Fusões
Quando a locomoção animal encontra o showbiz.
É o que dá misturar trabalho e prazer.
Imagem – montagem de Luís Azevedo Rodrigues a partir de “The Horse in Motion” (1878), Edward Muybridge e Hilary Swank (2005), Norman Jean Roy
Mail Columbiforme
(Publicado no jornal O Primeiro de Janeiro a 10/01/2008)
Nos tempos que correm quase ninguém passa sem enviar ou receber mails. Boas e más novas chegam ao nosso conhecimento sob a forma de impulsos eléctricos materializados num qualquer ecrã.
A piada do amigo, a foto do sobrinho, o documento do chefe, tudo nos chega pela via electrónica.
Esta facilidade e rapidez incrementa o que se envia e recebe, não permitindo a necessária filtragem arbitral que o tempo concede.
E quando se estava no tempo em que a biologia condicionava a troca de informação?
Em o que o ritmo informativo era mantido pelo sangue do animal e não pelo silício dos circuitos?
A ideia absurda de me entrar um pombo-correio pelo monitor adentro, com um ficheiro anexo no bico, fez-me escrever este texto – descansem os leitores que não me encontro, ainda, em delírios surrealistas a La Buñuel ou Dali.
A utilização de meios biológicos na comunicação humana é antiga. No caso dos pombos-correio (ordem Columbiformes, espécie Columba livia domestica) os primeiros registos datam do séc. XII na Pérsia (actual Irão), embora seguramente possam ser mais antigos.
A utilização destas aves assenta na sua capacidade de regresso aos locais de onde partiram. Assim, eram utilizados no passado, para transportar informações, em especial de natureza militar. Curioso que a Internet também surgiu de um objectivo militar…
Foram feitas diversas experiências com o objectivo de avaliar a capacidade de regresso a casa dos pombos. Transportaram-se os animais em caixas de metal (a fim de evitar a localização magnética) e anestesiados, para locais remotos. Ainda assim, os pombos conseguiram regressar aos seus pombais de origem.
Tal como os mails, os pombos-correio chegam aos seus destinos em dias de sol e dias encobertos e, se treinados, viajam mesmo de noite. Das poucas condicionantes que inviabilizam o seu labor é a chuva forte. Já os mails dependem se se pagou ou não ao servidor de acesso.A navegação dos pombos é feita com base na observação do sol, por olfacto e por intermédio do uso de uma “bússola”. Foi detectada a presença de material ferromagnético (Fe3+) no bico destas aves.
Da mesma forma que uma bússola funciona graças à sua agulha magnetizada, também os pombos-correio se servem daquelas substâncias magnéticas na sua orientação.
Evolutivamente, esta capacidade de navegação parece ter-se desenvolvido para permitir um regresso seguro ao ninho após longas viagens em busca de alimento. A selecção artificial feita pelo Homem “aperfeiçoou” esta característica.
Actualmente a utilização de pombos-correio faz parte dos hobbies. Concursos são realizados internacionalmente sendo a maior distância percorrida por um pombo-correio, nos EUA, de 1800 km. Apesar da sua enorme capacidade de orientação, existem sempre casos de desnorteamentoSe ainda dependêssemos do pombo-correio, poderia existir o spam Columbiforme. Este, manifestar-se-ia pela entrada massiva destas aves pelas nossas janelas. Ainda que de arma em riste, seria complicado afastar essa chuva de publicidade não desejada. Os vírus informáticos teriam a sua versão pré-digital na forma da gripe-das-aves. Ao contrário da binária, a biológica afecta os mensageiros e não os receptores da informação.
Quando estavam no poder no Afeganistão, os Taliban aboliram o uso dos pombos-correio.
Tal facto só poderá ser explicado pela confusão daqueles com a pomba da Paz…
P.S. – os meus agradecimentos sinceros, uma vez mais, ao Luís Veloso que sempre em-cima-da-hora me “serve” as ilustrações.
A segunda ilustração é de Hanzlik et al.
Referências
Hanzlik M.; Heunemann C.; Holtkamp-Rötzler E.; Winklhofer M.; Petersen N.; Fleissner G. 2000. Superparamagnetic Magnetite in the Upper Beak Tissue of Homing Pigeons. BioMetals 13: 325-331.
Walcott, C. 1996. Pigeon Homing: Observations, Experiments and Confusions. The Journal of Experimental Biology 199, 21-27.
Na China – I
A “história” chinesa foi bastante complicada – ver post com outra das histórias.
O contacto inicial foi feito com Xu Xing do IVPP. Ele é responsável por mais 20 espécies novas de dinossáurios e publicou mais de 10 artigos na Nature.
Para além de me receber, propôs-me também iniciar trabalho de análise morfológica 3D de crâneos de Psittacosaurus, em conjunto com um aluno seu de doutoramento (foto).
Durante a primeira semana de estadia em Pequim, Dong Zhi-ming, um dos “pais” da Paleontologia de dinossáurios na China, encontrava-se em Pequim de visita. Falei com ele, contei-lhe o meu projecto e ele convidou-me para, passados 4 dias, nos encontrarmos no sul da China, em Lufeng. Comecei logo a tratar das coisas (arranjar avião pois Lufeng, na província de Yunnan, fica próximo da fronteira com o Vietname e do Laos) e a improvisar os meus planos iniciais.
Passados esses dias aterrava em Kunming onde tinha colaboradores de Dong Zhi-ming à minha espera, para uma viagem de carro de cerca de duas horas até Lufeng.
Estive cerca de uma semana trabalhando sobretudo em prossaurópodes, o mais famoso dos quais é o Lufengosaurus (do nome da cidade), mas também em diversos saurópodes, alguns dos quais ainda não descritos.
Fiz também prospecção no campo em conjunto com Dong Zhi-ming nas famosas jazidas do Triásico desta região.
Este investigador ficou tão impressionado com o meu trabalho que me propôs que regressasse para descrever novos materiais (provavelmente novas espécies, das centenas de ossos que eles têm em preparação), mas essa história fica para mais tarde…
Em Lufeng fui brindado com os manjares entomológicos que os meus colegas me tinham reservado – sou extremamente alérgico à picada de abelhas e vespas e quando me puseram à frente um prato de larvas e vespas adultas ia caindo para o lado!
Neste jantar, para além de Dong Zhi-ming e colaboradores, estavam também quatro colegas da Mongólia Interior, conhecidos, entre outras atributos, por serem resistentes aos efeitos do álcool. Para os chineses, quem aguenta bem a bebida é porque é bom líder, disseram-me.
Para além de convidado, era estrangeiro, e nisso os chineses são muito formais, de maneira que de 5 em 5 minutos levantava-se um chinês, fazia-me um brinde e bebíamos ambos um trago de aguardente de arroz. Como eles eram dez e eu o único convidado, tive que efectuar vários brindes com aguardente…
Dong Zhi-ming contou-me, no dia seguinte, que os colegas mongóis tinham ficado impressionados comigo porque nunca abandonei as boas maneiras nem alterei o tom de voz, e isso para eles é sinal de força interior. Não sei se é ou não, o certo é que nesse dia tinha uma certa dor de cabeça!
Lufeng é uma cidade muito pequena, mesmo para os standards chineses, semi-rural e onde quase nunca vão estrangeiros – é impressionante como estavam sempre a olhar para mim quando andava na rua…!
Recordo-me de sair um dia à noite e num restaurante (o mais próximo que se pode dizer daquele espaço…) onde entrei para me aventurar nas surpresas gastronómicas, estar vazio. Passada meia-hora, já quase não haviam mesas para chineses que apenas tinham dois objectivos: beber chá e mirar o ocidental que pensava em dinossáurios saurópodes, enquanto tentava adivinhar o que lhe tinham colocado no prato!
Foi também em Lufeng que ao sair de um riquexó motorizado (basicamente uma moto com uma cobertura atrás – foto) me deixaram à porta de uma pensão que não era a minha. Era de noite, não tinha o nome do sítio onde estava nem tão pouco sabia minimamente onde me encontrava. Para além de não esperar que alguém soubesse falar inglês, e o meu ultra-básico mandarim não dar para me safar daquela situação, foram uns minutos de completa impotência. Senti-me ao mesmo tempo como uma criança perdida no supermercado e como um adulto imbecil. Depois de ter recuperado a calma abordei o condutor do riquexó com as palavras “Kong long, kong long!” que significam “dinossáurio, dinossáurio”, uma das poucas que sei em mandarim.
Após o ter repetido várias vezes e o chinês ter recuperado das gargalhadas iniciais, lá deduziu que eu queria que ele me conduzisse ao Museu dos Dinossáurios.
É que a partir do Museu sabia eu o caminho!
Terminei a noite, com a cabeça de fora da caixa motorizada a gesticular “esquerdas e direitas” até ao meu hotel no sul da China.
Já andei por grande parte do mundo e nunca me tinha sentido tão “perdido” como naqueles cinco minutos…
Os olhos de Caronte
Errante nas trevas, mergulhada na água fria das grutas, murchou-lhe a visão nos devaneios da Evolução.
Sente as presas pelas ondas que fazem.
Nunca as viu.
Nunca as verá.
P.S. Eurycea rathbuni ; Caronte
Imagens: na imagem e
John Roddam Spencer Stanhope – ” Psyche and Charon” (pormenor) (1883
Carta a um pesquisador histórico, assalariado do Sr. Miguel Sousa Tavares
(Publicado no jornal O Primeiro de Janeiro a 27/12/2007)
Carta a um pesquisador histórico, assalariado do Sr. Miguel Sousa Tavares,
“Há duas tragédias na vida. Uma é não se ter o que o coração deseja. A outra é ter.”
George Bernard Shaw
Caro Pesquisador histórico, assalariado do Sr. Miguel Sousa Tavares,
Quanto à informação histórica solicitada, é com tristeza que o informo de que não a poderei fornecer.
Tal facto deve-se sobretudo a contenções orçamentais de vária ordem, como as recentemente sugeridas pelo seu empregador, nomeadamente os “desperdícios” orçamentais em actividades de descrição, inventariação, estudo e publicação ou preservação do património histórico-natural.
Assim, esse tipo de informação, gerada por aquelas actividades, passará a ser produzida unicamente por entidades privadas, como aquela que o Sr. representa. Desta forma, não caberá ao Estado tal supérfluo papel.
Passo a explicar: toda e qualquer acção que vise preservar e estudar actividades, marcas e reminiscências, quer humanas quer biológicas, não se enquadra nas funções do Estado português. São antes actividades que representam um desperdício de fundos indispensáveis aos nossos concidadãos.
Como iria compreender e aceitar um contribuinte de Bragança, por exemplo, que eu tivesse gerado e lhe fornecesse informações históricas, ou de outro tipo, resultantes de investimento público, se esse contribuinte não tem sequer um Centro de Saúde disponível?
Bem sei que nem só de pão vive o Homem, mas como sugere o seu chefe, não caberá ao Estado a provisão dessas outras exigências não-acessórias.
Além das necessidades básicas, deverão existir entidades privadas, como aquela que o seu empregador representa, que invistam em investigações e actividades de preservação do Património Histórico e Natural, absolutamente dispensáveis no actual contexto económico.
O povo quer informação histórica?
Que a tenha gerada pelo sector privado, de preferência sob a forma romanceada, na prateleira de um qualquer hiper-mercado suburbano.
O povo quer o seu património natural protegido?
Que o pague e se junte ao seu empregador, em fins-de-semana lúdicos nas reservas de caça privadas do Alentejo natural.
O povo quer conhecer o património histórico-natural?
Que compre livros do Michael Crichton e do seu exército de pesquisadores, que vasculham a investigação patrocinada pelo despesista contribuinte norte-americano.
Ou que visite os centros paleontológicos ou arqueológicos, na pobre vizinha Espanha, tais como o Museu do Jurássico nas Astúrias ou Atapuerca.
Os referidos contribuintes americanos e espanhóis com certeza desconhecerão as visões do seu empregador, ou não seriam tão burlados como são.
Desta forma, e na linha das profecias economicistas do seu empregador, não poderemos satisfazer os seus pedidos de informação histórica para o seu futuro best-seller.
O referido senhor deverá dirigir-se ao Centro de Emprego mais próximo e contratar um qualquer bando de profissionais, como biólogos, geólogos, paleontólogos, arqueólogos, historiadores e outros capacitados para emitir pareceres, que, de cabeça baixa e subservientes, engrossarão a vasta equipa geradora de preciosidades romanceadas de um passado mais brilhante do que este que nos oferecem.
Atenciosamente
Um funcionário
P.S. – comentário ao artigo de opinião de Miguel Sousa Tavares, no jornal Expresso de 22 de Dezembro de 2007.
O Sr. Tavares dever-se-ia preocupar nos motivos e nas causas da falta de rentabilização de algumas das infra-estruturas culturais que refere e não no património subjacente. Por vezes há que investir mais do que 10 para se poderem obter 100.
E não carpir nos 10 que se investiram.
É o que espanhóis, americanos e outros povos “enganados” fazem.
P.P.S.- já em 2001 o douto autor havia desencadeado semelhante ataque ao qual respondi em carta ao director no Público.
Boas Festas
Só falta o Menino…o mamífero e a ave já lá estão à espera!
“Sejam felizes”
P.S.- ave – pinguim de Magalhães, província de Chubut, Patagónia argentina, 2004.
A Moby-Dick pode esperar…eis o Indohyus!
A maioria das pessoas desconhece que os cetáceos, grupo a que pertencem as baleias e golfinhos, já foram animais terrestres.
Na sua história evolutiva verificaram-se alterações morfológicas que lhes permitiram um “regresso ao mar”.
Uma das características deste grupo é serem, assim, totalmente aquáticos. Para além deste factor são os maiores animais que já existiram – a baleia-azul, com um máximo na 33 m de comprimento e 190 000 kg de peso, mas podendo ter “apenas” 1,4 m e 45 kg, como a Toninha da Califórnia ou vaquita (Phocoena sinus).
Estes dois extremos do grupo Cetacea colocam várias questões evolutivas importantes, e algumas semelhante às colocadas nos dinossáurios saurópodes: que modificações sofreram estes animais para atingirem tamanhos descomunais? E como se deram esses processos?
Entre as alterações morfológicas verificadas na evolução dos cetáceos contam-se a redução do esqueleto apendicular, a alteração da forma dos dentes e modificações na estrutura do ouvido interno.
UM NOVO ELEMENTO NA HISTÓRIA DOS CETACEA
Depois de já anteriormente ter levantado a ponta do véu sobre a história evolutiva dos Cetacea, foi publicado hoje, na revista Nature.
Uma das conclusões deste estudo é o da proximidade de parentesco e semelhanças morfológicas entre o Indohyus (família Raoellidae, pertencente á ordem Artiodactyla) e os cetáceos. Esta descoberta permite inferir que o habitat aquático terá entrado na vida destes animais antes mesmo de surgirem os verdadeiros Cetacea. Este estudo aponta também que a mudança de dieta terá surgido na “transição” dos Artiodactyla para os Cetacea.
INDOHYUS
Outra das questões ainda não totalmente esclarecidas diz respeito à “causa” evolutiva que explique a transição do meio terrestre para o meio aquático destes animais. Alguns autores referem a dieta como sendo o fio condutor dessa “viagem”.
As evidências morfológicas surgem através dos dentes fossilizados deste grupo, que apesar de serem perfeitamente diferenciáveis das espécies actuais não permitem inferir com completo rigor a dieta do animal.
ESMALTE E DIETA
Com o objectivo de averigua o carácter aquático do Indohyus, este novo estudo incorpora a análise da proporção entre os isótopos δ18O e δ13C do esmalte dentário. Estes isótopos são bastante estáveis após a morte do animal e posterior conjunto de fenómenos conducentes à sua fossilização e podem ser, e são, utilizados como um indicador do tipo de dieta do animal em estudo. Por exemplo, o isótopo δ18 do oxigénio revela quer a alimentação quer o tipo de água ingeridas, tendo-se verificado que os valores de δ18 presentes no esmalte do Indohyus eram inferiores aos dos mamíferos quer terrestres quer semi-aquáticos, do Eocénico.
Este facto permite inferir que este animal viveria num ambiente aquático, embora não se podendo afirmar se exclusivamente.
Apesar de passar muito tempo dentro de água, alimentar-se-ia também de vegetação em terra, um pouco à semelhança do que acontece com o hipopótamo.
A análise morfológica dos ossos encontrados e da composição química do esmalte dentário permite aos paleontólogos afirmar que o Indohyus não era um nadador exímio, tendo provavelmente vivido em ambiente aquáticos de pequena profundidade, com os membros assentes ou semi-assentes no fundo. Este animal alimentava-se também em terra, embora este estudo aponte a possibilidade de uma dieta aquática.
TIPOS LOCOMOÇÂO AQUÁTICA DOS “VELHOS”
CETACEA
Se os modernos cetáceos apresentam formas muito semelhantes de locomoção aquática, o mesmo não se pode afirmar dos seus directos antepassados directos. No Eocénico (entre os 55 e os 34 milhões de anos atrás) os cetáceos apresentavam diversas morfologias corporais e consequentes modos distintos de natação que iam do balanço da barbatana caudal (nos Dorudontidae, semelhantes a golfinhos) até ao simples “remar” com os quatro membros (nos Pakicetidae).
GOULD
Stephen Jay Gould descreveu grande parte das “peripécias” paleo-cetáceas no seu ensaio mensal na revista do American Museum of Natural History “Natural History”, em 1994. O artigo “Hooking Leviathan by Its Past”, foi compilado no livro “Dinosaur in a Haystack”, editado em Portugal pela Gradiva, mas não me recordo do título…
REFERÊNCIAS
Gingerich PD, Arif M, Bhatti MA, Anwar M, Sanders WJ. 1997. Basilosaurus drazindai and Basiloterus hussaini, new Archaeoceti (Mammalia, Cetacea) from the middle Eocene Drazinda Formation, with revised interpretation of ages of whale-bearing strata in the Kirthar Group of the Sulaiman Range, Punjab (Pakistan). Contrib. Mus. Paleontol. Univ. Mich. 30:55-81
Gingerich PD, Haq M, Zalmout IS, Khan IH, Malkani MS. 2001. Origin of whales from early artiodactyls: hands and feet of Eocene Protocetidae from Pakistan. Science 293:2239-42
Gingerich PD, Raza SM, Arif M, Anwar M, Zhou X. 1994. New whale from the Eocene of Pakistan and the origin of cetacean swimming. Nature 368:844-47
Gingerich PD, Smith BH, Simons AL. 1990. Hind limbs of Eocene Basilosaurus: evidence of feet in whales. Science 249:154-57
Gingerich PD, Wells NA, Russell DE, Shah SMI. 1983. Origin of whales in epicontinental remnant seas: newevidence from the early Eocene of Pakistan. Science 220:403-6
Thewissen, J. G. M. & Williams, E. M. 2002. THE EARLY RADIATIONS OF CETACEA (MAMMALIA): Evolutionary Pattern and Developmental Correlations. Annu. Rev. Ecol. Syst. 2002. 33:73-90
Thewissen, J. G., L. N. Cooper, M. T. Clementz, Sunil Bajpai, and B. N. Tiwari. Whales originated from aquatic artiodactyls in the Eocene epoch of India. Nature 450: 1190-1194.
IMAGENS – Carl Buell; Thewissen, J. G. M. et al. 2007; Thewissen, J. G. M. & Williams, E. M. 2002; Thewissen, J. G. M. et al. 2007.
VIDEO
Acontece…na vida e na ciência
“Jack: What did he say?
Peter: He said the train is lost.
Jack: How can a train be lost? It’s on rails.”
Chamem-me simples.
Mas esta frase atingiu-me qual murro no estômago.
Tal como na vida e na ciência e por mais carris que tenhamos.
Inspiração – daqui, daqui
Imagem – Rick O’Reilly
Seca e venenosa
Comentário torpe da minha parte: se o artigo tivesse laivos de português de telemóvel, o nome da nova espécie seria mais que redundante: “Ei malta, ashei mais uma Naja!!”
Uma nova espécie de cobra-cuspideira (a maior) do Quénia, Naja ashei, foi apresentada ao mundo. Até há pouco tempo pensava-se que esta recém-baptizda constituiria apenas coloração diferente da Naja nigricollis mas análises do ADN mitocondrial revelaram ser este réptil uma nova espécie.
Seja bem vinda senhora Naja ashei!
Referência: Wüster, Wolfgang & Broadley, Donald G. (2007): Get an eyeful of this: a new species of giant spitting cobra from eastern and north-eastern Africa (Squamata: Serpentes: Elapidae: Naja). Zootaxa 1532: 51-68. (PDF grátis)
Poema, dinos e abóboras
Em resposta ao elogioso post da Abobrinha, apenas uma imagem e um poema de Ogden Nash.
Fossils
- At midnight in the museum hall
- The fossils gathered for a ball
- There were no drums or saxophones,
- But just the clatter of their bones,
- A rolling, rattling, carefree circus
- Of mammoth polkas and mazurkas.
- Pterodactyls and brontosauruses
- Sang ghostly prehistoric choruses.
- Amid the mastodontic wassail
- I caught the eye of one small fossil.
- Cheer up, sad world, he said, and winked-
- It’s kind of fun to be extinct.