Saudades

Não tenho tempo para comentar esta notícia.
Apenas para a recordação emotiva do primeiro dinossáurio que estudei – o Tenontosaurus – no American Museum of Natural History, em Nova Iorque.
Mais do que um Museu, uma casa de Ciência.
Às vezes dá-me para isto…

Referência: Lee, A.H. and Werning, S. 2008. Sexual maturity in growing dinosaurs does not fit reptilian growth models. PNAS. January 15, vol. 105 | no. 2, 582-587.

Na China – I

A “história” chinesa foi bastante complicada – ver post com outra das histórias.

O contacto inicial foi feito com Xu Xing do IVPP. Ele é responsável por mais 20 espécies novas de dinossáurios e publicou mais de 10 artigos na Nature.
Para além de me receber, propôs-me também iniciar trabalho de análise morfológica 3D de crâneos de Psittacosaurus, em conjunto com um aluno seu de doutoramento (foto).

Durante a primeira semana de estadia em Pequim, Dong Zhi-ming, um dos “pais” da Paleontologia de dinossáurios na China, encontrava-se em Pequim de visita. Falei com ele, contei-lhe o meu projecto e ele convidou-me para, passados 4 dias, nos encontrarmos no sul da China, em Lufeng. Comecei logo a tratar das coisas (arranjar avião pois Lufeng, na província de Yunnan, fica próximo da fronteira com o Vietname e do Laos) e a improvisar os meus planos iniciais.
Passados esses dias aterrava em Kunming onde tinha colaboradores de Dong Zhi-ming à minha espera, para uma viagem de carro de cerca de duas horas até Lufeng.
Estive cerca de uma semana trabalhando sobretudo em prossaurópodes, o mais famoso dos quais é o Lufengosaurus (do nome da cidade), mas também em diversos saurópodes, alguns dos quais ainda não descritos.
Fiz também prospecção no campo em conjunto com Dong Zhi-ming nas famosas jazidas do Triásico desta região.
Este investigador ficou tão impressionado com o meu trabalho que me propôs que regressasse para descrever novos materiais (provavelmente novas espécies, das centenas de ossos que eles têm em preparação), mas essa história fica para mais tarde…

Em Lufeng fui brindado com os manjares entomológicos que os meus colegas me tinham reservado – sou extremamente alérgico à picada de abelhas e vespas e quando me puseram à frente um prato de larvas e vespas adultas ia caindo para o lado!
Neste jantar, para além de Dong Zhi-ming e colaboradores, estavam também quatro colegas da Mongólia Interior, conhecidos, entre outras atributos, por serem resistentes aos efeitos do álcool. Para os chineses, quem aguenta bem a bebida é porque é bom líder, disseram-me.
Para além de convidado, era estrangeiro, e nisso os chineses são muito formais, de maneira que de 5 em 5 minutos levantava-se um chinês, fazia-me um brinde e bebíamos ambos um trago de aguardente de arroz. Como eles eram dez e eu o único convidado, tive que efectuar vários brindes com aguardente…
Dong Zhi-ming contou-me, no dia seguinte, que os colegas mongóis tinham ficado impressionados comigo porque nunca abandonei as boas maneiras nem alterei o tom de voz, e isso para eles é sinal de força interior. Não sei se é ou não, o certo é que nesse dia tinha uma certa dor de cabeça!

Lufeng é uma cidade muito pequena, mesmo para os standards chineses, semi-rural e onde quase nunca vão estrangeiros – é impressionante como estavam sempre a olhar para mim quando andava na rua…!
Recordo-me de sair um dia à noite e num restaurante (o mais próximo que se pode dizer daquele espaço…) onde entrei para me aventurar nas surpresas gastronómicas, estar vazio. Passada meia-hora, já quase não haviam mesas para chineses que apenas tinham dois objectivos: beber chá e mirar o ocidental que pensava em dinossáurios saurópodes, enquanto tentava adivinhar o que lhe tinham colocado no prato!

Foi também em Lufeng que ao sair de um riquexó motorizado (basicamente uma moto com uma cobertura atrás – foto) me deixaram à porta de uma pensão que não era a minha. Era de noite, não tinha o nome do sítio onde estava nem tão pouco sabia minimamente onde me encontrava. Para além de não esperar que alguém soubesse falar inglês, e o meu ultra-básico mandarim não dar para me safar daquela situação, foram uns minutos de completa impotência. Senti-me ao mesmo tempo como uma criança perdida no supermercado e como um adulto imbecil. Depois de ter recuperado a calma abordei o condutor do riquexó com as palavras “Kong long, kong long!” que significam “dinossáurio, dinossáurio”, uma das poucas que sei em mandarim.
Após o ter repetido várias vezes e o chinês ter recuperado das gargalhadas iniciais, lá deduziu que eu queria que ele me conduzisse ao Museu dos Dinossáurios.
É que a partir do Museu sabia eu o caminho!
Terminei a noite, com a cabeça de fora da caixa motorizada a gesticular “esquerdas e direitas” até ao meu hotel no sul da China.
Já andei por grande parte do mundo e nunca me tinha sentido tão “perdido” como naqueles cinco minutos…

A Moby-Dick pode esperar…eis o Indohyus!

Whale AncestorA maioria das pessoas desconhece que os cetáceos, grupo a que pertencem as baleias e golfinhos, já foram animais terrestres.
Na sua história evolutiva verificaram-se alterações morfológicas que lhes permitiram um “regresso ao mar”.
Uma das características deste grupo é serem, assim, totalmente aquáticos. Para além deste factor são os maiores animais que já existiram – a baleia-azul, com um máximo na 33 m de comprimento e 190 000 kg de peso, mas podendo ter “apenas” 1,4 m e 45 kg, como a Toninha da Califórnia ou vaquita (Phocoena sinus).
Estes dois extremos do grupo Cetacea colocam várias questões evolutivas importantes, e algumas semelhante às colocadas nos dinossáurios saurópodes: que modificações sofreram estes animais para atingirem tamanhos descomunais? E como se deram esses processos?
Entre as alterações morfológicas verificadas na evolução dos cetáceos contam-se a redução do esqueleto apendicular, a alteração da forma dos dentes e modificações na estrutura do ouvido interno.

INDOHYUS2UM NOVO ELEMENTO NA HISTÓRIA DOS CETACEA
Depois de já anteriormente ter levantado a ponta do véu sobre a história evolutiva dos Cetacea, foi publicado hoje, na revista Nature.
Uma das conclusões deste estudo é o da proximidade de parentesco e semelhanças morfológicas entre o Indohyus (família Raoellidae, pertencente á ordem Artiodactyla) e os cetáceos. Esta descoberta permite inferir que o habitat aquático terá entrado na vida destes animais antes mesmo de surgirem os verdadeiros Cetacea. Este estudo aponta também que a mudança de dieta terá surgido na “transição” dos Artiodactyla para os Cetacea.


INDOHYUS

Outra das questões ainda não totalmente esclarecidas diz respeito à “causa” evolutiva que explique a transição do meio terrestre para o meio aquático destes animais. Alguns autores referem a dieta como sendo o fio condutor dessa “viagem”.
As evidências morfológicas surgem através dos dentes fossilizados deste grupo, que apesar de serem perfeitamente diferenciáveis das espécies actuais não permitem inferir com completo rigor a dieta do animal.

Thewissen 2002

ESMALTE E DIETA
Com o objectivo de averigua o carácter aquático do Indohyus, este novo estudo incorpora a análise da proporção entre os isótopos δ18O e δ13C do esmalte dentário. Estes isótopos são bastante estáveis após a morte do animal e posterior conjunto de fenómenos conducentes à sua fossilização e podem ser, e são, utilizados como um indicador do tipo de dieta do animal em estudo. Por exemplo, o isótopo δ18 do oxigénio revela quer a alimentação quer o tipo de água ingeridas, tendo-se verificado que os valores de δ18 presentes no esmalte do Indohyus eram inferiores aos dos mamíferos quer terrestres quer semi-aquáticos, do Eocénico.
Este facto permite inferir que este animal viveria num ambiente aquático, embora não se podendo afirmar se exclusivamente.
Apesar de passar muito tempo dentro de água, alimentar-se-ia também de vegetação em terra, um pouco à semelhança do que acontece com o hipopótamo.
A análise morfológica dos ossos encontrados e da composição química do esmalte dentário permite aos paleontólogos afirmar que o Indohyus não era um nadador exímio, tendo provavelmente vivido em ambiente aquáticos de pequena profundidade, com os membros assentes ou semi-assentes no fundo. Este animal alimentava-se também em terra, embora este estudo aponte a possibilidade de uma dieta aquática.

INDOHYUS1

TIPOS LOCOMOÇÂO AQUÁTICA DOS “VELHOS”
CETACEA

Se os modernos cetáceos apresentam formas muito semelhantes de locomoção aquática, o mesmo não se pode afirmar dos seus directos antepassados directos. No Eocénico (entre os 55 e os 34 milhões de anos atrás) os cetáceos apresentavam diversas morfologias corporais e consequentes modos distintos de natação que iam do balanço da barbatana caudal (nos Dorudontidae, semelhantes a golfinhos) até ao simples “remar” com os quatro membros (nos Pakicetidae).

GOULD

Stephen Jay Gould descreveu grande parte das “peripécias” paleo-cetáceas no seu ensaio mensal na revista do American Museum of Natural History “Natural History”, em 1994. O artigo “Hooking Leviathan by Its Past”, foi compilado no livro “Dinosaur in a Haystack”, editado em Portugal pela Gradiva, mas não me recordo do título…

 

REFERÊNCIAS

Gingerich PD, Arif M, Bhatti MA, Anwar M, Sanders WJ. 1997. Basilosaurus drazindai and Basiloterus hussaini, new Archaeoceti (Mammalia, Cetacea) from the middle Eocene Drazinda Formation, with revised interpretation of ages of whale-bearing strata in the Kirthar Group of the Sulaiman Range, Punjab (Pakistan). Contrib. Mus. Paleontol. Univ. Mich. 30:55-81
Gingerich PD, Haq M, Zalmout IS, Khan IH, Malkani MS. 2001. Origin of whales from early artiodactyls: hands and feet of Eocene Protocetidae from Pakistan. Science 293:2239-42
Gingerich PD, Raza SM, Arif M, Anwar M, Zhou X. 1994. New whale from the Eocene of Pakistan and the origin of cetacean swimming. Nature 368:844-47
Gingerich PD, Smith BH, Simons AL. 1990. Hind limbs of Eocene Basilosaurus: evidence of feet in whales. Science 249:154-57
Gingerich PD, Wells NA, Russell DE, Shah SMI. 1983. Origin of whales in epicontinental remnant seas: newevidence from the early Eocene of Pakistan. Science 220:403-6
Thewissen, J. G. M. & Williams, E. M. 2002. THE EARLY RADIATIONS OF CETACEA (MAMMALIA): Evolutionary Pattern and Developmental Correlations. Annu. Rev. Ecol. Syst. 2002. 33:73-90
Thewissen, J. G., L. N. Cooper, M. T. Clementz, Sunil Bajpai, and B. N. Tiwari. Whales originated from aquatic artiodactyls in the Eocene epoch of India. Nature 450: 1190-1194.

IMAGENS – Carl Buell; Thewissen, J. G. M. et al. 2007; Thewissen, J. G. M. & Williams, E. M. 2002; Thewissen, J. G. M. et al. 2007.

VIDEO

Acontece…na vida e na ciência

“Jack: What did he say?
Peter: He said the train is lost.

Jack: How can a train be lost? It’s on rails.”

Chamem-me simples.
Mas esta frase atingiu-me qual murro no estômago.
Tal como na vida e na ciência e por mais carris que tenhamos.

Inspiração daqui, daqui
Imagem – Rick O’Reilly

Poema, dinos e abóboras

Em resposta ao elogioso post da Abobrinha, apenas uma imagem e um poema de Ogden Nash.

Fossils

At midnight in the museum hall
The fossils gathered for a ball
There were no drums or saxophones,
But just the clatter of their bones,
A rolling, rattling, carefree circus
Of mammoth polkas and mazurkas.
Pterodactyls and brontosauruses
Sang ghostly prehistoric choruses.
Amid the mastodontic wassail
I caught the eye of one small fossil.
Cheer up, sad world, he said, and winked-
It’s kind of fun to be extinct.

Opção ou como já foi a segunda figura do Estado

Fui chamado à atenção da resolução Conselho da Europa “The dangers of creationism in education (Doc. 11375)”, a qual teve o seguinte resultado, em que destaco os deputados portugueses:
João Bosco Mota Amaral votou contra;
-Maria Manuela Melo e Ana Catarina Mendonça votaram a favor.

Caro Senhor ex-Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral,
Não me revejo de todo na sua posição.
Apesar de ter sido a segunda figura do estado português de 2002 a 2005, sinto vergonha pelo sentido de voto na referida resolução do Conselho da Europa.
Mais vergonha sinto por um português ter integrado as “fileiras” criacionistas – espero que de forma involuntária.

A bela e o fémur do Monstro

Apenas um trocadilho, das profundezas da pesquisa bibliográfica.
Procurava uma referência de Prosauropoda do Lesotho e dei de caras com esta imagem.
A bela não está identificada; o fémur direito é de um plateosaurídeo indeterminado.

A escala humana é sempre aconselhável, até em fotos de campo.

Referências:
Primeira foto, tirada em 1955, em Maphutseng, Lesotho.


Knoll, F. 2004. Review of the tetrapod fauna of the “Lower Stormberg Group” of the main Karoo Basin (southern Africa) : implication for the age of the Lower Elliot Formation. Bulletin de la Société Géologique de France. v. 175 no. 1 p. 73-83 DOI: 10.2113/175.1.73
Segunda foto – fémur esquerdo de Plateosaurus engelhardti, Museum für Naturkunde, Berlin
Luís Azevedo Rodrigues, 2006

Na Patagónia – VIII (CONCLUSÃO)

Hoje vai ser o nosso último jantar no campo. Fizemos uma refeição especial, com vinho e uma aguardente típica da região. Comemos num misto de alegria triste já que sabemos que vamos deixar o campo mas que também nos fazem falta a família e um banho decente!

O caminho foi feito de forma lenta já que os dois todo-o-terreno e o Unimog iam muito carregados com o material da escavação. Ao fim de duas horas de caminho parámos onde dois trilhos se cruzavam. A gente de Zapala tinha que se separar. Antes disso, a habitual foto de família. Foram feitas as despedidas, da maneira típica patagónica unicamente com beijos, não muito triste porque nos íamos todos reunir dentro de duas semanas em Plaza Huincul, nas Jornadas Argentinas de Paleontologia.
Ainda assim em cada escavação há sempre um desconforto na despedida que é gerado pelas muitas horas de convívio e trabalho conjuntos.
Quando entrámos novamente no asfalto, tudo me parecia novo. Olhava para as placas de trânsito como se nunca as houvesse visto. A cidade que me havia parecido tão simples e deserta transbordava de coisas novas, recentemente esquecidas. E tantas pessoas!
Só uma coisa permanecia igual…
O céu era enorme!

Na Patagónia – VII (continua)

Começo a sentir-me isolado. Não pelo carácter desértico e estéril da paisagem patagónica – a vastidão da paisagem desenvolve em mim um distender da imaginação onde a solidão não teme espaço -, mas pelo hábito de estar sempre contactável pelo telemóvel, aqui sem a mínima cobertura.
No entanto, nestas enormes extensões de chão, um outro produto da tecnologia é absolutamente necessário – o GPS. As grandes distâncias e o carácter monótono da paisagem exigem que se utilize este instrumento tecnológico para se referenciarem e localizarem zonas fossíliferas.
Era isto que pensávamos Alberto, Xavier e eu quando nos dirigíamos onde, no dia anterior, Xavier havia descoberto vestígios de saurópodes. Não tendo tido tempo para proceder a uma avaliação cuidada e necessitando de uma opinião mais especializada, Xavier pediu-nos que regressássemos ao local.
Uma tarefa pouco fácil. Embora a área de prospecção se encontre numa das raras elevações, continua a ser muito difícil reconhecer e localizar o mesmo sítio de um dia para o outro. Referências visuais facilmente identificáveis aqui são escassas. Apesar do sentido de orientação apurado dos paleontólogos, o GPS é indispensável. Mas hoje o aparelho parecia não dar com o sítio. O resultado foi uma tarde a subir e a descer barrancos muito idênticos, variando somente as cores das rochas. Cansados e quase desistindo, Xavier fez mais um esforço para defender a sua “honra”. Eu fiquei a fumar um cigarro na base de mais um barranco desfrutando da paisagem. Do alto de mais de 60m, chamavam-me “Es aqui portugues!!“. Esqueço a referência patriótica e o possível novo engano e começo a subir. Fazia calor e o cansaço acumulado pesava. Quando cheguei não visualizei imediatamente o que Xavier me queria mostrar. Recuperei o fôlego e então sim, pude observar melhor. A princípio só se via uma pequena porção a aparecer mas depois de uma pequena limpeza pude verificar que, sim eram ossos fossilizados. “Que le parece a vos?”.
Xavier estás perdoado!.
“São de saurópode“, respondi. E prometem, pensei.
Essa tarde passámo-la escavando, quase junto ao topo do cerro, aquilo que já foram os ossos que permitiram a algum saurópode ter caminhado.

P.S. – segunda foto: Marina aponta para a base do cerro que temos que descer!

Na Patagónia – VI (continua)

Hoje escavei com Rafael Cocca, do Museo de Zapala e Marina Alegria, do Museo Carmen Funes. É a única mulher preparadora num ambiente quase exclusivamente masculino e foi ela que preparou os embriões de saurópodes descobertos em Auca Mahuida (informalmente chamada a partir daí Auca Mahuevo). Desenvolveu uma relação tão forte, ao longo das centenas de horas de trabalho, com os seus pequenos sáurios que inclusivamente os baptizou – Filipe, Pepe, etc. Baixa e de uma energia inesgotável fala dos seus pequenos “bebés” com um carinho enorme, como se fossem os seus animais de estimação. Apercebo-me que aqueles animais desaparecidos, pelo prazer e curiosidade científica aliados a uma imensa sensibilidade, podem ser “ressuscitados”.
Enquanto procedíamos à prospecção e escavação de alguns fósseis, contaram-me um pouco da história desta região e da fundação de Plaza Huincul. No final do séc. XIX esta era uma área que se encontrava sob forte colonização. Inicialmente eram estabelecidos fortes militares que serviam de guarda-avançada aos colonos que posteriormente se instalavam. A prévia instação militar justifica-se pela existência de indígenas Mapuche. Carmen Funes era uma mulher que acompanhava algumas dessas expedições de conquista do território patagónico. Numa delas decidiu estabelecer-se aqui e começar uma vida tendo casado com um dos militares.
O casal estabeleceu uma hospedaria e, diz a lenda, que o seu marido foi morto pelos Mapuche numa das constantes refregas.
No início do séc. XX, e devido ao desenvolvimento da extracção petrolífera, Plaza Huincul ter-se-à desenvolvido só adquirindo o carácter de Município nos anos 60 após ter expirado a concessão, pela companhia petrolífera YPF, da exploração das terras onde a cidade crescia.

(Continua)