Arte com Papel

Via Street Anatomy.

Visita de Médico

http://dandonota.files.wordpress.com/2008/10/machado.jpgVisitei o Urban dictionary. Pra quem, como eu, tá meio por fora das slangs americanas, é interessante. Como tem muitas gírias e expressões da moda, o site conta com um sistema de votação tipo “curti” ou “não curti” com desenhos de polegares para cima e para baixo, respectivamente, para validar o “verbete”.

Na correria, vi os Contos do machado on-line. Achei sensacionais, tanto a iniciativa como o formato de sítio. Como eles mesmos apregoam na página de entrada “Este sítio é a única coleção completa dos contos de Machado de Assis jamais reunida. São 217 contos, dos quais 205 reconhecidos consensualmente como da pena do autor, dez que lhe foram atribuídos por R. Magalhães Júnior (incorporados a despeito de dúvidas sobre tal atribuição) e dois usualmente classificados como crônicas, mas que merecem estar aqui devido a seu caráter ficcional.” Se você gosta de Machado de Assis – e pra mim, Machado é essencial em algumas coisas – vale a visita.

Interessantíssimo blog médico o Clindx.org que divulga pesquisas que valorizam o exame físico em detrimento a outras ferramentas diagnósticas. Logo o exame físico, tão esquecido e desvalorizado. O exame físico, assim como a visita ao médico de uma forma geral, devem ser entendidas como uma forma de melhorar a probabilidade pré-teste de qualquer tipo de exame subsidiário que possa ser pedido a posteriori. Me explico. Hoje, diferentemente de 30 ou 40 anos atrás, o médico tem dentro de sua caneta um arsenal enorme e, porque não dizer, agressivo, de armas de investigação diagnóstica. Há que se usá-lo com certo cuidado com o risco de diagnosticar pseudo-doenças, além de outras maldades chamadas iatrogenias. A história e o exame físico não só “dirigem” a investigação, também “enquadram” o paciente em certos grupos de risco de modo que o médico tem que interpretar os exames, sejam eles positivos ou negativos, à luz desse “enquadramento”. É isso que faz um médico descartar um exame “positivo” ou repetir um exame que veio negativo várias vezes. Médicos não são cientistas.

Clique na foto para ver de onde roubei.

Visita de Médico

ADD Brain by Andrew Rae
Illustrated by Andrew Rae for House Magazine at Street Anatomy

Um post muito interessante do João Carlos no Chi Vó, Non Pó a propósito de um estudo sobre o efeito placebo (valia medaglia fácil!). O estudo demonstra que quem fizer uso de placebo, mesmo sabendo que está tomando uma medicação sem efeito farmacológico qualquer (e que, precisamente devido a esse misterioso efeito, e apenas por essa razão, ainda tem o direito de ser chamada de “medicação”), pode ter os benefícios do tratamento. Pelo menos no que diz respeito à Sindrome do Intestino Irritável.

Esse estudo vem bem de encontro com outro que comentamos (eu e Dráuzio Varela, hehe) sobre acupuntura. Esta última, também “funciona” da mesma maneira se as agulhas forem colocadas em pontos “corretos” ou “falsos”. Pelo menos no que diz respeito à lombalgia. Esse artigo é paralelo ao do placebo para intestino irritável. Se no primeiro, o paciente não sabia quais eram os pontos corretos, o acupunturista sabia; no segundo, o paciente e o médico sabiam que a medicação era placebo. Em ambos, mesmo se tendo conhecimento de que algo poderia não funcionar, funcionou de forma estatisticamente significante.

Mas como bem lembrou o João Carlos, a cura, ou menos pretensamente, a melhora de uma sintomatologia, não deve ser atribuída apenas a uma única intervenção. Nas duas situações, há outras coisas em jogo. O tratamento específico é apenas uma das razões para alguém ter seu sofrimento aliviado.

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Semana passada, a história da “cura” para o HIV tomou conta do Twitter e do noticiário de ciência em geral (ver aqui e aqui, pex). Mas, o Átila resolveu esclarecer as coisas bem direitinho e o post sobre o assunto é altamente recomendado.

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Também as crianças inglesas essa semana, publicando um artigo sobre a resolução de quebra-cabeças coloridos por abelhas, emocionou muita gente, hehe. Veja algumas emoções no GR.

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É isso aí, pessoal. Obrigado pelo apoio em 2010, pelos feedbacks e principalmente pelo prazer da companhia de todos(as) meus leitores(as) que são os reais construtores esse blog. Espero poder ter a honra da presença de vocês em 2011. Bom Final de Ano. Saúde e Sucesso a todos.

Visita de Médico

Lindo post da Maria no Ciência e Ideias sobre a etimologia da Antártida (ou será Antártica?). Valeu, Maria.

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Gostei bastante da comemoração do Google sobre o aniversário de 115 anos da descoberta dos Raios-X por Wilhelm Conrad Röntgen, físico alemão, em 8 de Novembro de 1895. Ele produziu e detectou radiação eletromagnética com um comprimento de onda que hoje é conhecida como Raio X, o que lhe rendeu o primeiro Nobel de Física em 1901. A Medicina “manda” no Nobel, hehe.

Google xray logo

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Gostei também desta foto abaixo. Eu clonado de Agente Smith do Mattrix. Vale conjecturar o que estaríamos olhando e que nos deixou de bocas mandíbulas abertas, hehe. De Alex Cherry no Street Anatomy.

Alex Cherry We Live No More

Visita de Médico

Tati Nahas sempre alerta, publicou um resumé (e outras cositas) do prof. Bernardo Beiguelman, falecido recentemente. Estudei pelo livro dele algumas coisas de genética, em especial a questão das impressões digitais. É bem interessante.

Engraçadíssimos os vinte melhores segundos do ano do Igor S (ver abaixo):  Obama’s Elf.

Triste suicídio de um blogueiro. Os últimos posts são uma aula de psiquiatria que me lembrou o menino blogueiro do filme “As melhores coisas do mundo” de Laís Bodansky (muito bom, aliás).

Achei um sítio de revisões sobre filmes considerados filosóficos (em inglês). Pá-pum, sem enrolação; vale uma visita. Serve para em os filmes que você assistiu e quer assistir de novo, mas também para os que você não assistiu e quer ver uma resenha, digamos, diferente.

Visita de Médico

Darwin Doctor.jpgSensacional post do Marco no “Marco Evolutivo”. Eu sou suspeito pra falar, mas o cara me fez uma compilação fantástica de livros sobre medicina e psiquiatria evolutiva que vale a pena conferir. De brinde, essa foto impagável do Darwin de jaleco e esteto, hehe.

A medicina evolutiva é uma área bastante abrangente, mas gosto de dizer que sua principal tarefa é contar a história do nosso entulho genético. Muitas, se não todas, as doenças são respostas mal-adaptadas que serviram para alguma coisa em nosso passado remoto. Se hoje não são compreendidas, seja porque não as entendemos, seja porque sabemos que de alguma forma um processo fisiopatológico “engana” um processo normal do organismo, não importa. Funcionam mais ou menos como carros com acessórios. Se o carro tem poucos acessórios, suas formas de enguiçar são exíguas. Quanto mais acessórios, mais formas de enguiçar; sempre que ganhamos uma sofisticação adaptativa, ganhamos uma(s) doença(s). Além de interessante, essa abordagem seria extremamente útil. Tentei esboçar isso nessas duas séries: Origem da Pressão Arterial e Design Inconsequente, mas o trabalho é muito grande e tem pouca gente fazendo.

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Engraçadíssima a análise do Celso Barros do NPTO sobre o último debate dos presidenciáveis. Para ele, Marina ganhou este.

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Fazia tempo que não fazia uma visita de médico ao Pasmo Essencial. Fiquei feliz que está reformado e o Daniel em grande forma. Vá lá e aprenda a esculhambar um médico. Com Petrarca, hehe. Que seus posts sejam menos bissextos, pô! Cabô ou não essa tese?