Sobre o livro "A verdade sobre Cães e Gatos"
“O problema de a gente tentar consertar um erro depois de errar muito, é que a gente tende a errar para o lado contrário. Sabe aquela coisa de pecar primeiro pela falta e depois pelo excesso?
Em estatística, a gente diz que existem dois tipos de erro: ‘Erro do tipo I’ e ‘Erro do tipo II’, que são nomes terríveis, porque não ajudam em nada a gente a saber o que é um e o outro (…)
Um nome muito melhor para o ‘Erro do tipo I’ é ‘falso alarme’ ou ‘falso positivo’. Esse tipo de erro acontece quando alguma coisa que você disse que era verdadeira, no final das contas se mostrou falsa. Eu sei que vocês não gostam de exemplos estatísticos, aquelas coisas com ‘lançamentos de dados’ e ‘retirada de bolas de uma urna’, então vou tentar uma coisa mais na linha da fofoca.
O primeiro passo é fazer uma pergunta: ‘Será que ela me ama?’..”
Sempre digo que um cientista incapaz de maravilhar com a Ciência é incompetente. Isso porque, desde que nascemos, nós, seres humanos, somos curiosos, queremos fazer descobertas e redimensionar o mundo a nosso redor. Mauro é um cientista que satisfaz, como poucos, esse nosso desejo original. O mundo dá a ele uma informação e ele a transforma em um texto deliciosamente escrito, que nos captura em nossa mais profunda essência de aprendizes, nos surpreende, provoca nossos modelos e formas de pensar. O trecho do texto ‘Sensibilidade e especificidade’, fruto de uma de nossas tantas conversas, mostra um homem dessas duas qualidades. Mas mostra também o que é o livro: um lembrete de que nossa natureza é animal, de que nossos instintos de um milhão de anos e nossa anatomia impõem certas regras que podem ser explicadas pela Ciência. Cães são cães e gatos são gatos. Se você tiver coragem o bastante para deixar a mente científica desafiar as suas maiores convicções, devore cada página imediatamente. (Cristine Barreto)
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Legal. Quando vem a Natal?