Visualizações ganhadoras em Ciência e Engenharia

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A National Science Foundation e a Science anunciaram os ganhadores da competição International Science and Engineering Visualization deste ano. Acima você confere “Mad Hatter’s Tea” (Chá do Chapeleiro Louco), ganhador do prêmio de Gráfico Informativo.

No trabalho, parte do livro Alice’s Adventures in a Microscopic Wonderland, os autores Colleen Champ e Dennis Kunkel construíram cenas do clássico infantil de Lewis Carroll usando imagens microscópicas de insetos e outros animais minúsculos.

Clique na imagem para o slideshow de todos os ganhadores na Science, ou aqui para ver apenas as fotos.

Marte virtual terraformado

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“Modified Mars é a maneira como Frans Blok vê Marte terraformado no século 23, inspirado nas obras de autores de ficção científica da altura de Arthur C. Clarke, Carl Sagan, Kim Stanley Robinson, Robert Zubrin, Chris McKay ou Thomas Gangale.

Ele pode ser explorado no próprio sítio em um mashup do Google Maps, ou pode-se baixar um recomendável arquivo KMZ para Google Earth (15.9 Mb) no qual podem ser vistas além de suas luas Deimos e Fobos, a estação espacial Clarke, camadas de nuvens e localizações geográficas entre outras.

Por certo que se você já leu a trilogia de Marte, de Kim Stanley Robinson, e já buscou alguma informação na rede, já deve ter encontrado um trabalho anterior de Frans Blok, the Red, Green & Blue MarsSite, outra visualização da terrformação de Marte menos sofisticada, mas esta sim baseada unicamente na obra de Robinson”.

Mais um post copiado descaradamente do imperdível blog cgredan.

Um dia de tráfego aéreo pelo planeta

Criado pela Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique, o vídeo mostra o tráfego aéreo mundial ao longo de um dia.

Note como a atividade se intensifica de acordo com a luz do Sol, também conhecida como dia, bem como as principais rotas de tráfego pelo céu aro redor do mundo. O vídeo transmite uma sensação orgânica, similar a outras visualizações de movimentos humanos em grande escala.

Confira mais links em cgredan.

Paradoxo de Ellsberg

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Há duas grandes urnas à sua frente. Elas são completamente opacas, e você não pode ver o que contêm. A urna à esquerda contém dez bolas pretas e dez brancas. A urna na direita contém vinte bolas, mas você não sabe a proporção de quais são pretas ou brancas. Agora, o jogo é retirar uma bola preta de uma das urnas. Se você acertar ganha $100. Você tem apenas uma chance. Então, de qual urna irá retirar a bola? Mantenha sua escolha em mente.

Vamos jogar novamente. Agora o jogo é retirar uma bola branca. Novamente, você tem apenas uma chance, qual urna será?

A maioria das pessoas, quando confrontada com estas alternativas, escolhe a urna à esquerda – aquela com as proporções conhecidas de bolas brancas e pretas. E aqui está o paradoxo. Se você escolhe a urna esquerda quando tenta retirar uma bola preta, isso significa que pensa que as chances são melhores naquela urna. Porém uma vez que há apenas duas cores em ambas as urnas, as chances de retirar uma bola branca devem ser complementares às de retirar uma preta. Logicamente, se você pensou que a urna esquerda era a melhor escolha para uma bola preta, então a urna direita deve ser a melhor escolha para uma bola branca.

O fato de que a maior parte das pessoas evita a urna direita sugere que têm um medo inerente do desconhecido (também conhecido como aversão à ambigüidade)”.

Do livro Iconoclast de Gregory Burns, via BoingBoing. Mais sobre a aversão à ambigüidade e energia nuclear pela dupla de Freakonomics, em português, e sobre o paradoxo de Ellsberg na Wikipedia, em inglês.

Também em inglês, confira um vídeo sobre o paradoxo e mais sobre Daniel Ellsberg, o economista, que alguns anos depois de chamar atenção ao paradoxo teria um papel importante na história ao expor a má conduta de políticos, sendo um dos que levaram ao processo de impeachment e então à renúncia de Richard Nixon.

SETI versus Spore

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Will Wright, lendário criador de jogos eletrônicos como Sim City, consultou Jill Tarter, astrônoma do projeto SETI, ao longo do desenvolvimento do recente jogo Spore, que conta com uma fase com discos voadores e civilizações alienígenas.

Nesta discussão promovida pela revista SEED, os dois começam com Tarter provocando de forma um tanto dura o que Spore pode representar à educação científica. Mas então, logo fica mais claro que a astrobióloga é em verdade uma grande entusiasta do “Transumanismo” que vê na brincadeira um incentivo a que a humanidade manipule e controle sua própria evolução.

Confira a transcrição, em inglês: Seed Salon: Jill Tarter + Will Wright [via TDG]

As Bruxas da Recessão

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O Financial Times cita uma explicação, ou pelo menos, um fator para a febre de caça às bruxas na Idade Média: a economia.

Em particular, como o historiador Wolfgang Behringer sugeriu em 1999, a “Pequena Idade do Gelo” em que a temperatura média caiu até um grau, com suas conseqüências para as safras de alimentos, teria em seus anos mais severos influenciado movimentos sociais, como a caça às bruxas.

Em 2004, a economista Emily Oster, mais conhecida por trabalhos como o que traçou a correlação entre a hepatite B e “100 milhões de mulheres a menos” no mundo, abordou a hipótese com maior rigor e… a correlação estava lá.

Entre 1520 e 1770, décadas mais geladas acompanharam uma intensificação da perseguição às bruxas. E, talvez ainda mais interessante, Oster menciona as caças às bruxas que se estendem até hoje na África e Ásia, em países talvez não por coincidência miseráveis.

Estes trabalhos ecoam algo das idéias de Jared Diamond sobre a influência do ambiente sobre a história humana. E parecem mais do que razoáveis.

Referências
Climatic change and witch-hunting : The impact of the Little Ice Age on mentalities;
Witchcraft, Weather and Economic Growth in Renaissance Europe (PDF).

Pernalonga ou Patolino?

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O que você vê? Um coelho ou um pato? A ilustração ambígüa à direita é um ícone de mais de 100 anos da psicologia da Gestalt.

Por algum motivo bizarro, eu enxergava antes um outro coelho na imagem. Só depois de longa contemplação meditabunda percebi o coelho “certo”.

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Reversão dos pólos: o experimento

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Três metros de diâmetro em trinta toneladas que devem girar, porque este é um modelo em escala de todo o planeta Terra. E, girando, Dan Lathrop, da Universidade de Maryland, espera que a esfera gigante produza campos magnéticos induzidos em seu interior. Como nosso planeta faz, e esperamos que continue fazendo de forma estável por um bom tempo.

Esperamos, porque realmente não fazemos qualquer idéia segura a respeito do amanhã. Os pólos magnéticos do planeta poderiam se inverter, por exemplo, como já fizeram centenas de vezes no passado. A última inversão ocorreu há aproximadamente 700.000 anos, e ao longo dos últimos 200 milhões de anos, inversões têm ocorrido em média a cada 500.000 anos – mas sem nenhum padrão regular, isto é, 700 não é um número tão anormal. Mas já se desviou acima da média. Isso é bom? Ruim? Não sabemos ao certo.

Desde que o campo magnético terrestre passou a ser medido em detalhe, há meros 160 anos, o campo teve sua intensidade reduzida em torno de 10%. Isso é bom? Ruim? Não sabemos ao certo.

O que sabemos? Continue lendo.

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Imagem Astronômica do Dia

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Agora temos de volta a versão brasileira da famosa página do Astronomy Picture of the Day – APOD (Imagem Astronômica do Dia) à disposição, graças a uma iniciativa de astrônomos amadores de todo o Brasil. Nessa página, o leitor poderá ver a tradução do texto da página original em inglês, que é comentada por um astrônomo profissional.

A página da APOD tem sua tradução para vários idiomas, de acordo com a disponibilidade e interesse dos astrônomos de cada país. Dentre os destaques da nova página brasileira está o layout completamente original; um grande grupo de tradutores (19 pessoas no dia da notícia, o que evita falhas na correção) e um eficiente sistema de tradução que permite a rápida postagem da versão de cada dia.

Os astrônomos amadores estão também traduzindo as páginas antigas do APOD, com uma audaciosa meta de traduzir todas as páginas do APOD para o português, além de já haver planos de uma página semelhante voltada às astrofotografias dos brasileiros.

Os interessados em colaborar com o projeto podem solicitar participação no grupo de discussão do APOD BR e entrar em contato com o administrador do grupo.

Contagem intuitiva

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Muitos devem ter ouvido aquela historinha sobre a capacidade de corvos contarem até quatro (consigo rastrear a origem da história pelo menos até Dantzig, 1930 [1]). Corvos são inteligentes [2], mas não sei até que ponto essa história é verdadeira. Papagaios cinzentos africanos, pelo menos, sabem contar [3].

E quanto a humanos? Como se saem em uma comparação numérica instintiva? Aqui tem um teste online para verificar sua habilidade: são exibidas por 200 ms (o tempo de uma piscadela) círculos amarelos e azuis de diferentes tamanhos. É preciso depois indicar qual das duas cores possuía mais bolinhas. Depois de 25 testes, a porcentagem de acertos considerada razoável é de 75%.

É um recurso relacionado com esta reportagem do NY Times: Gut Instinct’s Surprising Role in Math. A reportagem se baseia em um estudo publicado na Nature que mostra que a acuidade numérica não-verbal se correlaciona com o desempenho em testes matemáticos padronizados [4].

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[1]Dantzig 1930 – Number, the language of science. London. George Allen & Unwin, 260 pp.
[2]Emery & Clayton 2004 – The Mentality of Crows: Convergent Evolution of Intelligence in Corvids and Apes. Science 306: 1903-7.
[3]Pepperberg 1994 – Numerical competence in a African gray parrot (Psittacus erithacus). J. Comparative Psychol. 108(1):36-44
[4]Individual differences in non-verbal number acuity correlate with maths achievement

Do Takata, na Ciencialist.

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