Últimos dias para votar Ciência à Bessa
Encerra-se depois de amanhã a votação do público para o Topblog Brasil. Quem gosta do Ciência à Bessa e ainda não votou é só clicar nesse link. Aproveito para agradecer a todos os que já votaram.
Sorteio de Natal – Livro de Comportamento Animal
Semana passada ocorreu o lançamento do meu livro com a Prof. Ana Arnt, Comportamento animal, teoria e prática pedagógica, pela Editora Mediação. O livro foi escrito para professores de ensino fundamental e médio e traz uma coletânea de textos sobre o comportamento animal em suas diversas faces seguidos de atividades práticas simples para ilustrarem os conceitos apresentados.
Tem experimentos sobre socialidade com cupinzeiros, simulações do comportamento de predação usando confeitos de chocolate e várias outras sugestões para tornar as aulas mais agradáveis e compreensíveis. Todos os capítulos se pautaram por perguntas que poderiam muito bem ser perguntas científicas de etólogos. Sempre acreditei no comportamento animal como uma forma de encantar pessoas pela biologia por se tratar de eventos mais fáceis de ver no espaço (ao contrário da respiração celular na escala micro e da convergência evolutiva entre mamíferos sul-americanos e marsupiais australianos na escala macro, por exemplo) e no tempo (ao contrário do desenvolvimento embrionário, por exemplo).
Então lanço agora o desafio. Quero que vocês me contem nos comentários quem foi o melhor professor da vida de vocês e por que. Vou sortear dia 2 de dezembro dois exemplares para quem responder, assim chega de presente de Newtal. Não se esqueçam de deixar seu e-mail para eu entrar em contato com os ganhadores.
Vote Ciência à Bessa no Topblogs Brasil
Pessoal,
O Ciência à Bessa está no segundo turno do Topblogs Brasil! Para sonhar mais alto preciso do voto de vocês. Segue abaixo um tutorial para ajudá-los (Tia-avó Maria, sem desculpas dessa vez hein! Se não vir seu voto lá no Natal a gente se entende, ok.). Quem já votou no primeiro turno deve votar novamente porque os votos não são repetidos. Vamos lá, Ciência à Bessa Topblog Brasil na categoria bichos e animais! Uhu!
Comece clicando no banner do concurso que aparece ao lado direito desse post
Uma nova página se abrirá para votar. Clique em votar, aparecerão dois ícones, escolha e-mail abrirá um espaço para você preencher seus dados
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Pronto! Você receberá uma mensagem de confirmação.
Bicho Bizarro: Cobra de vidro
Fêmea de cobra de vidro dando à luz um filhote.
Fonte: arkive.org
Nem cobra, nem de vidro. O bicho bizarro de hoje é um lagarto que vive sob o folhiço nas matas e, por isso, perdeu as patas ficando com a aparência de uma serpente. Ele possui pálpebras e lingua não bifurcada, ao contrário das serpentes (veja no vídeo). Já o vidro deve-se a outra peculiaridade, a autotomia caudal, hábito de perder a cauda quando perturbada. Devido a isso reza a lenda que uma cobra de vidro partida em cem pedacinhos, mas remontada, cicatriza a ponto de ninguém dizer que foi cortada. O pavor infundado humano das serpentes tem resultado na morte de muitos desses lagartos que são eficientes predadores de pragas de hortas e jardins.
Um lugar para chamar de seu – Blog Action Day
Toda afirmação dessas que dizem que nós fazemos parte de um todo acionam em mim um alarme de ‘papo de bicho-grilo que se abraça em árvore’. Papo de bicho-grilo ou não, o fato é que inegavelmente somos parte de um todo interdependente, pelo menos no que diz respeito à nossa ecologia. Temos um lugar só nosso no superespaço das relações ecológicas.

Uma versão simplificada da cadeia trófica no atlântico norte, só para dar ideia da complexidade das relações alimentares possíveis que nos envolvem (Fonte: fisherycrisis.org)
Nossa natureza animal nos faz seres heterótrofos, ou seja, não sintetizamos nossa própria energia a partir da luz do sol (fotossíntese) ou da quebra de ligações químicas (quimiossíntese), somos obrigados a obter essa energia queimando alimento com a respiração, mais ou menos como um motor a combustão faz com a gasolina. Assim, somos intrinsecamente dependentes do que comemos, da mesma forma que uma água-viva, um besouro ou um peixe.
À primeira vista a relação é muito simples, porque dependemos daquilo que comemos, mas aquilo que comemos depende de nós. Somos nós que semeamos nosso arroz, criamos nosso frango. Não há tanta dependência assim. Opa, mas o frango precisa de milho para comer. Ei, e esse milho também serve de alimento a lagartas e a nós mesmos. Essa lagarta, quando adulta pode ser o alimento de um sapo, que também come mosquitos que se alimentam de nós humanos. Vamos pegar, por exemplo, só meu café da manhã de hoje: mel, iogurte, granola de aveia, passas, castanhas e flocos de milho, banana, mamão e uma xícara de café adoçada com estévia, só aí já temos dez espécies, cada uma dependente de, suponhamos, outras dez. A rede de interações vai se alastrando exponencialmente!
Ao passo que aumentamos essa rede ecológica (isso só pensando nas relações alimentares, nem estou falando em competição, cooperação ou qualquer outra interação) vemos que ela logo irá envolver todos os organismos da Terra. Como queríamos demonstrar! O homem é um elo numa grande rede de interações entre os seres vivos. Nossa permanência acima do ostracismo da extinção biológica depende desses fios de interação que nos ligam aos outros organismos. Corte-o fio errado e despencamos para o esquecimento. Parece que ignoramos isso, já que a cada dia cortamos ou puímos essas conexões. Ainda há tempo e espero que esse post ajude.