300 Latinos

Nunca a xenofobia foi tão engraçada. E o vídeo ainda foi criado por um grupo de comediantes latinos.

Keepon, o robô dançante

Confira todo o gingado e malemolência de Keepon. Quem tem mais de vinte anos deve lembrar das infames flores, latas e tantas mais coisas dançantes infames que se prolongam até hoje, mas Keepon é um robô de verdade com duas câmeras e um microfone (o nariz), capaz de responder a estímulos externos, como acompanhar rostos. Mais um videoclipe aqui.

Implosão controlada em 11 de setembro?

No vídeo acima você confere a implosão da “Landmark Tower”, com trinta andares e mais de cem metros de altura, realizada em março de 2006. Websites conspiracionistas pela internet comparam essa implosão controlada com a queda das torres do World Trade Center, e embora realmente haja alguma semelhança, há notáveis diferenças. Como você pode conferir nestes outros vídeos da implosão da Landmark Tower, aqui ou aqui, vê claramente como em uma implosão controlada o prédio colapsa de baixo para cima, e a própria estrutura se desfaz enquanto cai — porque explosões iniciais já fragilizaram todo o edifício.
Em contraste, na queda das torres gêmeas, o colapso teve início nos andares atingidos pelos aviões, e pode-se ver claramente como a estrutura tanto acima abaixo do ponto em colapso permanece praticamente inteira, até que atinja o chão e se perca nos escombros:

Como se pode ver no vídeo acima, o colapso das torres ocorreu não por causa do impacto dos aviões, mas pelo enfraquecimento da estrutura metálica devido ao incêndio provocado pelo combustível das aeronaves. Esta explicação, contrariada por incontáveis paranóicos que subitamente se tornaram especialistas em estruturas, foi demonstrada de forma exemploar há pouco com o colapso de um viaduto em San Francisco. Um caminhão-tanque se acidentou abaixo da estrutura, e o incêndio de longa duração acabou causando a queda de uma seção do viaduto pelo enfraquecimento da estrutura metálica. As lições desse acidente para conspiracionistas de 11/9 é satirizada (e abordada a fundo) no sítio 4/29truth.com (referência aos sites 9/11truth e afins).
A queda das torres gêmeas foram incidentes inéditos, e não é surpresa que pareçam tão diferentes ao que estamos “acostumados”. Que as torres tenham caído verticalmente, aliás, tem uma explicação muito simples: inércia. É um dos vinte fatos sobre a queda das torres gêmeas:

Não havia nenhuma possibilidade de que qualquer torre caísse para os lados, uma vez que um edifício de 500.000 toneladas possui muita inércia para cair de qualquer outro modo exceto virtualmente direto para baixo.

As torres eram quatro vezes mais altas que a “Landmark Tower” no vídeo que inicia este post.

Alanis Morissette – No Pressure Over Cappuccino

Jagged Little Pill” de Alanis Morissette é fenomenal, quase todas as faixas são boas, mas além desse álbum a cantora canadense produziu pouca coisa (se é que alguma coisa) inspirada — e já se vão mais de dez anos. Mas uma das coisas inpiradas que ela produziu foi “No Pressure Over Cappuccino”, que talvez seja a melhor de todas.

Como se livrar de um peido

O programa japonês “Trivia no Izumi” se lança à grande questão: qual a melhor maneira de se livrar do cheiro do próprio peido? O começo é avacalhado e meio sem graça depois de alguns segundos, mas ao final mostram a técnica correta com a explicação “científica”: se você simplesmente sair correndo, criará um bolsão de ar aerodinâmico em suas costas que só arrastará o mau cheiro. O jeito mais eficiente de fugir do cheiro é sair correndo de lado, usando a mão para ajudar a se desfazer dos gases tóxicos. Agora você já sabe o que fazer.
Esse é o mesmo programa que testou o que acontece se você lançar uma bola a 100km/h de um carro a 100km/h. [via haha.nu]

Traficante colombiano preso por reconhecimento de voz


Aos interessados por ciência e tecnologia, a prisão de Juan Carlos Ramirez Abadia, um novo “primo Pablo”, tem um detalhe pouco enfatizado pelas autoridades e agências de notícia brasileiras: sua identificação foi confirmada através de uma análise computadorizada de sua voz.
Como o Washington Post informa, embora ele estivesse sendo investigado há algum tempo, suas muitas cirurgias plásticas e múltiplas identidades falsas impediam maior segurança para efetuar a prisão propriamente dita. Depois de receber gravações de voz feitas no Brasil e compará-las com gravações de Abadia na Colômbia, o DEA americano finalmente pôde aplicar análises que confirmaram sua “assinatura vocal”. A confirmação americana teria ocorrido no final de julho, e dias depois as autoridades brasileiras finalmente efetuaram a prisão. O fato da análise e confirmação terem sido feitas pelos americanos é o presumido motivo pelo qual é varrido para debaixo do pano.
Boa parte das mega-operações recentes e de sucesso da PF brasileira também dependem de escutas telefônicas, tornadas ágeis e simples pelos novos sistemas informatizados das operadoras de telefonia (importados, claro). A prisão de Abadía, como se vê, também se inclui aí.
Há algum problema nisso? Pelo contrário, o uso de novas tecnologias, importadas ou não, deveria ser mais do que bem-vindo. Infelizmente o Brasil ainda permanece um dos países com economia e cultura mais fechados em seu próprio e limitado umbigo em todo o enorme planeta. Ainda que boa parte do sucesso ou fracasso dos governos recentes (ou nem tão recentes) tenha sido fortemente devido a influências externas; ainda que você ligue a TV aberta e veja como a lei de proteção à cultura quase sempre significa apenas que ao invés de assistir programas estrangeiros de qualidade, o povo assiste a cópias mal-feitas ou programas de auditório durante quase todo o dia; ainda teimam em acreditar que o Brasil não é só um país continental, é um país e um mundo completo em si mesmo. Isso não é patriotismo, é burrice.

Prédio de Arquimedes


Os arquitetos desse moderno banco na Califórnia podem ter desavisadamente incorporado o espírito de Arquimedes, em um caso de psicoarquitetura, porque no verão é resultado é este:

Repare na grama. [via Digg]

Rock dos componentes eletrônicos

“Psyché Rock” de Pierre Henry: não poderia ser mais geek, com capacitores, resistores e até válvulas e afins voando. A música e o clipe são de 1967 (!), e inspiraram o tema de Futurama. Se você prestar atenção ao riff de guitarra ao fundo, poderá ouvir um precursor de um dos mais famosos hinos do rock dos anos 90.
[via MeFi]

Escoteiro Radioativo: o retorno!

Com apenas dezessete anos, David Hahn criou um reator nuclear em um barraco nos fundos da casa de sua mãe. Fascinado por ciência desde criança, Hahn quis possuir amostras de todos os elementos da tabela periódica — incluindo os radioativos.
Trabalhando em segredo, o escoteiro utilizou materiais domésticos e coletou elementos radioativos disponíveis em pequeníssimas quantidades em diversos aparelhos inócuos — indo de detectores de fumaça a relógios. Mas assim como você pode fazer uma bomba com cabeças de palitos de fósforo, também pode construir um reator nuclear para gerar elementos radioativos cada vez mais pesados a partir de quantidades menores acumuladas de muitas fontes.
Nós conhecemos a história de Hahn porque o reator ao fim não funcionou: felizmente não da pior forma possível, mas suas “atividades suspeitas” acabaram chamando a atenção da polícia, que descobriu horrorizada os experimentos atômicos do garoto que mal havia completado o ensino médio. O FBI e outras agências acabaram selando toda a casa da mãe de Hahn, perigosamente contaminada, e acredita-se que o próprio Hahn já havia sido submetido a doses muito superiores às que uma pessoa receberia em toda uma vida. Tudo isso ocorreu em 1994, e apesar de tudo as coisas não acabaram tão mal. Hahn conseguiu uma medalha dos escoteiros, foi para a universidade, saiu, teve um artigo e logo um livro publicado em 2004 com sua fantástico biografia, alistou-se na marinha empolgado em trabalhar com os reatores nucleares do porta-aviões USS Enterprise (!), mas o pobre homem não foi autorizado sequer a fazer uma visita.
Uma pena que nem tudo terminou aí. Há alguns dias, agora mesmo, Hahn foi preso sob a acusação de roubar detectores de fumaça. Obviamente ainda continua obcecado com a radiação. E o triste é ver sua fotografia na FOXnews. Seu rosto está repleto de feridas, segundo os oficiais devido à exposição à radiação.
Confira um breve clipe de um documentário inglês de 2003 com algumas imagens antigas de um Hahn ainda não tão radioativo.

A fazer: plantar uma árvore, escrever um livro, aquecimento global

Um estudo de dez anos sobre os efeitos do aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera sobre árvores foi concluído, e os resultados podem desagradar tanto ambientalistas fanáticos como relações públicas de indústrias petrolíferas. O projeto de Enriquecimento de CO2 em Ar Livre [FACE] efetivamente lançou CO2 na atmosfera em uma pequena área aberta de árvores, com uma sofisticação que incluía medir a direção do vento e lançar o CO2 de acordo. Simularam assim uma atmosfera com 50% mais dióxido de carbono que os níveis atuais (que já aumentaram mais de 25% desde o início da Revolução Industrial), e descobriram, sem muita surpresa, que as árvores de fato absorveram assim mais carbono da atmosfera. Isso anima ambientalistas fanáticos, que defendem plantar árvores em todo lugar; e também as empresas petrolíferas, que defendem que todo aumento no CO2 acaba sendo corrigido automaticamente pela natureza, que ainda teria uma explosão verde como na época dos dinossauros graças a nossa fumaça. Todos felizes?
Mas o estudo revelou que o aumento na absorção de carbono por parte das árvores depende da disponibilidade de água e nutrientes, e apenas aquelas que receberam tais recursos em abundância poderiam fazer alguma diferença efetiva para combater o aumento de CO2 na atmosfera. “Se a disponibilidade de água continuar diminuindo enquanto a do CO2 aumentar, então não teremos um ganho na absorção de carbono da atmosfera”, disse Ram Oren, diretor do projeto. “E o impacto na qualidade da água ao fertilizar grandes áreas será intolerável à sociedade. A água já é um recurso em escassez”. Tais resultados são parte do press release divulgado pela Universidade de Duke.
Esta é mais uma lição de que a questão do aquecimento global, poluição e meio ambiente é sempre muito mais complexa do que vários grupos de interesse tentam vender. Reflorestar áreas desmatadas e combater o próprio desmatamento pode ser benéfico, por outro lado a solução não é tão simples como apenas plantar árvores. Curiosamente, escrever um livro pode ajudar, se for um ajudando a esclarecer o tema e enriquecer o debate. Já fazer um filho…

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