Hoje (27/07), às 19h, CeticismoAberto na TV Cultura

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Teorias da Conspiração e o Fim do Mundo são o tema do programa Login, na TV Cultura, nesta terça (27) ao vivo das 19h às 20h!

Som e bate-papo com a banda Meia Dúzia de 3 ou 4 sobre o projeto “O fim está próspero”, e Kentaro Mori, criador de CeticismoAberto, discutindo os mistérios da ufologia e das teorias da conspiração.

Participe enviando suas perguntas ao mural!

Atualização: Para quem perdeu ou não pôde conferir, os vídeos do programa (número 87) podem ser conferidos na íntegra no site do Login:

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Nos três primeiros blocos: bloco 01, bloco 02 e bloco 03. O quarto e último bloco acompanhou a trupe do Teatro Mágico.

Além do programa que foi ao ar, participamos do Youlog, 15 minutos a mais com os apresentadores e a banda respondendo mais algumas perguntas na rede. O vídeo ainda não está online, mas deve estar disponível aqui.

Einstein e Newton na Relatividade do Errado

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Isaac Newton estava errado. Albert Einstein está errado. Isaac Asimov estava certo: é A Relatividade do Errado, um ensaio fabuloso e essencial para que se compreenda como Newton estava todavia certo, e Einstein, corrigindo-o, também estava correto. Se isso não parece fazer sentido, “o problema básico”, notou Asimov, “é que as pessoas pensam que ‘certo’ e ‘errado’ são absolutos; que tudo que não é perfeitamente e completamente certo é totalmente e igualmente errado”.

Resumindo a grande lição aqui como só um autor que escreveu 500 livros poderia resumir, Asimov respondeu:

“Quando as pessoas pensavam que a Terra era plana, elas estavam erradas. Quando pensaram que a Terra era esférica, elas estavam erradas. Mas se você acha que pensar que a Terra é esférica é tão errado quanto pensar que a Terra é plana, então sua visão é mais errada do que as duas juntas”.

Não deixe de ler A Relatividade do Errado, que pode ser ilustrada de forma bela na imagem acima, de Daniel Rozin. Parece um Albert Einstein jovem, mas se você se afastar – e se também espremer os olhos – a imagem de ninguém menos que Sir Isaac Newton surgirá. A imagem é tanto de Einstein quanto de Newton.

À distância lembrará o gênio que permitiu que entendêssemos os grandes movimentos celestes. Mais de perto, vemos o jovem físico que refinou a compreensão Newtoniana introduzindo efeitos… relativísticos.

Esta junção de duas imagens, vistas de perto ou longe, é uma ilusão óptica de imagens híbridas desenvolvida no MIT por Oliva e Schyns. [via Experientia Docet]

Tema de Doctor Who com Bobinas de Tesla

A banda ArcAttack em uma performance com a música tema do seriado inglês Doctor Who, “tocada” através de descargas elétricas liberadas por bobinas de Tesla, atingindo o artista usando um traje de Faraday. Dr. Who, Tesla e Faraday? É uma concentração absurda de poder enerdético por centímetro cúbico.

Rapidamente, alguns nexos: o tema de Dr. Who foi uma das primeiras músicas sintetizadas de sucesso, é música eletrônica composta por Ron Grainer e concretizada por Delia Derbyshire na BBC, recortando e colando pedaços de fita magnética, em 1963!

Bobinas de Tesla foram inventadas, claro, por Nikola Tesla, ninguém menos que o gênio visionários que concebeu e concretizou sozinho todo o sistema moderno de geração e transmissão de energia elétrica por corrente alternada. Suas bobinas foram e são também importantes nas primeiras transmissões de rádio (que, a rigor, ele também inventou), e na apresentação geram descargas elétricas que aquecem o ar e provocam o zumbido, que pode ser modulado para produzir os diferentes tons da música.

Finalmente, o traje de Faraday é uma referência à gaiola de Michael Faraday, outra figura fantástica da história da ciência. Em uma tempestade, você pode se abrigar no interior de um carro seguro porque a eletricidade passará no exterior do metal. Da mesma forma, o traje metálico protege o artista de ArcAttack.

O próprio Tesla chegou a brincar com descargas elétricas sem usar nenhum traje, mas Tesla era um ser sobre-humano, ele não conta*. [via Geeks Are Sexy]

Nikola Tesla

*O que é uma brincadeira, claro. Nem mesmo Tesla resistiria às descargas que podem ser vistas no vídeo. Podemos sim suportar descargas elétricas porque em alta voltagem elas tendem a percorrer a superfície da pele, mas há um limite fisiológico, relacionado principalmente à intensidade da corrente.

Somos uma pequena assimetria

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Por que há algo ao invés de nada? É uma questão filosófica imemorial que a ciência não responde e pode nunca responder, justamente porque a pergunta é em si mesma passível de um sem número de interpretações, e em ciência (e no melhor da ficção), por vezes formular a pergunta corretamente pode ser tão ou mais importante que obter a resposta.

Ontem mesmo, no entanto, cientistas chegaram um pouco mais perto de responder à questão em sua formulação relacionada à física de partículas. Pois físicos de partículas vêm há décadas acelerando e colidindo átomos e seus componentes a energias cada vez maiores, observando um caleidoscópio de matéria e energia se reorganizando e produzindo uma grande variedade de produtos.

O detalhe é que se reorganizam comumente na forma de pares de partículas e anti-partículas, respeitando uma simetria, uma paridade. Há uma grande beleza nisso, em que toda partícula de matéria possui uma anti-partícula, e se uma colidir com a outra, ambas transformam-se novamente em “energia pura”, em fótons sem massa. Você não gostaria de apertar as mãos de um anti-você, a explosão resultante provavelmente poderia ser vista de outras galáxias.

Não é preciso se preocupar, porque não só não há anti-vocês andando por aí, não há qualquer evidência de que existam grandes aglomerações de anti-matéria em qualquer lugar no Universo. Se houvesse, sua eventual colisão com matéria, ou as fronteiras entre matéria e anti-matéria emitiriam enormes quantidades de energia sob a forma de radiação. Por algum motivo, praticamente toda a matéria que conhecemos é… matéria. A anti-matéria se forma ou é vista apenas em pequenas quantidades fugazes que costumam logo se aniquilar com matéria. Nós sequer sabíamos que existia até que fosse prevista teoricamente e então finalmente detectada no século passado. O que nos leva à questão mais específica:

Por que há matéria ao invés de anti-matéria? Ou pelo menos, por que não haveria iguais quantidades de cada tipo de matéria, em diferentes partes do Universo?

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Um bilhão e um

Bem, temos algumas pistas. Para cada próton que vemos há cerca de dois bilhões de fótons em nosso Universo, isto é, vivemos em um mundo dominado por fótons, radiação eletromagnética viajando à velocidade da luz por todo o canto, em uma proporção esmagadora em relação à matéria. Lembra-se de que quando um próton colide com um anti-próton, o resultado são dois fótons de luz?

A cosmologia sugere assim que após o Big Bang, formaram-se grandes quantidades de matéria e anti-matéria, mas elas logo se aniquilaram, produzindo o Universo dominado por radiação em que vivemos. Imagine a cena: um bilhão de prótons aniquilaram um bilhão de anti-prótons produzindo dois bilhões de fótons… para cada um dos próton de cada átomo que você vê, e que constitui nossa própria massa. E toda essa ação se daria depois do evento ainda mais fantástico que seria o Big Bang e seus primeiros momentos em si mesmos. Vemos ecos destes eventos sob a forma de radiação.

Se toda a matéria tivesse sido aniquilada por toda a anti-matéria, contudo, só restariam fótons, haveria apenas radiação. Não é o que vivemos, e como vimos, há dois bilhões de fótons para cada próton, contudo ainda temos prótons. Isso sugere que para cada um bilhão de anti-prótons produzidos nos primeiros instantes do Universo, teriam sido produzidos um bilhão e um prótons. Um próton a mais. Uma pequena, ínfima assimetria, responsável por nossa existência. Assim, a resposta mais simples da cosmologia para “por que há matéria ao invés de anti-matéria” é simplesmente a de que “havia uma ínfima parcela a mais matéria do que anti-matéria”.

Uma espécie de porque sim, é bem verdade. Modelos de física de partículas vêm buscando explicar esta assimetria, mas há diversos modelos em consideração, enquanto ainda estamos longe de uma “Teoria de Tudo” (1994, ed. Zahar), que é aliás, o título do livro do físico John Barrow que usei como referência aqui.

Se a física teórica ainda não responde a contento à pergunta, a física de partículas, através desses cientistas e seus aceleradores, ao menos parece ter constatado algo muito importante.

Analisando oito anos e centenas de experimentos realizados no acelerador Tevatron norte-americano, descobriram uma diferença de 1% entre os pares de múons e anti-múons gerados a partir do decaimento de partículas conhecidas como B-mésons.

Isto é, ainda que não saibamos explicar a assimetria que responderia pelo Universo de matéria em que vivemos, sim foi demonstrado que as teorias cosmológicas não só parecem válidas como, por algum motivo, até hoje, mais de 13 bilhões de anos depois, ainda parece haver uma assimetria que garante a formação de matéria em uma proporção levemente maior do que a de anti-matéria.

Ainda não se respondeu à pergunta de por que há algo ao invés de nada, mas o fascinante é descobrir que há muito, muito pouco de matéria ao invés de nada. Nosso Universo possui sim uma sutil assimetria, e toda a massa das centenas de bilhões de estrelas que vemos brilhando, e todos os planetas que devem orbitá-las, incluindo o nosso, é o que restou desta ínfima diferença de um para um bilhão.

Majestosa imperfeição. [via Eternos Aprendizes: Por que existimos? A supremacia da Matéria sobre a Antimatéria foi finalmente medida e comprovada]

Cartocacoete: as Américas são um Pato

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Já vimos que a América do Sul em um combo com a África produz um T-Rex.

Agora vem a revelação de que as Américas como um todo formam um pato.

E o mais perturbador é que parece um certo pato argentino comentado pelo Reinaldo.

pato_argentino Cartocacoete. [via Eu Podia Tá matando]

A barra de progresso de download é uma ilusão

Olhar uma barra de progresso avançando lentamente não é um dos momentos mais emocionantes ao mexer em um computador, mas já inclui uma ilusão de percepção. Um estudo de Chris Harrison, Zhiquan Yeo e Scott Hudson, da Universidade de Carnegie Mellon, mostra que barras de progresso animadas, que hoje são onipresentes em sistemas operacionais, aparentam ser até 11% mais rápidas do que realmente são.

No vídeo acima, cortesia da New Scientist, todas as barras com animações variadas avançam com a mesma velocidade, mas é possível perceber que algumas parecem andar mais rápido que outras. Posteriormente vemos como uma barra em que a variação de cor se torna mais rápida à medida que a barra se aproxima do final parece acelerar – quando a velocidade é, em verdade constante. Finalmente, vemos como uma animação com “ondas” movendo-se na mesma direção do progresso da barra parece fazê-la andar mais devagar. Ondas no sentido contrário, ao invés, aceleram a percepção de avanço.

Tudo ilusão, e uma baseada em estudos anteriores que já haviam mostrados como estímulos rítmicos – como ondas piscando – podem alterar a percepção de tempo, e também como nossa percepção de movimento depende do contexto. O primeiro efeito explicaria a ilusão de movimento acelerado com piscadas gradualmente acelerando, o segundo responderia pela aceleração aparente à medida em que as ondas viajam no sentido contrário parecem destacar o movimento da barra de progresso.

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Fãs de produtos Apple ficarão animados com o fato de que barras de progresso com animações similares alcançaram os computadores da empresa de Steve Jobs já há mais de uma década, mas usuários Windows vêm apreciando barras de progresso mais animadas em versões recentes do sistema. Tais melhorias visuais não parecem ter levado em conta tais efeitos de percepção: as animações foram originalmente inseridas provavelmente como um simples indicador de que o sistema não travou e então também como atrativos visuais.

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Curiosamente, talvez por isso mesmo nenhum desses sistemas aplica as ilusões da forma mais efetiva indicada agora pelo trabalho de Harrison. A direção em que as “ondas” de movimento na barra viajam deveria ser invertida, e as mudanças pulsantes de cor poderiam, ao invés de ser constantes, acelerar à medida em que a tarefa chegasse perto do fim.

São apenas ilusões de progresso: a velocidade das barras continuará exatamente a mesma, mas este é um caso em que o usuário poderá gostar de ser enganado, vendo o tempo passar mais rápido.

Só torçamos para que operadores de telemarketing não passem a explorar também ilusões auditivas. [via Gizmodo BR]

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Harrison, C., Yeo, Z., and Hudson, S. E. 2010. Faster Progress Bars: Manipulating Perceived Duration with Visual Augmentations. In Proceedings of the 28th Annual SIGCHI Conference on Human Factors in Computing Systems (Atlanta, Georgia, April 10 – 15, 2010). CHI ’10. ACM, New York, NY. (22% acceptance rate, Best Paper Nomination)

Overdose de Fofura – e um experimento bizarro

Bebê lemure

Entre os lêmures estão os menores primatas do mundo (valeu, Takata!), e Tahina, nascida no ano retrasado no zôo Besancon na França bem pode ser um dos mais “uóóó´” no planeta. É um dos únicos 17 lêmures Propithecus coronatus vivendo em cativeiro, tratada com todo o cuidado pela equipe de veterinários. Confira mais fotos adoráveis desta coisa esquisita no Mail.

A imagem irresistível de Tahina abraçando o urso de pelúcia lembra o estudo clássico de Harry Harlow com macaquinhos e mães de pelúcia, explicado pelo scibling Luis Azevedo no Ciência Ao Natural, em A Natureza do Amor:

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A Cérebro e Mente também tem uma boa página com mais fotos (coloridas) explicando o experimento de Harlow: As Necessidades Vitais dos Bebês.

E, sendo este o admirável mundo novo da internet, é claro que você pode conferir filmes dos experimentos no SeuTubo, apresentados pelo próprio:

Depois de conhecer o experimento, ele pode soar meio cruel, mas há meio século o sofrimento de alguns macaquinhos permitiu descobertas que em parte garantem que a pequena Tahina ganhe um ursinho de pelúcia para abraçar: é cientificamente demonstrado que lhe faz um bem danado. [foto via pya]

A Grande Coincidência Cósmica: Eclipses e a Dança das Mil Mãos

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Já dizia o Papa Ibrahim César que “o mundo é fodásticamente mágico”. As montanhas flutuantes de Avatar deslizando sobre campos de anti-gravidade (?) em Pandora podem ser belas fantasias, mas a realidade das montanhas de água com a massa de dez mil aviões jumbo flutuando no céu, mais conhecidas como nuvens, é no mínimo algo tão complexo, maravilhoso e encantador.

Há muito, muito mais para ser desvendado, compreendido e apreciado, e entre esses detalhes incríveis que passam comumente despercebidos, estão os eclipses totais do Sol.

Eclipses em si mesmos não são eventos tão raros. O alinhamento entre um planeta, um de seus satélites e o Sol é interessante, mas não é algo raro. Nos diversos outros planetas do sistema solar, você verá eclipses, até com mais frequência do que na Terra.

Mas um eclipse solar total, e mais, um eclipse solar total em que a lua encubra quase perfeitamente o Sol, sem muito mais, sem muito menos… este é um fenômeno que só podemos observar do planeta Terra. E só podemos observar durante um período determinado, pois há alguns milhões de anos, e daqui a mais outros milhões de anos, esta conjunção não se fará tão perfeita.

Porque, e este é o detalhe mais incrível de todos: esta conjunção é uma mera coincidência.

Não há nenhum mecanismo físico que determine que, para nós sobre a superfície terrestre, o tamanho aparente da Lua seja aproximadamente o mesmo que o tamanho aparente do Sol. Ocorre que a Lua já esteve muito mais próxima do planeta – e portanto, surgia muito maior na abóbada celeste – e está gradualmente se afastando, diminuindo seu tamanho aparente.

Nós vivemos em uma época em que este tamanho é aproximadamente o mesmo que o do Sol, e assim podemos apreciar imagens como a que adorna o topo deste texto: uma combinação digital de múltiplas imagens capturadas do eclipse total de 2008 na Mongólia. Ao fundo se vê a corona solar, jatos de plasma hiperquentes com várias vezes o tamanho da Terra, e em primeiro plano pode-se ver claramente a superfície… da Lua! Que encobre quase perfeitamente a superfície do Sol.

Lembra a fantástica “dança das mil mãos” chinesa, mas é uma dança realizada pelos dois principais corpos que adornam nossos céus todos os dias, todas as noites.

Atrás da dançarina na frente, a Lua, está o Sol, e suas mãos são a corona registrada na imagem ao topo.

Escrevi há alguns anos um texto mais longo sobre esta grande coincidência cósmica, que é uma leitura recomendada especialmente para qualquer um que já esteja tentado a alguma interpretação mística envolvendo deuses ou mesmo extraterrestres para explicar esta coincidência: O Lado Escuro da Lua, a Grande Coincidência Cósmica e uma Explicação Heterodoxa.

Simplesmente, coincidências acontecem.

O deslumbramento e a simples perplexidade que esta coincidência provoca, no entanto, merece toda surpresa e apreciação. E ela não surge apenas durante eclipses solares: basta olhar para o céu e lembrar que o tamanho do Sol é aparentemente o mesmo que o da Lua.

Por puro acaso.

Espirrando — e triplicando a resolução de seu monitor

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Você já espirrou na tela do monitor? É algo fascinante – se apreciado da forma correta, claro, tudo pode ser fascinante. Experimente. Não é preciso contaminar a tela; pode-se molhar a mão e então chacoalhá-la, jogando muito levemente gotículas de água sobre ele. Gotículas, é bom alertar, não se deve encharcar o monitor.

Aqui está o fascinante: as gotas sobre o monitor adquirem uma aparência multicolorida, alternando entre vermelho, verde e azul, mesmo que o monitor esteja exibindo uma imagem completamente branca. Isto ocorre porque a imagem completamente branca é em verdade formada por uma série de elementos vermelhos, verdes e azuis, e as gotículas de água agem como lentes de aumento, permitindo que você veja estes minúsculos elementos individualmente. Você também poderia se fascinar observando o monitor com uma lupa – só não seria algo tão nerd (ou nojento?) quanto admirar gotículas de cuspe sobre o monitor.

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Antenas que falam: na Nature

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Há alguns meses abordamos o popular vídeo do “rádio de plasma” na Rússia, e buscamos explicar o curioso efeito da melhor forma possível: de rádios galena na Segunda Guerra a bobinas de Tesla cantando o tema de Super Mario Bros, chegamos finalmente ao vídeo de uma antena falante, confirmando o fenômeno.

Em um follow-up fascinante, o SciBling do Massa Crítica indica esta nota da revista Modern Mechanix de 1933 (!) que descreve exatamente o mesmo fenômeno:

“Um incidente na estação de Hilversum (Holanda), relatado pela autoridade de ninguém menos que o Dr. Balthasar van der Pol, em uma carta à Nature, é bem autenticada por observação competente. Energia adicional, durante um tempo demasiadamente seco, foi seguido pela aparição de uma descarga ‘coronal’ – isto é, luz cercando os fios da antena, produzida, claro, pela ionização do gás afetado pela saída de elétrons dos fios. A corono, no entanto, apareceu na forma de bolas de luz, de algumas polegadas de diâmetro, primeiro em uma extremidade do fio externo, e então interno. Quando a energia na estação foi reduzida a um valor normal – em torno de 10 kilowattts, 296 metros – a luz desapareceu. Além de ser luminosa, a antena era bem audível.

O programa da estação foi ouvido por transeuntes, como som vindo da antena, a uma distância de uma milha, em experimentos com alta voltagem posteriores. A ação é sem dúvida similar ao alto-falante de descarga elétrica, com o qual experimentos interessantes foram realizados no passado, mas precisa de voltagem muito alta para uso comum”.

Exatamente como o vídeo no Youtube da antena sobrecarregada, mas em um incidente na Holanda em 1933, devidamente relatado pelo doutor van der Pol à Nature! Não é só na Rússia que Plasma, rádio VOCÊ!! [Modern Mechanix, via Luis Brudna]

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