Resenha: Pensamentos sobre a educação das meninas

Em Pensamentos sobre a educação das meninas, Mary Wollstonecraft defende o cultivo e fortalecimento da razão das mulheres. “Ao passo que uma ‘Senhora Adequada’ deveria estar atenta aos mandos de seus pares masculinos, para a filósofa, o modelo de “Proper Lady” é o da mulher que possui a capacidade de pensar por si mesma.

Quais eram os atributos de uma “mulher adequada” na Inglaterra do século XVIII? De acordo com os padrões patriarcais da época, era a esposa devotada à família e obediente ao marido, modesta, casta, sem muitas paixões ou expectativas intelectuais. Entretanto, não era exatamente isso o que pensava Mary Wollstonecraft – filósofa inglesa nascida em 1759 -, que decidiu contestar esses estereótipos da feminilidade, bem como os modelos de sociabilidade, casamento e educação que os sustentavam.

Na resenha escrita por Sarah Bonfim de Pensamentos sobre a educação das meninas (publicado originalmente em 1787), você poderá conhecer um pouco mais sobre os primeiros desafios que a jovem Wollstonecraft – com apenas 28 anos! – lançou à sua época, antes mesmo de publicar Reivindicação dos direitos da mulher, considerado um dos documentos fundadores do feminismo.

Vale muito a pena recorrer à resenha de Pensamentos escrita especialmente para o Blog Mulheres na Filosofia: além de descrever o intuito e os pontos principais desse controverso manual para a educação das meninas, Sarah Bonfim também explora o caráter paradoxal da obra, na medida em que Wollstonecraft ainda se mostrava de certo modo atada aos padrões patriarcais que estava disposta a contestar. Veja aqui a entrevista que Yara Frateschi fez com a autora sobre esse texto. Acesse a resenha aqui. Boa leitura!

Sarah Bonfim é aluna do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Unicamp e pesquisa sobre a obra de Mary Wollstonecraft.

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