis de uma das linhas evolutivas dos dinossauros: as aves.
Falaremos disso no próximo post.
Referências:
[3] Rayfield, E. (2004). Cranial mechanics and feeding in Tyrannosaurus rex Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, 271 (1547), 1451-1459 DOI: 10.1098/rspb.2004.2755
Rayfield, E. (2007). Finite Element Analysis and Understanding the Biomechanics and Evolution of Living and Fossil Organisms Annual Review of Earth and Planetary Sciences, 35 (1), 541-576 DOI: 10.1146/annurev.earth.35.031306.140104
[5] Witmer, L.M, Ridgely R.C, Dufeau, D.L & Semones, M.C. 2008. Using CT to peer into the past: 3D visualization of the brain and ear regions of birds, crocodiles, and nonavian dinosaurs. pp. 67-88. In Anatomical imaging: towards a new morphology Endo, H. & Frey. R. (eds.). Tokyo, Japan:Springer.
[6] Hutchinson JR, & Gatesy SM (2006). Dinosaur locomotion: beyond the bones. Nature, 440 (7082), 292-4 PMID: 16541062
[7] Hutchinson, J.R. & Garcia M. 2002. Tyrannosaurus was not a fast runner. Nature 415: 1018-1021.
Imagens (numeração continuada do post anterior):
Figura 3) Representações do esqueleto craneal e estruturas cerebrais de vários exemplares de Amniota – dados obtidos a partir tomografia axial computadorizada (TAC). Imagem do Laboratório de Larry Witmer, Universidade do Ohio.
Figura 4) Modelo tridimensional de Análise de Elementos Finitos de Allosaurus. Adaptado [3].
Figura 5) Elefante asiático utilizado em trabalho laboratorial de locomoção. Imagem adaptada de Structure and Motion Laboratory, Royal Veterinary College.

Dinossauros: Novas Técnicas, Velhos Mitos 1

Figura de Rodrigues, L.A. 2009. Sauropodomorpha (Dinosauria, Saurischia) appendicular skeleton disparity: theoretical morphology and Compositional Data Analysis.

Figura de Rodrigues, L.A. 2009. Sauropodomorpha (Dinosauria, Saurischia) appendicular skeleton disparity: theoretical morphology and Compositional Data Analysis.

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fig1_a (Large).jpgNota: Este texto, dividido em vários posts a serem publicados nas próximas semanas, decorre da palestra proferida no dia 31 de Outubro de 2009, no Museu de Arqueologia da Amadora, e que tenho proferido nos últimos anos em vários locais e para vários tipos de público.
Como tal, não pretende ser uma cópia integral e fidedigna do que tenho apresentado, antes sim uma breve súmula das questões abordadas, tanto mais que muito do material audiovisual exposto não é aqui apresentado.
Este artigo tem como objectivo, mais do que responder a muitas questões que surgem no âmbito da Paleobiologia de Dinossauros, ser uma breve resenha de dois pontos distintos do conhecimento em dinossauros, servindo de introdução quer aos mais recentes avanços científicos e tecnológicos no estudo dos dinossauros, quer ao entendimento sua importância social.
A primeira parte abordará sobretudo questões científicas do campo de conhecimento que é a Paleobiologia de Dinossauros, com particular atenção às técnicas mais recentes de investigação nesta área do conhecimento.
A segunda parte deste texto lidará com o papel que os dinossauros desempenham na cultura popular, em campos tão distintos como o cinema, a música ou a mitologia.
1 NOVAS TÉCNICAS
Antes de se exemplificarem as mais modernas técnicas de estudo destes animais extintos é importante responder à seguinte pergunta: o que são dinossauros?
fig1_b (Large).jpgOs dinossauros são um grande grupo de animais, quer em termos de diversidade (número de espécies), quer em disparidade morfológica (tamanhos e formas corporais), que ocuparam praticamente todos os ecossistemas terrestres durante o Mesozóico (aproximadamente entre os 250 e os 65 milhões de anos).
Estes animais apresentaram um grande número de modos de vida – havia-os carnívoros, como o famoso Tyrannosaurus, ou herbívoros, como o Iguanodon; os que viviam em grupo, como alguns saurópodes, ou os que, aparentemente, viviam de forma solitária; os que se movimentavam de forma bípede, como o Deinonychus, ou os que eram quadrúpedes, como o Triceratops. Se uma das características mais referidas quando se fala de dinossauros é o seu enorme tamanho, pois existiam dinossauros com mais de 30 metros de comprimento e centenas de toneladas, como o Argentinosaurus [1], também é certo que existiram vários dinossauros de tamanho muito mais reduzido, como o Microraptor, com poucas dezenas de centímetros de comprimento [2].
De hábitos exclusivamente terrestres, à excepção dos grupos que foram antepassados das actuais aves, os dinossauros são muitas vezes confundidos com outros animais seus contemporâneos, como os pterossauros – répteis voadores e os ictiossauros, plesiossauros ou mosassauros – estes três últimos grupos répteis aquáticos.
Ao nível do parentesco biológico, os dinossauros fazem parte de um grupo de animais amniotas designado de Archosauria, que inclui, para além dos pterossauros, ictiossauros ou mosassauros, também os crocodilos e as aves.

O sucesso evolutivo dos dinossauros, que se estendeu por quase 200 milhões de anos, pode ser explicado por vários factores, entre os quais e apenas a título de exemplo, a locomoção mais eficiente do que a de outros grupos contemporâneos e o desenvolvimento de tamanhos gigantescos.
Este enorme sucesso biológico pode ser igualmente atestado pela vasta diversidade de espécies e géneros que a Paleontologia já identificou .
Desde que, em 1824, foi proposto o nome do primeiro dinossauro, Megalosaurus bucklandi, por William Buckland (1784 – 1856), os últimos quase 200 anos foram de constante descoberta, descrição e aprofundamento de conhecimento, quer da anatomia, comportamento, alimentação ou mesmo da locomoção destes animais.
Nos próximos posts apresentarei alguns exemplos de investigações recentes que têm contribuído para um maior conhecimento, quer da biologia, quer dos comportamentos, de um dos grupos animais que mais fascínio exerce sobre o ser humano: os dinossauros.
CONTINUA

Referências:
[1] Bonaparte J. & Coria R. 1993. Un nuevo y gigantesco sauropodo titanosaurio de la Formacion Rio Limay (Albiano-Cenomaniano) de la Provincia del Neuquen, Argentina. Ameghiniana 30 (3): 271-282.
[2] Xu, X., Zhou, Z., & Wang, X. (2000). The smallest known nonavian theropod dinosaur Nature, 408 (6813), 705-708 DOI: 10.1038/35047056
Imagens:
Figura 1a) Úmero de Brachiosaurus brancai (Museu de História Natural de Berlim, Alemanha) comparado com úmero de Homo sapiens sapiens. Imagem: Luís Azevedo Rodrigues.
Figura 1b) Úmero de Gyposaurus sinensis (Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia, Pequim, China). Imagem: Luís Azevedo Rodrigues.
Figura 2 Relações filogenéticas de Amniota (cladograma simplificado). Figura de Rodrigues, L.A. 2009. Sauropodomorpha (Dinosauria, Saurischia) appendicular skeleton disparity: theoretical morphology and Compositional Data Analysis. Universidad Autónoma de Madrid, Madrid – Spain, Supervised by Professor Angela Delgado Buscalioni and Co-supervised by Professor Jeffrey A. Wilson, University of Michigan, Ann Arbor. December 2009. ISBN 978-84-693-3839-1.

Filogenia de café

Afastada do balcão, a mesa estava pejada de figuras de dinossauros. De lado opostos, dois primatas falantes e de idades distintas, dissertavam sobre aqueles bonecos.
Mas este também tem quatro patas.“, argumentava o mais baixo, condizente com a idade.
Todos têm quatro patas.“, ouvi eu dizer ao mais velho, meu contemporâneo. “Isso não quer dizer nada. Este tem cornos na cabeça e este do pescoço comprido não, vês?”, rematava glorioso enquanto agarrava no bicho de plástico.
Está bem, mas podem-lhe ainda não ter nascido…“, devolveu a criança.
São qualidade diferentes, não estás a ver. São diferentes, logo são qualidades diferentes de dinossauros.“, terminou o mais velho enquanto eu terminava o segundo café da manhã ao balcão.
Esta argumentação, pouco diferente é das que os paleontólogos têm em congressos ou em revistas da especialidade.
Os grupos de dinossauros, como outros seres vivos, são agrupados consoante as semelhanças e diferenças físicas, indo-se de detalhe em detalhe até o animal ser colocado numa árvore onde estão representados todos os possíveis parentes – dos mais próximos, aos mais longínquos.
Os meus colegas paleontólogos provavelmente arrancarão cabelos com a esta minha heresia, mas a filogenia tanto pode ser feita no laboratório, com a ajuda de potentes computadores, como à mesa de um café, utilizando bonecos.
Esta última análise, mais simples, pode utilizar os mesmos princípios da sofisticada investigação.
Mas não deixa de ser uma filogenia.
De café.
Imagem – ilustração dos princípios de Sistemática Filogenética, do paleontólogo Matthew Bonnan
famtree_phylov.jpg

Janelas que Vêem

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Os olhos são a porta para a alma, sempre ouvi dizer.
O senso mais que comum sempre arriscou o erro.
Até que descobri que a alma está lá trás, mesmo atrás das janelas que vêm.
O consenso popular é agora racional.
“Capacidade de introspecção localiza-se atrás dos olhos
Capacidade de introspecção foi localizada
O processo de pensar sobre o próprio pensamento, de reflectir sobre as próprias decisões, ou seja, a capacidade de introspecção, parece estar localizada numa região específica do cérebro – no córtex pré-frontal, situado atrás dos olhos.
Nos indivíduos que têm maior capacidade de introspecção, a massa cinzenta é maior, segundo um estudo realizado no Reino Unido com 32 pessoas. Contudo, os cientistas ainda não sabem se estas características cerebrais reflectem diferenças anatómicas inatas ou se são resultado da aprendizagem.
(…)”

Imagem – Susan Manvelyan

O Lado Negro da Gravidez

Tudo em ouvir e ver…

Humor Evolutivo

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Cartoon – daqui

Tento na Língua

Cymothoa exigua_adpat_natureza_radical_mark_caverdine.jpgNenhum dos casos é muito agradável, muito menos para mentes eticamente bem formadas ou estômagos sensíveis.
Ainda assim, encontro-lhes pontos de contacto.
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O parasita Cymothoa exigua é um crustáceo isópode que actua de maneira singular.
Explico, enquanto se torcem.
Já na boca do peixe, o C. exigua fixa-se na boca do peixe por intermédio de patas semelhantes a ganchos (pereópodes), começando por sugar o sangue dos tecidos da língua, até que esta acaba por atrofiar.
Após o repasto, que pode durar algum tempo, o parasita de até quatro centímetros, passa a alimentar-se do que o peixe ingere, substituindo-lhe a língua por completo.
tongueeater_zoom.jpgCuriosa é a semelhança de forma entre a desaparecida língua do peixe e o recém instalado. Para além de função análoga, já que o parasita desempenha a usurpação lingual com enorme competência, também o aspecto da cavidade bucal do peixe parece quase inalterada. Brusca e Gilligan avançam com a hipótese de que peixes parasitados poderão ter melhor desempenho alimentar que peixes sem língua.
Ou seja, em termos de eficiência, esta relação parasítica parece conceder alguma vantagem sobre patologia ou doenças que afectem a língua de peixes.
Pois…melhor uma língua substituta que nenhuma, parece ser a conclusão.
Quanto ao segundo caso, apenas deixo um vídeo.
Deixo aos leitores o estabelecimento de paralelismos.
A existirem.

Referências:
Brusca, R.C. and Gilligan, M.R. (1983): Tongue replacement in a marine fish (Lutjanus guttatus) by a parasitic isopod (Crustacea: Isopoda). Copeia 813-816.
Brusca, R., & Gilligan, M. (1983). Tongue Replacement in a Marine Fish (Lutjanus guttatus) by a Parasitic Isopod (Crustacea: Isopoda) Copeia, 1983 (3) DOI: 10.2307/1444352
Mark Carwardine. 2005.Natureza radical. Ediouro Publicações Ltda. Rio de Janeiro.
Zimmer, C. 2000. Parasite Rex. Arrow Books. London.

Imagens:
Matthew Gilligan – primeira, adaptada do livro de Mark Carwardine; segunda daqui

A Natureza do Amor

fig4.jpgProvavelmente estarão desactualizadas as interpretações psicológicas.
Ainda assim, é uma daquelas experiências que atestam o reservatório de metáforas e analogias com que enriquecemos ou anestesiamos o dia-a-dia.
Em breves palavras: alguns macacos-bebés foram colocados num ambiente experimental, afastados das suas progenitoras. Como substituto existencial daquelas, os macacos tinham à disposição duas mães artificiais:
-uma, feita de rede metálica, que fornece alimento;
-outra, que não alimenta, mas que é quente e tem uma textura suave.
Este estudo clássico revelou que os juvenis passavam a maior parte do tempo junto da mãe suave e quente, deslocando-se apenas para a fria e metálica mãe-substituta para se alimentarem.
Qual o significado existencial para o ser humano?
Não me atrevo a dissertar.
fig14.jpgRefiro apenas que me recordei desta experiência quando li um artigo no jornal Público que relatava diversas opiniões de emigrantes que vivem em Portugal.
Um deles dizia ” Em Portugal não há dinheiro, mas há sentimentos.”
Rash Aher Jalal, é a graça do desterrado que declarou o seu amor à jangada de pedra onde habitamos.
“Num hospital de um país grande pedem a identificação e se uma pessoa não tem, não a tratam, mesmo que esteja a morrer.”
Em Portugal não é assim, constatou, depois de ter sido assistido num hospital público português.

Pelos vistos há qualquer coisa que tapa e olvida as muitas que não funcionam no nosso país. Esse indizível será idêntico à opção do macaco, que prefere a mãe-artificial quente e suave à generosa mas metálica concorrente artificial?
Uma vez mais não sei.
Tão pouco tenho a certeza de que a analogia seja apropriada.
Mas que um indizível me fez associá-las, ninguém o pode negar.

P.S. – para além de ser um estudo clássico não posso deixar de referir a beleza, ainda que um pouco pretensiosa, do título do artigo original: “The Nature of Love”.

 

Referências:
Harlow, Harry. 1958. The Nature of Love. American Psychologist, 13, 673-685.
Público, 8 de Novembro de 2009, p.7.
Imagens:
Daqui

Força, Força, companheiro Vasco