Jeitinho americano no Saturn V


Em 1966 a primeira versão do mais potente engenho humano já criado foi completado: era o primeiro foguete Saturno V, designado apenas para testes e demonstrações. Entre eles, estaria incluído o balanço com pés descalços tênis e o puxamento em cabo-de-guerra, mas esta é uma história que a Grande Conspiração Universal tentou encobrir. Felizmente, bravos esforços foram empreendidos, e quarenta anos depois você pode conferir o filme clicando na imagem acima, fornecendo evidências inegáveis do uso de tais métodos alternativos de engenharia.
Seriamente, os experimentos foram feitos para testar na prática como a estrutura reagiria às muitas vibrações e forças externas no mundo real. Surgiu então a idéia de chamar um grupo de técnicos que devidamente tirou os sapatos, deitou e passou a empurrar parte do foguete com os pés. Mas o balanço não foi suficiente, e contaram então com a ajuda de mais um bando de técnicos puxando o topo do foguete com uma corda. Sucesso: mais dados para o teste, que apesar de útil e lendário, se tornaria obscuro pelos anos seguintes, talvez por ter sido feito sem tanto planejamento e porque tenha resultado na queda de parte da estrutura.
A rigor, os mais poderosos engenhos humanos efetivamente usados são armas nucleares — em particular, a bomba czar de 50 megatons — mas na classe de motores e engrenagens, dispositivos mecânicos “convencionais” movidos a reações químicas, os foguetes Saturno V são até hoje os líderes — e algo de que a espécie humana pode se orgulhar. [via TDG]

Star Trek: Planet “Atheist”

Em inglês, do Godtube: A piada sobre billions and billions” até que não é ruim. O resto é acidentalmente engraçado, falácias sem fim, incluindo a inevitável tirada sobre o encontro de vida inteligente.
Roddenberry se reviraria no túmulo, não fosse o fato de que era ateu, teve suas cinzas lançadas ao espaço e o detalhe de que mortos não se reviram realmente no túmulo, exceto devido a processos de decomposição não muito poéticos. [via io9]

Imagens sortidas

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Ilusão espetacular

Bem bolada aplicação de uma ilusão ótica antiga para vender um produto, em uma combinação perfeita. Conferi, e não é um truque: a ilusão que você experimentar será mesmo mais um bug de seu cérebro. [via Adfreak]

A reação Briggs-Rauscher

Cores mudando “espontaneamente” e “sem fim”: é a reação Briggs-Rauscher, que poderia ser melhor que Jesus e seus truques com água.
Na verdade, nesta reação química (real), diversos processos ocorrem simultaneamente (que não são nem mesmo plenamente compreendidos), e formam um ciclo que depois de variar claramente entre laranja, azul e transparente, retorna ao estado “inicial”. Infelizmente, não é um ciclo perfeito, e a psicodelia de cores cambiantes se repete apenas em torno de dez vezes. E gera produtos muito mais tóxicos do que vinho. A vantagem é que pode ser visto no Youtube. [via Wired]

“Não entre”, por 10.000 anos


Além do petróleo, e todos os seus problemas, a única fonte de energia efetiva de que dispomos é a nuclear. Com todos os seus problemas, que são realmente gigantescos. Se a queima de combustíveis fósseis libera carbono que pode afetar o clima global, a energia nuclear gerada hoje produz inevitavelmente o lixo nuclear, que permanecerá radioativo e letal por milhares e milhares de anos. A única “solução” prática encontrada e aplicada hoje é enterrar tal lixo para debaixo do tapete em depósitos a centenas de metros de profundidade, na esperança de que não haja vazamentos pelas próximas centenas de gerações. Mas além dos vazamentos por causas naturais, sempre há a questão de como evitar que gerações futuras, talvez tão ou mais estúpidas que nós, tentem liberar todo o lixo radioativo.
É com isto em mente que em 1993 o governo americano encomendou um relatório recomendando medidas para evitar que gerações futuras tentem adentrar tais depósitos de lixo radioativo. Nada de armadilhas mirabolantes como bolas de pedra gigantes de Indiana Jones — a própria radiação já aniquilaria os intrusos, de fato –, as soluções propostas se resumiram a sinais e símbolos universais e claros capazes de ser compreendidos no ano de 12.006, para que nossos eventuais descendentes compreendam que não devem sequer tentar adentrar o depósito. As propostas acabaram quase tão interessantes quanto bolas de pedra gigantes.
Confira excertos do relatório, com ilustrações, em inglês: Expert Judgement on Markers to Deter Inadvertent Human Intrusion into the Waste Isolation Pilot Plant. Uma das sugestões foi a que pode ser vista na ilustração no início deste post; uma paisagem de pontas enormes, sugerindo algo ameaçador e pouco hospitaleiro. Outras idéias incluíram blocos negros gigantes e irregulares, que ficariam escaldantes durante o dia. Todas as idéias sugeridas têm em comum suas dimensões, “gigantescas” segundo os autores do relatório, para que o símbolo e a mensagem perdurem pelos milênios. De fato, eles sugerem que “a construção de tal símbolo deve ser um dos maiores empreendimentos públicos da história“.
Tudo muito impressionante e lembrando ficção científica, mas em 2004 um novo relatório (PDF) foi menos fantasioso e sugeriu formas pouco grandiosas de transmitir mensagens, como placas gravadas com vários idiomas, desenhos e tradutores automatizados. Ainda assim, o depósito de lixo nuclear continua um empreendimento caro e arriscado, e é questionável que nossa mensagem duradoura para o futuro sejam avisos sobre o presente altamente radioativo que enterramos em diversos pontos do planeta.
Uma antítese desse “presente” poderia ser visto nas mensagens douradas das sondas Voyager e Pioneer enviadas ao espaço exterior. Belas mensagens, sem dúvida… até que lembremos que essas sondas também contêm material radioativo, e que só puderam funcionar tão bem graças a tal fonte de energia. Nada é tão simples.

USS Nemo Nox


Não sou um grande Trekkie, mas como nerd aficcionado por seriados, essa escalação para uma nova Enterprise pelo Nemo Nox, é quase perfeita:

Resolvi fazer um joguinho: escalar personagens de outras séries recentes, que seriam interpretados pelos mesmos atores e teriam os mesmos traços de personalidade mas se comportariam como pessoas daquela época, com o conhecimento e o treinamento necessários para ocupar um posto de oficial da federação. Foi uma brincadeira divertida, e fiquei satisfeito com a minha seleção final para a U.S.S. Nemo Nox.
Commanding Officer: Captain Gregory House (Hugh Laurie), da série House. First Officer: Sydney Bristow (Jennifer Garner), da série Alias. Science Officer: Adrian Monk (Tony Shalhoub), da série Monk. Chief of Security: Vic Mackey (Michael Chiklis), da série The Shield. Chief Engineer: John Locke (Terry O’Quinn), da série Lost. Chief Medical Officer: Charlie Crews (Damian Lewis), da série Life. Communications Officer: Susan Mayer (Teri Hatcher), da série Desperate Housewives. Ship’s Counselor: Preston Burke (Isaiah Washington), da série Grey’s Anatomy. Emperor of the United Klingon and Cardassian Nations: Tony Soprano (James Gandolfini), da série The Sopranos. Leader of the Maquis Rebels: Jack Bauer (Kiefer Sutherland), da série 24.
Alguém se anima a escrever um roteiro?

O mais difícil problema de geometria fácil do mundo


É possível encontrar o valor do ângulo x em cada um dos triângulos acima usando apenas geometria elementar — nada de trigonometria, com senos, cossenos e afins. Geometria fácil, como lembrar que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus. Mas encontrar a solução é MUITO difícil. Depois de pelo menos duas horas tentando resolver o problema, confira as dicas em inglês. Com elas, talvez demore apenas mais algumas horas para resolver os problemas. [via haha.nu]

Fractais premiados


Confira os ganhadores do “Benoit Mandelbrot Fractal Art Contest 2007” clicando no imagem acima. Porém, fractais são tão fascinantes que todos os concorrentes valem uma olhada.

Todos os cientistas estão errados


“Quando pensar o faz mudar de idéia, é filosofia.
Quando Deus o faz mudar de idéia, é fé.
Quando os fatos o fazem mudar de idéia, isso é ciência”.

A pergunta anual da Fundação Edge deste ano aos seus ilustres colaboradores, é: “Como descobertas ou argumentos científicos o fizeram mudar de idéia?“. As respostas são imperdíveis, embora estejam todas em inglês. Algumas delas incluem:
Richard Dawkins conta como passou a aceitar uma teoria que inicialmente descartou na primeira edição de seu primeiro livro, O Gene Egoísta, convencido por um novo modelo matemático. Susan Blackmore descreve sua crença em fenômenos paranormais, área de pesquisa com a qual conseguiu seu PhD, e como depois de muito esforço:

“Eu me lembro do exato momento em que algo clicou (ou talvez eu deva dizer ‘eu acho que me lembro…’, caso esta seja uma falsa memória). Estava deitada na banheira tentando encaixar meus últimos resultados negativos na teoria paranormal, quando me ocorreu pela primeira vez que eu poderia ter estado completamente enganada, e meus tutores certos. Talvez não existisse nenhum fenômeno paranormal“.

Talvez mais interessante àqueles não tão comprometidos com o ativismo cético seja a mudança de opinião de Steven Pinker, que cita suas próprias palavras há dez anos atrás:

Ainda estamos evoluindo? Biologicamente, provavelmente não muito. … Se a espécie está evoluindo de fato, está acontecendo muito lentamente e de forma impredizível para que saibamos a direção”.

Mas como noticiado recentemente, novos estudos genéticos “têm sugerido que milhares de genes, talvez tanto quanto dez por cento do genoma humano, estiveram sob forte seleção recente, e a seleção pode ter mesmo se acelerado durantes os últimos milhares de anos“. Como Pinker escreve, “tive que questionar minha suposição geral de que a evolução humana havia basicamente parado na era da revolução da agricultura“.
Sagan e Dawkins já comentavam sobre como a ciência é uma das únicas áreas do conhecimento humano em que você vê pessoas freqüentemente mudando de idéia, e a única em que tal é feito de maneira sistemática baseada em fatos. Todos os cientistas estão errados, assim como todos os religiosos, filósofos e poetas. A beleza da ciência é que todos os cientistas estão cada vez menos errados.

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