CeticismoAberto.com atualizado 15.11.2007

FORTIANISMO
Aaron Sakulich
Os Gnomos de Symmonds
O ano era 1955. Uma certa senhora Margaret Symmonds e seu marido estavam a caminho para a Flórida. Mal sabiam que se encontrariam com o terror.
Mário Barbatti
Ressonância de Schumann
“A percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schumann”.
FOTOS FANTASMAS
Vulto
Homem na praia
Longa exposição
O Santo

Alemão histérico + 300

Melhor mashup de 300 que já vi. Resume bem o filme. Claro que você já deve ter visto o alemão histérico (que, a propósito, acabei de descobrir que estava apenas fingindo. Chocante).

Novo vídeo da Terra vista da Lua

Não perca o vídeo do nascer e pôr da Terra como vistos pela sonda japonesa Kaguya, na órbita da Lua, em 18 de outubro passado. Capturadas a 380.000km de distância de nosso planeta — e a 100km da superfície de nosso satélite natural — as imagens originais são as primeiras em alta definição. O que, infelizmente, não é o que vemos no clipe do Youtube acima.
Para ter uma idéia melhor do que a NHK — o canal de TV estatal japonês — ainda irá transmitir aos telesctadores nipônicos com TV digital em alta definição, clique na imagem abaixo para ver apenas 1 (um) quadro de 1920×1080 pixels. E imagine dezenas de quadros com essa qualidade por segundo, enquanto a Terra nasce ou se põe na Lua:

Veja mais no press release da JAXA.
Um astronauta Apollo já havia comentado como, da Lua, basta estender o polegar para cobrir todo o nosso planeta. E como dizia Sagan sobre nosso Pálido Ponto Azul:

“É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, todos os que conhecemos de quem ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas.
Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, “superastros”, “líderes supremos”, todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali – num grão de poeira suspenso num raio de sol.
A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração deste ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes mal distinguíveis de algum outro canto em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes.
Nossas atitudes, nossa pretensa importância, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no universo, tudo é posto em dúvida por este ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos.
A Terra é, até agora, o único mundo conhecido que abriga a vida. Não há nenhum outro lugar, ao menos em futuro próximo, para onde nossa espécie possa migrar. Visitar, sim. Estabelecer-se, ainda não. Goste-se ou não, no momento a Terra é o nosso posto.
Tem-se dito que Astronomia é uma experiência que forma o caráter e ensina humildade.
Talvez não exista melhor comprovação das loucuras da vaidade humana do que esta distante imagem de nosso mundo minúsculo. “Para mim, ela sublinha a responsabilidade de nos relacionarmos mais bondosamente uns com os outros e de preservarmos e amarmos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos.”

Da Lua, a Terra parece bem menor, mas ainda é um astro. Contudo, ironicamente, coberta por um simples polegar já permite compreender algo da humildade de que o astrônomo falava.

Física no papel

Confira acima um vídeo do jogo “Crayon Physics Deluxe“, ou “Física do Giz de Cera”. Nele, seu objetivo é mover a bola vermelha até a estrela, usando as leis da física e objetos que você mesmo desenha no cenário.
Não só é uma excelente idéia, como a primeira versão pode ser baixada gratuitamente para ser jogada em seu computador! O jogo logo cansa depois de alguns minutos, e é bem mais interessante se jogado em um tablet. Mas vale uma conferida.

Melodia da estrada (ou vice-versa)

Pelo menos três estradas japonesas passaram a cantar, ainda que um desafinadamente. São as “estradas da melodia”, aproveitando-se de ranhuras comumente usadas para escoar melhor a água da chuva, e que geralmente fazem um ruído monótono e desagradável. Nas estradas da melodia, os japoneses criaram ranhuras com espaçamentos diferentes. O resultado é um ruído pouco monótono, mas ainda desagradável, e que tem uma vaga semelhança com uma música. Assista ao vídeo acima para conferir.
A idéia em verdade é muito criativa, e a vi pela primeira vez no sítio do genial Bill Beaty, que a inventou em 1984 (mas não a patenteou). Infelizmente, como vemos na prática não parece ser possível gerar sons agradáveis dos pneus de um carro.

A Tática do Esquilo

A milenar estratégia de luta do esquilo é infalível. Note a perplexidade de seu oponente.

Em busca da Verdade


Você já deve ter visto esse filme: sujeito nasce pobre e aprende tudo que sabe sozinho, enquanto trabalha para sobreviver. De repente, vê uma oportunidade de ser algo mais. Ele agarra a chance, mas nada é fácil nesta vida. Para chegar lá, deve penar mais do que jamais sofreu. É testado, humilhado, chega à beira do desespero. No final, supera todas as dificuldades para se tornar simplesmente “o cara”. Como Will Smith “Em Busca da Felicidade”, mas a fórmula é muito antiga.
No século 19, Michael Faraday foi este cara, na vida muito real. Nasceu pobre, filho de ferreiro, e trabalhou como aprendiz de encadernador desde os catorze anos. Aprendeu sozinho com os livros que encontrava, até que conseguiu um convite para palestras na Royal Institution. A nata da ciência freqüentada apenas por nobres.
Faraday anotou tudo em seu caderninho, como sempre fazia. Imagine, é a típica cena dramática de Hollywood, mas isso realmente aconteceu. Nosso herói enviou então suas notas ao palestrante, com tudo que havia entendido. Eram trezentas páginas. Deu certo: Faraday foi chamado para uma conversa. Mas nada é fácil nesta vida.
Faraday só foi convidado para ser um ajudante em experimentos algum tempo depois. Teve que servir de valete – algo como um empregado servindo cafezinho. Foi humilhado, e quando começou a fazer descobertas e experimentos científicos por si mesmo, tentaram lhe passar a perna. Mas Faraday era tão genial que se tornaria não só membro da nobre Royal Society, como chefe do laboratório de experimentos e um dos maiores cientistas de todos os tempos.
O computador que você usa neste momento e de fato tudo que sabemos sobre eletricidade e magnetismo deve algo às descobertas de Michael Faraday. Ele é homenageado como a unidade de capacitância elétrica: se você abrir seu computador e ver alguns cilindros coloridos – os capacitores – talvez veja um “F”. F de “Farad”. Farad de “Michael Faraday”.
Por que estou contando esta história? Porque Faraday também fez descobertas variadas como químico, e também descobriu como a brincadeira do copo funciona, estudando as mesas-girantes. Os parágrafos acima foram escritos para a coluna Dúvida Razoável desta semana. Acabei retirando-os da coluna final para não fugir muito do assunto — falar sobre a universalidade da ciência e as sondas Voyager pareceu mais apropriado. Mas lembrar um pouco da bela história de Faraday sempre é apropriado, e as linhas tortas vão publicadas aqui mesmo.

Todos serão passageiros

“A Universidade norte-americana Carnegie Mellon ganhou o prêmio de US$ 2 milhões da corrida de robôs promovida pelo Pentágono, anunciaram seus organizadores ontem. O “Desafio DARPA” faz parte de um plano estratégico aprovado pelo Congresso que requer que um terço dos veículos americanos nos campos de batalha esteja robotizado até 2015″. [da Folha]

Superando as expectativas, seis das onze equipes participantes do desafio chegaram à reta final, com seus veículos completamente autônomos driblando o trânsito da cidade simulada, e respeitando todas as leis de trânsito. Comentamos no post anterior como o desafio daria uma idéia melhor de quando será o dia em que não iremos mais dirigir. O dia está mais próximo do que se esperava.
Curiosidade: o carro da equipe da Universidade de Cornell se chamava “SkyNet“, em homenagem à Inteligência Artificial que aniquila a humanidade na série Exterminador do Futuro. SkyNet terminou a corrida, mas não sem se desentender com um carro concorrente, em uma pequena colisão. Uma pena como o desafio recebeu tão pouca cobertura da mídia: de carros a robôs, com aplicações concretas em nossas vidas, prometendo reduzir uma das maiores causas de morte no planeta em alguns anos. E com carros automatizados em cenários de guerra ainda antes. E ainda uma SkyNet?

Como esvaziar uma garrafa

Esvaziar uma garrafa de água de 1,5L leva até vinte segundos. São segundos que a vida moderna não nos permite desperdiçar. Apertar a garrafa pode reduzir o tempo pela metade, mas o vídeo acima demonstra um método simples para esvaziar a garrafa em dois segundos. Basta… inserir um canudo e soprar. Fará alguma sujeira, e deixará a água temperada com sua saliva e bactérias bucais, mas sem dúvida, será dez vezes mais rápido. Impressionará a todos, e você ainda poderá explicar para as garotas conceitos de pressão do ar e tudo mais. Jóia.

Turbina de Tesla com CDs

O gênio que criou as bases do sistema moderno de geração e transmissão de energia também criou uma turbina sem hélices, apropriadamente chamada “Turbina de Tesla“. Em uma época em que o design de hélices era completamente manual e largamente intuitivo, Tesla simplesmente inventou uma turbina composta de discos planos. O torque é produzido pela adesão e viscosidade do fluido sobre a superfície dos discos, que não só giram, como acabam girando a rotações muito maiores do que hélices convencionais.
Não apenas isso, a turbina de Tesla funciona tanto para extrair força mecânica de fluidos, como para bombear fluidos se acoplada a um motor. Uma elegância típica do gênio, que também iria caracteristicamente afirmar que sua invenção alcançaria eficiências muitos maiores do que qualquer outro tipo de turbina. Infelizmente, e tipicamente para Tesla, sua invenção genial e inovadora encontrou uma série de problemas e limitações. Nunca foi aplicada comercialmente, exceto como uma bomba capaz de lidar melhor com dejetos — seus discos planos conseguem bombear líquidos com materiais sólidos com tolerâncias muito maiores. Como turbina, a idéia ainda encontra limitações nos materiais disponíveis: os discos alcançam rotações tão altas que se distorcem ou mesmo desintegram.
Mas você pode experimentar algo da genialidade do inventor com uma turbina feita com CDs e um tubo de CDs vazio. Confira no vídeo acima: basta separar os CDs (o autor usa ímãs, mas basta colá-los) e então fazer alguns furos no tubo de CDs. A turbina improvisada funciona tão bem, ou mal, que em um dos testes simplesmente se desintegrou. Como as originais. Nenhuma aplicação prática, mas muitos pontos para a idéia de usar CDs velhos como algo além de protetores de mesa.

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