Gloria Anzaldúa
O mais novo verbete da Enciclopédia Mulheres na Filosofia é sobre Gloria Anzaldúa. Nascida na fronteira México – Estados Unidos e autodeclarada chicana, Anzaldúa se aproxima dos movimentos chicano e feministas logo após sua formação como mestre em educação artística e literatura pela Universidade de Austin. É a partir do contato com tais movimentos que a autora identifica críticas a serem feitas a ambos e inicia seu processo de pensar a respeito da relação entre eles. Anos mais tarde, em seu livro mais famoso, Borderlands/La Frontera: The New Mestiza, Anzaldúa discorre sobre o contexto de formação e as tensões que envolvem a história da fronteira México-Estados Unidos. Ela chama atenção para a condição de dupla violência que sofrem as mulheres fronteiriças diante da situação em que se encontram, ao passarem por diversos tipos de experiências — atreladas ao trabalho, à cultura, à família e à religiosidade —, experiências essas que terminam por compor uma identidade que é heterogênea. A partir de uma revisita às histórias de seus antecedentes astecas, os quais, após a invasão espanhola formaram uma identidade híbrida que mistura traços mexicanos e espanhóis, se inicia um processo de “romper com as dualidades que aprisionam a identidade chicana ao ter que escolher entre uma ou outra cultura.”, caracterizado como uma tomada de consciência, o nascimento da identidade mestiça.
Ada Cristina Ferreira é doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal do ABC (2020), com bolsa Capes. Faz parte do grupo de pesquisa NEXOS: Teoria Crítica e Pesquisa Interdisciplinar – Universidade Federal do ABC. Tem experiência na área de Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia, Epistemologia Feminista e Filosofia da Arte, Teoria Crítica.
Quer saber como o nascimento dessa identidade se dá? Então não deixe de ler o verbete aqui e acessar a entrevista com a autora aqui!
Gostei muito de conhecer Catharine Macaulay.
Parabéns pelo Blog