Ainda sobre a vida
A palestra começou com a frase: “Não existe uma definição de vida!” Lindo! “Podemos denominar os atributos da vida, mas não defini-la”.
E a palestra continuou tão bem quanto começou. Mostrou que apesar de existirem muitas moléculas biológicas espalhadas pelo cosmos, mesmo no interior de estrelas, como o aminoácido Glicínia, não encontramos nenhuma indicio de planetas com vida. Um desses indícios seria a presença de Ozônio (O3) na atmosfera, ou um pico de absorção de energia na mesma faixa da clorofila. Ambas características presentes quando observamos a Terra do espaço.
O fato de não encontrarmos essas moléculas inteiras no cosmos pode sugerir que a vida ainda não se formou em outros planetas ou… já foi extinta! E o que vemos são os blocos da degradação dessas moléculas.
A palestrante, Dra. Claudia Lage do IBCCF/UFRJ, terminou falando que “(…) isso tudo se… a vida fosse como nós esperamos que seja. Mas como ela pode ser totalmente diferente…” Sem concluir! Lindo novamente!
Lembrei da poesia que li uma vez e que dizia “concluir é atrofiar“!
A forma e o conteúdo
Os cientistas e seus egos
Desde que tomei conhecimento dessa informação, quando ainda era um estudante de pós-graduação, comecei a lutar por essa causa. Hoje fazemos parte de um grupo que defende os interesses dos jovens cientistas, definidos atualmente como os doutores com algo entre 5 e 10 anos da defesa da tese de doutoramento. Esse grupo tem sido especialmente preterido no Brasil nos últimos 10 anos. Aqui, os jovens tem de ficar mercê dos cientistas seniores, que são os capazes de determinar linhas de pesquisa e conseguir financiamento dentro do sistema de financiamento de ciência brasileiro.
Isso vai continuar acontecendo enquanto as agências de fomento a pesquisa, fundações de apoio a pesquisa em nível estadual (como a FAPERJ) e o CNPq e a CAPES em nível nacional, não possuírem jovens pesquisadores em suas instâncias decisórias (os conselhos diretores e comitês assessores). Pra entender que essa o quanto essa presença é fundamental, basta ver o quanto são insipientes e ineficientes os programas de fomento para jovens pesquisadores.
O que forma um novo paradoxo, já que é nessa fase da vida que os cientistas são mais produtivos. Basta ver que Einstien, Newton, Watson e Crick… tinham todos menos de 40 anos quando fizeram suas grandes descobertas.
“O Gabeira disse que o mundo inteiro quer paz”, essa tirada de uma amiga que assistiu o Gabeira na FLIP virou pra mim retrato daquelas coisas que são fáceis de todo mundo querer, e de todo mundo saber. Então vou dar a minha: O ego e a sede de poder são inerentes ao ser humano! Apenas me parece que naquelas profissões onde a remuneração não é compatível com o nível intelectual, a inteligência acaba sendo super valorizada, já que só sobra ele como moeda de valorização do ego. “Eu ganho pouco, mas olha aqui o que eu sei e que ninguem mais entende”! Mas ainda é impressionante ver mesmo nesses círculos super restritos, a sede por um poder minúsculo, reconhecido apenas por uma meia dúzia de pares, é grande. E as batalhas intensas. Só que os jovens são tirados fora dessas brigas pelo poder. A eles cabe trabalhar enquanto aos “Grandes” cabe decidir. Resta saber quem decidiu isso?
Na semana passada estive no Congresso da FeSBE em Águas de Lindóia e quando perguntei a um professor catedrático, chefe de um comitê assessor da CAPES, como ele explicava que os jovens cientistas serem os principais atores nos planos da CAPES para nuclear novos grupos de pós-graduação em áreas do Brasil sem tradição em pesquisa, mas não terem assento nos comitês assessores (como aquele que ele presidia no momento), a resposta dele foi: vocês ainda tem que comer muito arroz com feijão!
Como li em um artigo da Nature que não consigo mais encontrar de jeito nenhum: “É mais fácil fazer um dia frio no Inferno que os pesquisadores estabelecidos permitirem mudanças nas regras da distribuição de verbas para pesquisa”.
Fluorescer da Guerra
Em alguns átomos especiais, esses elétrons têm maior facilidade de se excitar e com isso emitem muita energia quando voltam ao seu estado fundamental. Parte dessa energia é liberada na forma de luz visível imediatamente e com um determinado comprimento de onda. Mas outra parte dessa energia, de alguns elétrons retardatários, e liberada um pouco depois, e tem um comprimento de onda um pouco maior. Bem, essa “luz imediata”, é a fluorescência e cessa assim que termina a excitação. Já a “luz retardatária” é a fosforescência e essa demora um pouco mais para cessar, e continua por algum tempo mesmo depois que termina a excitação.
Ah, você acha que isso não interessa? Bom, confesso que eu posso me interessar mais do que os outros. Confesso também que esse texto foi para responder uma curiosidade minha (é, biólogos também fazem perguntas desse tipo). Mas vocês também deveriam se interessar, já que são fenômenos especialmente presentes no nosso dia-a-dia. Lâmpadas frias, interruptores de luz, ponteiros de relógio e quase tudo que ilumina ou brilha no escuro, envolve um dos dois. Pra quem quiser ir mais a fundo, tem preservativos fosforescentes também!
Com essa resposta eu já daria a minha curiosidade por satisfeita, mas conforme fui escrevendo o texto, me lembrei de uma coisa que li há algum tempo atrás, quando dava aulas de “Desenvolvimento sustentável”, e vi que esses fenômenos poderiam ter implicações bem mais profundas nas nossas vidas.
As lâmpadas fluorescentes, como o próprio nome diz, funcionam com o princípio da fluorescência. O tubo de vidro é preenchido com um gás inerte como o argônio e o vapor de Mercúrio (que é tóxico, mas a gente entra nessa questão outro dia). Quando vocês ligam a luz na sua casa, a eletricidade esquenta os filamentos (de Tungstênio, como nas lâmpadas incandescentes) que estão na extremidade de cada ponto do tubo da lâmpada e assim liberam elétrons para o gás. Esses elétrons ionizam o gás (fazem com que o argônio e o Hg também percam elétrons) e com isso eles ganham carga (positiva). Como de um lado da lâmpada é negativo e do outro é positivo, esses íons se aceleram com a diferença de potencial e vão ionizando outros átomos. Toda essa excitação produz ultravioleta. Se não fosse aquele pó branco que recobre a lâmpada o que teríamos seria um sol particular e vocês poderiam ficar se bronzeando debaixo da lâmpada da cozinha, não fosse o fato do UV ser um dos maiores agentes carcinogênicos existentes. O pó branco é um composto fosfórico (que contem ainda um monte de outros elementos, incluindo metais pesados diversos) que absorve a radiação UV e emite luz visível.
Quando desligamos a lâmpada, a fluorescência cessa, mas a lâmpada ainda pode emitir brilho, devido à fosforescência. Os interruptores de luz são feitos com um material fosfórico que emite mais fosforescência e, brilhando no escuro, depois que cessa a energia de excitação, para que você o encontre com mais facilidade e acenda a luz.
As lâmpadas fluorescentes também são chamadas de lâmpadas frias, e vem sendo cada vez mais utilizadas atualmente pelo fato de aproveitarem melhor a energia elétrica, diminuindo o desperdício. As lâmpadas incandescentes, para produzirem 5% de luz gastam os outros 95% da energia elétrica produzindo calor. As lâmpadas fluorescentes produzem 75% da energia em luz e apenas 25% é perdido como calor.
A princípio, não parece um número irrelevante, mas se vocês pensarem no resultado disso na conta de luz no final do mês ele pode parecer irrelevante sim. Uma daquelas economias bobas que varia entre R$ 0,76 e R$ 2,47. No entanto, se pensarmos globalmente, a economia não têm nada de irrelevante. Ela é enorme! Pensei nisso alguns anos atrás quando tivemos que reduzir nossas contas de luz por conta do Apagão.
Já naquela época, apesar da série de confusões governamentais que levaram ao Apagão, quem pagou a conta, fomos nós. Um livro que eu li, muito antes do racionamento, dizia que a melhor coisa que um governo poderia fazer era trocar todas as lâmpadas incandescentes das casas de todas as pessoas no país por lâmpadas fluorescentes. E deveria fazer isso sem custo direto para a população. De graça!
Por que a economia seria tanta, mas tanta, que não haveria necessidade de se racionamento. E mais, nem mesmo construindo uma nova usina hidroelétrica, que custaria infinitamente mais do que a troca das lâmpadas, se conseguiria produzir mais energia do que teria sido economizada com esse simples gesto.
O livro trazia um cálculo parecido para os Estados Unidos. Segundo os autores, se o governo americano trocasse todas as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, a energia economizada seria equivalente ao correspondente em petróleo, que o país importa do oriente médio todos os anos.
Ou seja, trocando todas as lâmpadas, a 1/100 do custo de construção de uma usina nuclear, não haveria mais necessidade de se importar petróleo do Oriente. E assim, não haveria mais necessidade de intervir em governos soberanos com guerras para manipular o preço do petróleo. E sem necessidade de resistir a invasão dos governos estrangeiros, talvez não houvesse insurgência de grupos fanáticos religiosos na região. E talvez fosse evitado o nascimento do terrorismo.
Tudo isso só trocando algumas lâmpadas.
Vida alem da vida
Outro dia falei sobre a definição de vida. Bem, estou a três dias escrevendo esse último texto que vocês acabaram de ler. Saiu totalmente diferente de quando comecei a escrevê-lo. Mais, saiu totalmente diferente do que eu tinha em mente quando comecei a escrever. Era algo muito mais técnico e chato. Mas criou vida. E pode até ter saído mais chato ou pior. Mas é o que se tornou. E é assim que deve ser.
A cafeína do Café: brasileiro, italiano e americano
A cafeína presente nos grãos é extraída, assim como outros componentes do sabor e aroma do café, pela água quente. No entanto, a solubilidade da cafeína é baixa. Isso quer dizer que você precisa de muita água, muito quente e passando muito devagar, para extraír muita cafeína. Quanto menos água você usar, com temperatura mais baixa e que fique em contato menos tempo com o pó, menos cafeína você terá.
Então o café expresso italiano, aquele clássico, corto (curto), bem forte, é o que MENOS tem cafeína! A água sob pressão passa rapidamente por uma quatidade grande de pó retirando mais elementos de aroma e sabor, e menos cafeína. O cafezinho tradicional brasileiro seria um intermediário, enquanto o c(h)afé americano, com rios de água e sem muito gosto, alem de tudo isso, é o mais rico em cafeína. Talvez perca para o café turco, onde o pó é “cozido” na água, e vai com ela até a xícara, permitindo, durante esse longo tempo, a solubilização de mais e mais cafeína.
Pena que todo esse conhecimento científico não me ajuda a fazer um cafézinho, seja qual for a nacionalidade, gostoso.
O que é a vida?
A mais manjada das definições de ser vivo, que todo mundo lembra do 2o grau, é que ele nasce, cresce, se reproduz, e morre.
E na verdade, desde o segundo grau desse que voz fala, e provavelmente de muitos de vocês, a definição não mudou. Obviamente, estou ignorando qualquer discussão sobre vida metafísica e vida extraterrestre.
À definição de vida, na Terra, devemos adicionar o ponto de vista bioquímico (entidades que possuem metabolismo), genético (entidades com capazes de auto-replicação e evolução) e até termodinâmico (sistemas abertos onde a entropia tende a diminuir). Todos essas definições encontram problemas para explicar algumas exceções: algumas vezes máquinas apresentam essas mesmas características, outras vezes alguns seres vivos falham em apresentar alguma delas.
Mas para minha linda advogada, preocupada com os homens e não com os bichos, a questão era ainda mais complicada. Quando a vida começa? E meu primeiro pensamento foi de responder com outra questão: de que ponto de vista? Bioquímico, genético ou termodinâmico? Mas acho que advogados não gostam muito de pontos de vista diferentes e isso não resolvia o problema dela. Comecei a sugerir que era no momento da fecundação, mas essa vida não era independente. Depois falei do parto, mas no final já estava arriscando “aos 5 anos de idade” que é a idade a partir da qual acreditam que um ser humano seja capaz de se alimentar sozinho. Foi ai que ela me veio com uma outra pergunta: quando a vida acaba? Já estava me dando por derrotado quando então lembrei do “princípio Ana Karenina”.
O princípio não tem nada a ver com biologia, mas sim com romance. De acordo com ele, o um relacionamento entre duas pessoas só pode funcionar se uma série de fatores funcionarem concomitantemente. A falha em qualquer um desses fatores, leva ao fim do relacionamento. Por isso, que tantos relacionamentos terminam: é muito difícil encontrar todos os fatores necessários para que duas pessoas funcionem juntas.
Para que haja vida independente, é necessária a conjunção de uma série de fatores. E a falha em qualquer um deles, ainda que não diretamente, vai levar a morte.
Acabei gostando da definição. E (d)ela também!
Placebos
Hoje a pergunta, de um amigo de meu pai, veio disfarçada: “Mauro, você…” e não completou, “…me diga uma coisa”. Quando ele nem completou, eu já sabia que boa coisa não podia vir. Mas como ele foi uma das duas únicas pessoas que assistiu espontaneamente a reportagem que a Globonews fez comigo uns anos atrás, eu não franzi a testa e deixei ele perguntar:
“Enquanto eu estava morando nos EUA, tomava um remédio como acessório para o controle da minha diabetes. Como era um remédio muito caro, de volta ao Brasil resolvi pesquisar se o encontrava por aqui. Na Farmácia, consegui o mesmo remédio, na mesma dosagem. Então como se explica ele ter tirado meu sono e aumentado meu apetite?”
Não sou médico, não entendo de diabetes e não conheço o remédio que ele falou, mas uma das coisas que ele falou me chamou atenção: remédio acessório. Na verdade a dúvida do amigo de meu pai era como, exatamente o mesmo remédio, podia causar um efeito tão diferente quando comprado nos EUA ou aqui. A questão é que o remédio não era um remédio. Me lembrei de dois outros causos que terei mais facilidade pra explicar a questão.
No primeiro, namorava uma menina que sofria muito de cólicas e depois de penar em meio a uma crise terrível de TPM dela, uma amiga sugeriu que eu indicasse Artemísia para ela, dizendo que não existia nada melhor para a cólica. Fui numa dessas lojas de natureba e encontrei as gotinhas. No rótulo estava escrito: “Indicado para cólicas menstruais, blá, blá, blá”. No contra-rótulo estava: “Nenhuma contra-indicação. Não existe nenhuma comprovação científica dos efeitos da Artemísia.” Pronto, bastou para eu devolver o frasco para a prateleira e correr na farmácia pra comprar Buscopa.
Minha mãe, que andou sofrendo de artríte nos dedos por fazer suas belas pinturas, pediu uma vez que eu comprasse a última novidade para as dores nas articulações. Fui na farmácia, mas ninguém conhecia o tal do Sulfato de Glicosamína. É que ele fica na prateleira das vitaminas. O troço promete maravilhas: “diminui a dor nas articulações” e “aumenta a flexibilidade e a amplitude dos movimentos”; custa caríssimo, mas nas letras pequenas está dizendo “essas afirmações não foram testadas pela FDA. Não existe comprovação científica dos efeitos relatados”. Fala sério gente!
O que eu vou fazer aqui, é explicar pra vocês o que quer dizer o “Não existe comprovação científica”. Isso quer dizer que, quando eles ministraram a droga para um monte de pessoas com dores nas articulações, umas sentiram melhora, mas outras… não. Quando eles repetiram o experimento, novamente algumas pessoas sentiram melhora e outras não, só que o percentual dessa vez era diferente. Pode ter sido ainda que em outras repetições do experimento, pra gente encurtar a estória, numa vez todos sentiram melhora, mas na outra… ninguém. O que importa não são as variações pra maior ou menor. O importante é que eles não conseguiam repetir o resultado. E isso, um resultado que não pode ser repetido, a ciência não admite! Com um resultado assim, não podemos provar nada.
Não dá pra provar que não faz bem, mas mal também não faz e… acaba-se conseguindo uma licença pra vender a porcaria. Mas ao invés de vir escrito em letras garrafais que apenas 13,87% das pessoas que consomem o medicamento observam alguma melhora, eles colocam uma embalagem linda e escondem em letras minúsculas que não há comprovação científica. E vendem pra grande parte da população, com a aprovação do governo, um placebo de luxo. Caríssimo!
Podemos discutir porque alguns remédios, com efeitos comprovados, realmente apresentam variação na resposta de pessoa pra pessoa (isso tem a ver, por exemplo, com a ativação dessas drogas pelos Citocromos P450 no fígado) mas o problema é que a força da ciência não é páreo para a propaganda. E nem para a especulação. Por isso que temos mais igrejas do que universidades, mais astrólogos que astrônomos, e os homeopatas e ortomoleculares crescem em meio aos médicos, que são cada vez mais arrogantes e despreparados para lidas com os seres humanos.
Pacientes são chatos é verdade, principalmente os com dores. Mas mais ainda, aqueles com dores com as quais os médicos não sabem lidar. A forma que eles tem achado para isso, é ministrar remédios com comprovação de resultados discutível, torcendo para que seus pacientes se encaixem nos 13,87% dos que apresentam melhoras, ou simplesmente, nos 42% que se contenta de estar tomando um remédio caro e melhoram só por isso, ou em algum outro percentual dos que param de reclamar.
Minha mãe tem menos dores nas articulações, mas o amigo de meu pai não teve tanta sorte e por algum motivo, o placebo dele não funcionou. Mas o laboratório o médico, a farmácia e o laboratório ficaram felizes nos dois casos.
"A Lua, quando ela roda, é nova, minguante e meia-lua, é cheia"
Como é possível? Lembre-se que seus olhos não vêem nada, eles apenas capturam as ondas eletromagnéticas que refletem nos objetos. Quem vê é o seu cérebro! Não fosse a sua experiência de associar significado as coisas, essas ondas que chegam na sua retina não fariam algum significado. Então, ainda que seja o seu cérebro que veja, ele pode se confundir de vez em quando.
Você não acredita? Experimente fechar os dedos e formando uma luneta, e olhe a lua no horizonte por entre a luneta. Viu?! Ela tem o mesmo tamanho de quando você a vê na abobada do céu!
O que você faria?
Animado com a possibilidade de iniciar seus trabalhos com os recursos oferecidos por Dr. Farias e de orientar Anthony, Dr. Arnold aceita a proposta. No início, Anthony se mostra muito interessado e aplicado. No entanto, com o passar do tempo, Dr. Arnold percebe que Anthony teve uma formação científica deficiente, com muitas lacunas em conceitos fundamentais. Sua base teórica é fraca, muitas de suas iniciativas são equivocadas e o esforço que ele emprega na bancada não se reverte em resultados positivos. Paralelamente, Dr. Farias oferece mais recursos a Dr. Arnold e propõe a co-orientação de um segundo aluno, Brian, que tem mais tempo para planejar seus experimentos e parece ter uma formação mais sólida, com potencial para realizar efetivamente um bom trabalho. Mas quando chega o momento de Anthony escrever a tese, o resultado é pior ainda. A sua dificuldade em colocar em palavras todo o conhecimento adquirido na revisão bibliográfica e em discutir seus resultados, torna a tese de difícil leitura e Dr. Arnold teme pela sua aprovação. Dr. Farias por outro lado acredita que os resultados de Anthony são suficientes para a defesa. Alem disso, Anthony já foi aprovado para o programa de doutoramento em sua instituição.
Dr. Farias então pede a Dr. Arnold que tome parte da banca e monte uma comissão julgadora que minimize as dificuldades de Anthony para que ele possa ser aprovado. Preocupado com o futuro da colaboração que envolve o trabalho de Brian e efeito que a reprovação na tese causaria no prosseguimento da carreira de Anthony, Dr. Arnold, juntamente com outro colega, resolvem aprovar a deficiente tese de Anthony.”
Na sua opinião, a decisão de Dr. Arnold envolveu a proteção do futuro e do trabalho de Brian, ou os recursos provenientes de Dr. Farias?
Como você vê a decisão de Dr. Farias de aprovar para o doutorado um aluno com tantas deficiências como Anthony?