O Nevoeiro (The Mist – 2007)

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Assisti a “O Nevoeiro” (The Mist), adaptação do romance homônimo de Stephen King, e fiquei agradavelmente surpreso. As adaptações do terror de King são todas curiosas no mínimo, acho que já vi tudo incluindo as mais obscuras e ruins. Das levas recentes já havia assistido a “1408”, que serve para passar o tempo mas tem um final ridículo (os dois, incluindo o final do diretor que seria supostamente menos ruim).

Em “O Nevoeiro”, não só se passa bem o tempo, mas as criaturas – as aranhas e principalmente a criatura no final – bem como o próprio final, ah, esses são espetaculares. Nenhuma obra-prima, mas que depois de assistir você acha que valeu a pena, isso vale.

Também achei despretensioso, li aqui agora umas resenhas falando de 9/11 (tudo é pré e pós 9/11), e embora o nevoeiro possa ter toda a simbologia da nuvem de escombros do 9/11, haja certa pregação contra o fanatismo e tudo mais, não é nada pedante nem pesado. É despretensioso e por isso mesmo surpreende ao final.

Breve resenha no Boca do Inferno.

Eu ri

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Nasce um meme. E se você ficar meditabundo também, selecione o texto abaixo para a explicação do triângulo “mágico”.

O quadrado surge porque as peças, apesar das aparências, não formam um grande triângulo retângulo. O triângulo vermelho tem 12 unidades de área, o verde escuro 5 ua, e os blocos bege e verde claro têm 15 ua. Some tudo e são 32 ua.

Um triângulo retângulo com 13 x 5 teria 32,5 ua. Não é exatamente a unidade de área para explicar o quadrado vazio, mas já ilustra como o triângulo superior não é um grande trigângulo retângulo. Perceber isto mostra que o quadrado vem simplesmente de reorganizar as peças.

O Truque do Polegar que Desaparece

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Aqui está um truque inusitado, porque você poderá aplicá-lo em si mesmo. Aliás, ele só será interessante para você mesmo. Levante um braço (qualquer dos braços), estendido acima de sua cabeça, com a palma da mão aberta, de forma que não possa vê-la.

Agora, toque a ponta de seu nariz com o indicador da outra mão. Fique nesta posição cheia de graça por ao redor de cinco segundos. Finalmente, levante lentamente o dedo do nariz e tente tocar o polegar da mão que tem levantada.

Se você não conseguir acertar na primeira vez e tiver que vasculhar o espaço em busca de seu polegar, terá a sensação de que o polegar desapareceu de sua mão.

Parabéns, você acabou de brincar com sua propriocepção, um sentido muito pouco considerado. É a consciência a respeito das posição relativa das partes de nosso corpo. Por exemplo, neste exato momento, mesmo sem olhar, você deve saber onde estão seus pés. Nós só notamos a propriocepção quando ela não funciona muito bem, como neste caso:

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Muito mais interessantes são as brincadeiras com a propriocepção envolvendo a ilusão da mão de borracha. Ou, em um estudo muito comentado há alguns meses, quando a propriocepção é manipulada a ponto de sujeitos sentirem-se fora de seu corpo.

E é assim que a cena clássica de ficar de pé, fazer o 4 e tocar a ponta do nariz se relaciona com a consciência e experiências de quase morte. Conte isto para o policial, ele pode achar fascinante. [via Microsiervos]

O céu em movimento e o planeta em perspectiva

Vídeo espetacular combinando 7.000 fotografias em quatro minutos destacando a beleza do céu estrelado em movimento. Não é surpresa que os antigos acreditassem que havia literalmente uma abóbada celeste, com pequenos furos por onde uma luz divina podia ser vista. O Sol, a Lua e as estrelas passeiam placidamente, perturbados ocasionalmente por meteoros e estes novos satélites artificiais, e em contraste com a agitação das nuvens, do mar ou das criaturas humanas sobre o planeta.

“Nossa vida diária, o calendário e nossos relógios são acertados pelo movimento cósmico. O nascer e o pôr do Sol, as estações e o movimento da Lua (marés) têm um impacto importante em nossa vida. Esta é a principal razão por que o interesse na astronomia surgiu em tempos antigos. O dia é marcado pelo nascer e pôr do Sol (a rotação da Terra), o mês pela trajetória da Lua em torno do planeta, e o ano e suas estações pelo movimento aparente do Sol na eclíptica (o movimento da Terra ao redor do Sol). Este é nosso programa de astronomia diário já há milhões de anos, e por muitos a vir. Estabilidade e tranqüilidade em contraste com nossa vida moderna”.

O vídeo foi promovido como imagem astronômica do dia da NASA no final de 2008, e os outros vídeos de Till Credner podem ser vistos no imperdível The Sky in Motion.
O vídeo lembrou um ensaio inspiradíssimo de Oliver Morton publicado no NYT pouco antes do Natal que passou. Comemorando o 40 aniversário da viagem da Apollo 8, a primeira viagem de seres humanos a outro mundo, e as famosas fotografias tomadas pelo astronauta Bill Anderson do “nascer da terra” como visto da órbita da Lua, traduzo um trecho:
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Que a Terra é pequena é inegável. Se o sistema solar fosse do tamanho dos Estados Unidos, a terra teria o tamanho de um campo de futebol americano; se a distância ao centro da galáxia fosse de uma milha, a Terra seria menor que um átomo. Mas se a foto do “nascer da Terra” pudesse ter capturado nosso planeta na dimensão do tempo ao invés de espaço, as coisas pareceriam diferentes. Em sua duração, em contraposição a seu diâmetro, a Terra deve ser medida em uma escala cósmica. Com mais de quatro bilhões de anos, ela se estende a um terço da história do universo, um terço do caminho de volta ao próprio Big Bang. Muitas das estrelas que você vê em uma noite clara de inverno são mais jovens que o planeta abaixo de seus pés.
Mera persistência não é, em si mesma, uma grande façanha. As rochas inóspitas da Lua persistiram por quase tanto tempo. Mas a terra não apenas persistiu, ela viveu. Por quase 90 por cento de sua história o planeta tem sido habitado e moldado pela vida. Os mecanismos biológicos que funcionaram inicialmente na aurora da vida movimentam as criaturas da Terra até os dias de hoje, formando uma cadeia contínua de pelo menos 3,8 bilhões de anos de tamanho.
Esta vida ininterrupta demonstra que o planeta está longe de ser frágil. A Terra viva é resistente em escalas difíceis de considerar. A vida assistiu aos continentes colidirem e se despedaçarem, céus brilhando como carvão em brasa, mares tropicais congelados e imobilizados: ela sobreviveu. Atingida pela radiação de uma supernova próxima, por asteróides, ela mal se afetou e nunca parou. Nossa civilização pode estar – ou está – fora de equilíbrio com seu ambiente, os modos de vida humanos atuais podem ser assustadoramente precários. Mas aplicar a fragilidade de nosso modo de vida à própria vida é tolice”.

Alguém precisa traduzir todo o ensaio. George Carlino disse de forma mais sucinta e engraçada, com 100% mais palavrões. São boas reflexões e imagens para começar o ano internacional da astronomia.
Foi observando os céus através de um telescópio há 400 anos que Galileu deu um enorme impulso que culminou com aquela foto do nascer da Terra como vista da Lua. As crateras que o gênio italiano viu com uma clareza que nenhum outro ser humano havia visto antes já foram visitadas em pessoa por alguns de seus parentes.
A vida é espetacularmente resistente, e nossa inteligência é inimaginavelmente poderosa. Mas precisamos usá-la. Nada garantirá melhor a nossa continuidade do que o progresso democrático da ciência. Só ela permitirá a colonização de outros mundos, e só a compreensão de tal por toda a humanidade concretizará tal sonho. Só assim a inteligência poderá ser elevada a algo que possa ser medido em escalas cósmicas, e mesmo as estrelas da distante e antiga abóbada celeste estarão a nosso alcance.

Uma mesa sem pregos: “Tensegridade”

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Um desafio no estilo Logica Mente: como construir uma mesa usando apenas o tampo da mesa, três bastões simples e um único segmento de corda? A resposta é a imagem acima, demonstração da unidade mais simples de uma estrutura de “tensegridade”. Clique para instruções (em inglês) de como fazer a sua.

Sustentando sua integridade através da tensão entre seus elementos, uma das mais fabulosas inovações da engenharia no século 20 foi criação de um artista, Kenneth Snelson. Suas obras fascinaram a Buckminster Fuller, mais conhecido por suas geodésicas, e que cunhou o termo “Tensegrity” para o conceito.

Apesar de já ter algumas décadas, a tensegridade viu poucas aplicações práticas. Talvez o exemplo mais claro e belo só seja inaugurado neste ano que começa: a ponte Kurilpa na Austrália. [via MAKE]

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Atingida por um feixe de partículas: a Webcam

Um feixe de prótons e uma webcam, quem ganha? O feixe de prótons, é claro. O legal disso tudo é que no vídeo acima você confere segundo a segundo a tortura a que a webcam foi submetida, enquanto os prótons surgem como diversos pontos brancos na imagem.

Alguns pontos ficam mais alongados, como riscos, e são as partículas atingindo o sensor da webcam de forma oblíqua. E, pobre webcam, alguns pontos ficam permanentemente brancos. São pontos do sensor de imagem que foram efetivamente “queimados”, danificando permanentemente a câmera.

Você também pode escutar as partículas como um ruído no áudio, e tudo é uma boa demonstração da equipe trabalhando na missão do Lunar Reconnaissance Orbiter e os instrumentos que devem medir a radiação lá pelo nosso satélite.

De forma curiosa, algo similar ocorre com astronautas que vão ao espaço, que relataram ver estranhos flashes, explicados como resultado de raios cósmicos atingindo diretamente a retina ou os nervos óticos. Mas assim como tais partículas altamente energéticas danificam permanentemente a webcam, você pode imaginar que os efeitos não só na retina, como no cérebro e todo o corpo dos astronautas não são nada bons.

Como realmente não são. A radiação cósmica a que os astronautas ficam expostos é um dos maiores obstáculos para as viagens espaciais de longa duração.

Confira nosso post anterior sobre a incrível história do homem que foi atingido pelo feixe concentrado de um acelerador de partículas. [via MAKE]

Feliz Ano Novo!

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É o Ano Internacional da Astronomia!400 anos, Galileu Galilei usava pela primeira vez um telescópio para observar os céus, mesmo ano em que Kepler formulou suas duas primeiras leis do movimento planetário;

É o Ano de Darwin, comemorando o bicentenário de seu nascimento e o sesquicentenário (150º) da publicação de A Origem das Espécies;

É o Ano Internacional do Planeta Terra;

É o ano do do Touro segundo o horóscopo chinês!!! 😀

O Culto do Código Da Vinci

Um Olhar Crítico a O Código Da Vinci de Dan Brown
por Robert Sheaffer, publicado em Skeptic, Vol. 11, n.4

davincifalsofdsPor definição um romance é ficção. Mas Dan Brown diz em O Código Da Vinci que “Todas as descrições de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos neste romance são acuradas”. Neste “romance factual”, Brown faz algumas afirmações extraordinárias que, se verdadeiras, não só revolucionariam toda a religião Cristã, mas muito da história também. Brown quer que acreditemos que as práticas do Cristianismo antigo eram completamente diferentes das que nos foram ensinadas, e que uma enorme conspiração nos impediu de saber sobre isto. Uma conspiração patriarcal de um famoso imperador romano obliterou a adoração dos primeiros cristãos do “sagrado feminino”. Jesus e Maria Madalena foram casados e geraram uma linhagem real que continua até os dias de hoje. Uma sociedade secreta de alguns dos mais famosos cientistas e artistas da história tem se dedicado a preservar estes segredos antigos durante quase mil anos. No mínimo estas alegações subverteriam mais de um século de pesquisa diligente por estudiosos sérios das mais respeitadas universidades no mundo. Se houve alguma reivindicação histórica extraordinária que exigisse prova histórica extraordinária, este é o maior exemplo.

Quão boa é a prova que Brown apresenta?

Leia o restante de ‘O Culto do Código Da Vinci

Ciência Divertida: for kids!

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Quer animar a festa de suas pequenas unidades de carbono, mas personagens da Disney, palhaços e mágicos já enjoaram? Na Europa e vários países da América você pode contratar a Ciência Divertida, uma rede internacional de “cientistas malucos” prontos para animar festas ou apresentar shows com experimentos científicos.

Este que deve estar parecendo um comercial patrocinado (“Quanto custa tudo isso? Não responda agora!”) em verdade é apenas admiração com o sucesso desta idéia que merece todo o apoio. Com mais de uma década, a rede Ciencia Divertida é uma franquia comercial espalhada pelo mundo. Uma olhada nos programas da rede em Portugal é motivo para bater palmas. Confira um tema para festas infantis:

Festa Ciência Divertida Investiga – Público alvo: dos 9 aos 14 anos
A história: Aconteceu um crime! O Museu onde se encontram algumas das colecções científico-naturais mais ricas do Mundo, foi palco de um crime no dia em que se comemoravam os seus 150 anos. O responsável por este acto foi muito cuidadoso… mas talvez não o suficiente! Felizmente para os investigadores deixou indícios. Será que este grupo vai ser capaz de resolver este crime? Com a ajuda do Super Cientista e do IDC (Investigador da Ciência Divertida) o grupo deverá ser capaz de usar os princípios forenses e laboratoriais para analisar as provas e desvendar este mistério.

Um CSI infantil. Infelizmente não há franquia no Brasil. Ainda. Por aqui, há esforços valiosíssimos como a Estação Ciência ou o Ciência em Show, mas um depende que as crianças visitem a estação e o outro é o trabalho de uma equipe de apresentadores itinerantes, mas que ainda não realizam a proeza da bilocação. Ambos trabalhos, aliás, ficam sediados em São Paulo. Se você conhecer outras iniciativas parecidas por aqui, por favor, indique nos comentários.

Fato é que um empreendimento comercial com várias franquias e suporte facilitando o investimento de qualquer um que queira explorar a área complementa tais esforços. Abre assim um leque ainda maior de oportunidades para incendiar essas pequenas massas cinzentas com ciência.

A vida de uma estrela: 12 bilhões de anos em 6 minutos

Não é uma animação detalhada de como uma estrela é formada e evolui – você pode assistir a este vídeo ao invés, que é apenas um pouco mais aprofundado. Mas é uma boa compilação de imagens retratando alguns dos principais eventos no ciclo de vida de uma estrela da classe espectral G. Você sabe, uma como o nosso Sol.

A música é Hayling por FC Kahuna, com vocais da islandesa Hafdís Huld. De nada.

Mais astronomia você confere no novo vizinho de Lablog, o Big Bang Blog.

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