Torcida organizada


[via JB]

Soneto ateu

Angelina Vidal: «Conclusão Scientifica»
Se consulto os fenómenos geológicos,
Se contemplo no céu as nebulosas,
Se interrogo os segredos histológicos,
E os restos das esferas luminosas;
Vejo sempre matéria em traços lógicos,
No espaço, nas entranhas tenebrosas,
Com átomos subtis, embriológicos,
Tecendo maravilhas assombrosas
Transformação constante – a causa eterna
Eis a lei que preside e que governa,
O facto que destrói a escura fé.
É debalde que os crentes se consomem,
Se Deus veio primeiro do que o homem,
Deve ser, quando muito, um chimpanzé.

“Este soneto claramente ateísta foi publicado, em 5/6/1910, no Jornal de Abrantes, pela republicana, feminista e socialista Angelina Vidal. Repare-se no deslumbramento perante um universo cujos mistérios só se resolvem pela ciência, e na coragem da blasfémia final” – do Diário Ateísta.

O Incrível Telefone Paranormal


Por que nunca dá ocupado quando ligamos para um número errado? Alguém sempre atende. Pense bem, pode ser um Grande Mistério do Universo. Talvez seja uma demonstração extrema da Lei de Murphy. Não basta que você erre o número, as forças cósmicas devem conspirar para que você tenha que ser atendido por alguém. Em conjunções especiais esse alguém também teve que sair correndo do banheiro para atender a sua ligação. Que seria um engano. Deuses se divertiriam muito criando leis cósmicas assim.
Mas a sensacional solução ao mistério do telefone paranormal está realmente no fato de que ele não existe. Quando discamos um número por engano e ouvimos o tom de ocupado, assumimos que discamos o número certo e ele é que estava ocupado, cometendo um segundo engano. Um erro impede que percebamos o outro e é o que nos leva à intrigante mas errônea noção de que números errados nunca estão ocupados – três erros no total. É uma boa demonstração de como podemos ser falíveis porque presumimos ser infalíveis.
Com tantos erros sobre erros, vale notar contudo que nem sempre estamos errados em nossas percepções sobre o mundo. Às vezes erramos ao pensar que estávamos errados.
Clique aqui para ler o restante de ‘O Incrível Telefone Paranormal’

Projeto Grizzly, Urso Cinzento

Ganhador do IgNobel de 1998 para Segurança e Engenharia, e decidido a receber um “Darwin Award”, o inventor canadense Troy Hurtubise é notável. Não contente em desenvolver há décadas uma armadura capaz de suportar ataques de ursos-cinzentos, fogo, explosões e projéteis, ele também esteve envolvido nos últimos anos com pelo menos duas outras invenções populares.
Uma seria uma pasta térmica capaz de isolar termicamente qualquer material com apenas uma fina camada. A pasta mágica, cuja fórmula Hurtubise nunca revelou, teve o mesmo destino que sua suposta “Angel Light”, capaz de ver através de paredes como o Super-Homem. Nenhuma delas chegou a um modelo prático viável, mas garantiram boa atenção ao exótico inventor.
Seus trajes protetores, contudo, realmente funcionam, e suas demonstrações são sim divertidas. Hurtubise, estereótipo de inventor maluco, infelizmente acabou falido e sua tentativa recente de leiloar um dos trajes no eBay não foi bem-sucedida. Esperemos que se contente apenas com o IgNobel. [via UmaFan]

Mais ilusões em movimento


Você já deve ter visto os sensacionais padrões de Akiyoshi Kitaoka, que geram a ilusão de movimento. O artista Kerry Randolph aplicou os padrões de forma tridimensional e… funcionam de maneira ainda mais espetacular! Clique na imagem acima para ver a série de imagens criadas por Randolph. Isso sugere que simplesmente imprimir os padrões ilusórios de Kitaoka e forrar paredes e objetos deve ser suficiente para torná-los completamente desorientadores. O curioso é que padrões tão simples, gerando ilusões tão intensas, não tenham sido melhor explorados na arte por todo esse tempo. Ou teriam? [via MOI]

Japão: país de Hiros

Os superpoderes muitos reais de Hiros japoneses. Impressionante as habilidades do último super-herói. [via Japundit, Kirai]

“Darwin Awards”: o filme


Então, parece que no ano passado lançaram um filme sobre os “Darwin Awards“, com Winona Ryder. Uma olhada no site oficial e no trailer parecem revelar porque um filme que poderia ser genial passou completamente despercebido. Não parece ter sido lançado no Brasil, ou pelo menos, não encontrei nenhuma resenha.

CeticismoAberto.com atualizado 15.11.2007

FORTIANISMO
Aaron Sakulich
Os Gnomos de Symmonds
O ano era 1955. Uma certa senhora Margaret Symmonds e seu marido estavam a caminho para a Flórida. Mal sabiam que se encontrariam com o terror.
Mário Barbatti
Ressonância de Schumann
“A percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schumann”.
FOTOS FANTASMAS
Vulto
Homem na praia
Longa exposição
O Santo

Alemão histérico + 300

Melhor mashup de 300 que já vi. Resume bem o filme. Claro que você já deve ter visto o alemão histérico (que, a propósito, acabei de descobrir que estava apenas fingindo. Chocante).

Novo vídeo da Terra vista da Lua

Não perca o vídeo do nascer e pôr da Terra como vistos pela sonda japonesa Kaguya, na órbita da Lua, em 18 de outubro passado. Capturadas a 380.000km de distância de nosso planeta — e a 100km da superfície de nosso satélite natural — as imagens originais são as primeiras em alta definição. O que, infelizmente, não é o que vemos no clipe do Youtube acima.
Para ter uma idéia melhor do que a NHK — o canal de TV estatal japonês — ainda irá transmitir aos telesctadores nipônicos com TV digital em alta definição, clique na imagem abaixo para ver apenas 1 (um) quadro de 1920×1080 pixels. E imagine dezenas de quadros com essa qualidade por segundo, enquanto a Terra nasce ou se põe na Lua:

Veja mais no press release da JAXA.
Um astronauta Apollo já havia comentado como, da Lua, basta estender o polegar para cobrir todo o nosso planeta. E como dizia Sagan sobre nosso Pálido Ponto Azul:

“É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, todos os que conhecemos de quem ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas.
Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, “superastros”, “líderes supremos”, todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali – num grão de poeira suspenso num raio de sol.
A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração deste ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes mal distinguíveis de algum outro canto em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes.
Nossas atitudes, nossa pretensa importância, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no universo, tudo é posto em dúvida por este ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos.
A Terra é, até agora, o único mundo conhecido que abriga a vida. Não há nenhum outro lugar, ao menos em futuro próximo, para onde nossa espécie possa migrar. Visitar, sim. Estabelecer-se, ainda não. Goste-se ou não, no momento a Terra é o nosso posto.
Tem-se dito que Astronomia é uma experiência que forma o caráter e ensina humildade.
Talvez não exista melhor comprovação das loucuras da vaidade humana do que esta distante imagem de nosso mundo minúsculo. “Para mim, ela sublinha a responsabilidade de nos relacionarmos mais bondosamente uns com os outros e de preservarmos e amarmos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos.”

Da Lua, a Terra parece bem menor, mas ainda é um astro. Contudo, ironicamente, coberta por um simples polegar já permite compreender algo da humildade de que o astrônomo falava.

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