Tudo que o astrólogo vai dizer pra você
É final de ano e as pessoas tendem a correr para o seu shamã de plantão para saber as previsões para o próximo ano. Resolvi me antecipar e dizer para vocês, quem quer que vocês sejam, o que o seu astrólogo, tarólogo, numerólogo, pai de santo, padre, vai dizer pra você:
- Você tem uma grande necessidade que outras pessoas admirem e gostem de você.
- Você tem uma tendência para ser crítico com você mesmo.
- Você tem um grande potencial não aproveitado que você ainda não utilizou em seu favor.
- Apesar de você ter algumas falhas de carater, você geralmente consegue compensá-las.
- A sua conduta sexual já trouxe problemas pra você.
- Apesar de disciplinado e bastante controlado para com os outros, você tende a ser preocupado e inseguro com você mesmo.
- De vez em quando você tem sérias dúvidas quanto a ter tomada a decisão correta ou feito a coisa certa.
- Você prefere uma certa dose de mudança e variação e fica insatisfeito quando é impedido por restrições ou limitações.
- Você é orgulhoso de ter independência de pensamento e de não aceitar afirmações de outras pessoas sem evidências satisfatórias.
- Você já descobriu que nem sempre é esperto ser franco e se revelar para os outros.
- Algumas vezes você é extrovertido, afável e sociável; outras vezes é introvertido, desconfiado e reservado.
- Algumas das suas aspirações tendem a ser bastante pouco realistas.
- Segurança é um dos seus principais objetivos de vida.
Essas em especial foram retiradas de livros comuns de astrologia e publicadas em um estudo de Bertram Forer chamado “A falácia da validação pessoal” de 1949 que será assunto do próximo post.
Mas é impressionante saber em qualquer grupo de pessoas testadas desde então, classificaram, em uma escala de 0 (incorreto) a 5 (corretíssimo), em média, essa lista com valor acima de 4! Ou seja, refletindo muito bem a sua personalidade.
Forer, B. (1949). The fallacy of personal validation: a classroom demonstration of gullibility. The Journal of Abnormal and Social Psychology, 44 (1), 118-123 DOI: 10.1037/h0059240