1a Escola Internacional de Ecologia Marinha e Ecotoxicologia

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No ano 2000 eu fui selecionado para participar da Escola Internacional de Meio ambiente e Saúde da Universidade de Siena, na Itália.
Durante duas semanas, ficaríamos, 30 alunos, de diversas partes do mundo, internados na Certosa de Pontignano, um antigo monastério do século XIV nos arredores de Siena, com aulas em horário integral e professores renomados mundialmente. Mas acho que ninguém estava esperando, e por isso preparado, para aquilo.
Nós éramos de todos os lugares. Sudeste da Ásia, norte, sul, leste e oeste da Europa, África Ocidental, América do Norte e América do sul. E muitos, muitos italianos. Em um lugar simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, e com a melhor, vejam bem, eu disse A MELHOR, comida do mundo.
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A certosa fica no meio das colinas de Chiante, com vinhedos e oliveiras para todos os lados, de onde tiravam os ingredientes para preparar o ‘oglio e Vino della casa’. Em meio a palestras interessantíssimas, onde 10 anos antes de tudo eu ouvi falar de medicamentos com Valium sendo medidos em água de rios (hoje em dia medimos PROZAC) e aprendi tudo sobre Câncer, fiz amigos para o resto da vida. Mesmo!
No jantar de encerramento eu chorei como uma criança.
Aquela experiência foi tão importante para mim que eu me prometi que um dia organizaria um curso igual.
Daqui a duas semanas estaremos recebendo os convidados, alunos e professores, para a 1a Escola Internacional de Ecologia Marinha e Ecotoxicologia, em Arraial do Cabo (RJ).
Durante 7 dias consecutivos alunos de pós-graduação na área de ciências biológicas de mais de 10 países e instrutores de outros 5 países estarão reunidos para discutir planejamento da carreira científica e política acadêmica, inovação na universidade e na empresa, escrita criativa e organização da informação. Objetividade e subjetividade no método científico, espécies invasoras no ambiente marinho, toxicologia de mamíferos marinho e biologia molecular, interações entre drogas e enzimas, histologia de invertebrados, algas e macrófitas aquáticas, desenho experimental e avaliação de incerteza.
Será imperdível. Só não posso chorar no final.

Falta 1 dia para o II EWCLiPo

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O II EWCLiPo começa amanhã, mas nós já estamos indo pra Arraial arrumar tudo pra esperar vocês. Ainda dá tempo de se planejar. A programação está imperdível.
PS: Se o tempo continuar assim chuvoso, o encontro será um sucesso! 🙂

II EWCLiPo – Encontro de Weblogs Científicos em Língua Portuguesa

Praia do Forno em Arraial do Cabo (RJ)

O segundo encontro de blogueiros de ciência acontecerá em Arraial do Cabo (RJ) de 25 a 27 de Setembro de 2009, com financiamento do CNPq e apoio da UFRJ e do IEAPM. E você não vai ficar fora dessa, não é mesmo?!
Mas por que fazer um encontro de blogs científicos?
A WEB 2.0 mudou a forma de fazer jornalismo, negócios e política, e está ganhando agora a academia. A redução das redações de ciência nos grande jornais e o aumento dos escritórios de relações públicas em instituições científicas é o cenário onde emergem os próprios cientistas se comunicando diretamente com o grande público através de blogs e se firmando como uma importante fonte de informação científica confiável para a população, com conseqüências diretas no ensino e na aprendizagem de ciências e não só. O encontro promete, em sua reedição, discutir essas temáticas e oferecer aos participantes opções de caminhos para a blogsfera científica em língua portuguesa.
O site BlogPulse que monitora a dinâmica e o conteúdo de blogs na internet recorda 106,612,056 blogs monitorados; tendo sido 55,010 novos blogs nas últimas 24 h com 265.000 novos posts nas últimas 24 h. E a ciência é uma tema mais postado que outros concorrentes de peso como política e religião. Segundo o levantamento do “Anel de Blogs Científicos” da USP de Ribeirão Preto, existem em torno de 120 blogs de ciência no Brasil. A Revista ciência hoje publicou reportagem recentemente sobre o crescimento dos blogs científicos no Brasil.
E ainda há muito espaço para crescer. A Recente pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT – mostra que ainda é incipiente a comunicação de ciência pela Internet. A população se informa mais sobre ciência primeiro pela televisão, com jornais e revistas em segundo, e conversas com amigos em terceiro. A Internet vem apenas em 4º lugar. Além disso, 77% dos entrevistados nunca leram nada na Internet. A tendência é que esses números se revertam nos próximos anos, com a inclusão digital, o avanço da educação à distância e a disponibilização de Internet em banda larga para a população.
Um artigo publicado na revista Nature (vol 458, Março de 2009) mostra que muitos jornais estão fechando suas seções de ciência enquanto jornalistas científicos ficam sobrecarregados e cada vez mais dependentes dos press releases de RPs. Ao mesmo tempo, os cientistas estão partindo diretamente para o grande público através da internet, não só para publicar seus trabalhos, mas também para ‘traduzir’ os temas científicos para o público leigo. Em um país de tantos excluídos, essa ‘Exclusão Científica'” é uma das mais graves, mas as pessoas estão ouvindo falar de genoma, vacina gênica, transgênicos, mutantes, clones, células tronco… sem ter noção de como avaliar o quanto as informações que chegam até elas são verdadeiras. Os blogueiros se consideram uma fonte de informação científica confiável para o grande público.
Mas escrever nesse meio não é trivial. Vivemos em um mundo saturado de informação e precisamos aprender a selecionar melhor a informação. A Internet facilita o armazenamento, acesso e divulgação do conteúdo, mas não a seleção do que deve ser publicado. Os conteúdos são ‘depositados’ ao invés de ‘publicados’. O presidente da Apple, Steve Jobs, diz que na internet “a maioria de nós continua apenas consumidores, ao invés de autores”. Um dos principais desafios para o aumento da qualidade dos conteúdos é a seleção da informação.
Aprender a selecionar o que divulgar é também aprender a selecionar o que investigar e o que produzir! Uma divulgação científica de melhor qualidade leva a uma melhor produção científica e acadêmica, que leva a uma divulgação científica ainda melhor, para combater a exclusão científica, digital e social.
Mais informações sobre o(s) encontro(s) na página do II EWCLiPo.

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