Diário de um Biólogo – 3a feira 01/05/07


Acordei com dor nas costas e preguiça de ir a praia. A Rê foi e eu fiquei em casa escrevendo um monte de textos pro blog. Terminei de ler a tese do Rodrigo e comecei a ler aulas novas do curso da UAB. São tantas coisas que tenho de preparar até o dia do congresso (Domingo) que não sei como vou fazer. Mas sei que eu sempre faço!

É dia do trabalho e vai ter show de graça na praia. Nada mais carioca do que show de graça em Copacabana. Quando voltei pro Brasil ia em todos eles, qualquer que fosse, só pra injetar carioquice na veia.

Almoçamos um monte de salada com a truta defumada que compramos ontem e cerveja Original que eu encontrei no supermercado e fomos pro show da Daniela Mercury. Eu sempre a achei melhor que a Ivete, ainda que eu ADORE a Ivete. Mas o show, como os últimos dela que eu vi, foi chatinho. Valeu pela Margareth Menezes.

Voltamos de metrô. Lar-Doce-L… Apagamos antes de terminar a frase.

Diário de um Biólogo – 2a feira 30/04/07


Adoro a tecnologia! Quando já estava me desesperando por ter de ir até Friburgo pra sacar dinheiro e voltar a Lumiar para pagar a pousada que não aceitava cartão, descobri que podia fazer uma transferência entre contas pelo celular no site WAP do BB. Adoro a tecnologia!

No caminho de volta (dessa vez o caminho certo) fomos obrigados a parar em um lugar que anunciava: Orgasmos degustativos! Degustação de orgasmos seria melhor, mas a parada valeu a pena e compramos truta e um monte de outras coisas defumadas.

Chegando no Rio, fizemos compras na Cobal de Botafogo e almoçamos no Zé. A preguiça de Lumiar não largou a gente e deve ter sido duro pra Rê ter de ir dar aula a noite. Eu mal dei conta de desarrumar a mala, mas preparei Pesto Genovês que comemos com uma garrafa de Porca de Murça. Ainda dei uma olhada no curso de capacitação da UAB antes de dormir, mas parece que o povo todo estava de preguiça no feriado: “Nenhuma atividade desde o seu último login“.

Fomos dormir sem lareira, mas com o coração aquecido.

Diário de um Biólogo – Domingo 29/04/07

Quando acordamos a lenha da lareira tinha queimado toda. Enquanto tomava café terminei de dar uma lida na tese do Rodrigo. Está bem escrita, mas tem algumas informações demais e outras de menos. Não cita nenhum trabalho do Viarengo ou do Dondero, fala de um monte de metalotioneínas de outros bichos que interessam menos e pouco das ostras, nosso objeto de estudo. Alem disso se ateve aos efeitos toxicológicos e esqueceu completamente a geoquímica, que é o curso dele. Vai ter que reescrever muita coisa. Eu sou muito crítico com a escrita dos outros, mas sou muito crítico com a minha também.

Fomos caminha pelo Rio Macaé até o Poço do Giannini. O lugar é muito legal, uma piscina natural enorme, mais bonito que o Rio Preto em Mauá. Duas cenas aconteceram: primeiro um casal apaixonado discutiam a relação abraçados, em cima de uma pedra, no meio do rio, onde certamente cabia apenas um deles. Na outra, bizarra, outro casal a margem do rio se assustou com o barulho que fizemos na picada e sairam correndo pelados para se esconderem atrás das árvores. Pareciam dois ETs, daqueles com braços e pernas desproporcionalmente maiores que o tronco, correndo por cima das pedras; brancos e totalmente desengonçados.

Almoçamos porcarias enquanto o Botafogo da Rê concedia o empate ao Flamengo e depois subimos pra ver a festa em Bocaína. No caminho paramos pra tomar um café em São Pedro da Serra, que é certamente mais bonitinha que Lumiar. Como o mundo é do tamanho de um Ovo Kinder, na mesa ao lado encontrei meu chefe (Olaf Malm) com a família. Algumas lojinhas e ateliês depois seguimos estrada e chegamos na festa. Não tinham mais que 3 barraquinhas de cachorro quente e um disco de forró tocando enquanto as pessoas esperavam pelo Bingo (cujo prêmio principal era um liquidificador). Mas o forró era pé-de-serra e paramos a pista dançando juntinho. Quanto tempo que a gente não dançava. Na volta paramos de novo em São Pedro da Serra pra tomar caldo de Truta.

Assistimos “As idades de Lulu” do Bigas Lunas enquanto a lareira esquentava o quarto. A lenha ia queimar de novo antes do dia seguinte chegar.

Diário de um Biólogo – Sábado 28/04/07


Acordei fui com a Rê até Farmanguinhos levar o carro dela ao mecânico, com um pit-stop pra conhecer a sala dela. Vendo um lugar com infra-estrutura adequada ao trabalho, segurança, limpeza e organização, fiquei deprimido com a situação da universidade. Cada vez mais tenho certeza que não são os míseros recursos do CNPq, da CAPES, do MCT e do MEC que vão tirar os pesquisadores brasileiros do sufoco. No mundo inteiro as universidades e institutos de pesquisa estão buscando fontes alternativas de financiamento, porque aqui os dirigentes de instituições de pesquisa são tão resistentes?

Enquanto pegávamos a estrada pra Lumiar, ela foi lendo o texto da revista Piauí onde estva publicado o diário de uma Ghost Writer que inspirou o diário que os alunos do curso de poesia para físicos estão escrevendo (este aqui!). Enquanto eu me perdia na estrada ficamos conversando sobre a questão legal envolvendo a definição de vida que foi levantada no Tribunal Superior Federal na semana anterior. Eu estava apavorado com qual interpretação os ministros poderiam dar a um tema sobre o qual não existe consenso científico. A vida começa com a fecundação, mas ela é significativa antes do aparecimento de um sistema nervoso? E a vida das células (óvulo e espermatozóide) antes da fecundação? É relevante? Falamos sobre os diferentes direitos da personalidade (que diferencia os direitos de um feto no útero dos de uma pessoa depois que sai da barriga da mãe) até resolvermos parar na sub-sede do parque nacional da serra dos Órgãos. Eu já estava completamente fora da estrada pra Friburgo mesmo e o Poço Verde valia a parada.

À noite, enquanto tomávamos uma garrafa de um assemblage Sul Africano na pracinha de Lumiar e comíamos escondidinho de truta defumada, ficamos falando sobre nossos ambientes de trabalho e a delicada relação com as decisões políticas que, muitas vezes, inibem o progresso da ciência ou da justiça. Cheguei a conclusão que com falta de verba, de um chefe que seja chefe e de uma justiça que seja justa não dá pra fazer nenhum bom trabalho.

Diário de um Biólogo – 6a feira 27/04/07

Acordei e fui pro curso de “poesia para físicos” na UFF. É impressionante como por mais que eu acorde com tempo suficiente para fazer tudo acabo saindo atrasado de casa. Quando a Sonia perguntou pra um dos alunos qual o cantor preferido dele, o cara respondeu Renato Russo; e quando ela perguntou o que ele menos gostava, foi a Ivete Sangalo. Tão previsível! Mas pelo visto mais e mais pessoas são fãs de “O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (a outra pergunta que ela fez foi “qual o seu filme preferido?”).
Conforme ela foi explicando a origem do modelo narrativo, chegou a 25 Séc. atrás com Aristóteles (mimese, verossimilhança, etc). Outro dia enquanto discutíamos a importância do modelo narrativo eu coloquei que o “modelo biológico” era ainda mais atigo, tinha milhões de anos! Na verdade era uma brincadeira pra mostrar que a seleção natural é muito mais eficiente em selecionar mecanismos viáveis a longo prazo do que a seleção artificial praticada pelos humanos. Na aula ela me perguntou novamente quanto o modelo biológico seria antigo e eu comecei a divagar sobre as coisas que tinha aprendido na faculdade: basicamente que o homem pode desenvolver seu aparelho vocal (e começar a falar) depois que assumiu a postura bípede, manipulando coisas com as mãos e liberando a boca para outras coisas. Isso pode ter acontecido há 2 milhões de anos atrás. Vou escrever um texto daqui a pouco sobre isso.

Depois de uma reunião complexa na UFF pra preparar a atividade final do curso da UAB o mundo resolveu desabar e tive que adiar a viagem pra Lumiar. Em compensação fui jantar com a Rê no Aprazível. A garrafa de Cabernet Sauvignon do vale do São Francisco foi uma péssima escolha (mas com os preços incalculáveis da carta de vinho, justificável), mas o medalhão com batata aprazível e o peixe grelhado com arroz de côco… A comida estava expetacular (com sotaque carioca).

Meu diário

O Blog vai ter uma semana ativa. No curso de leitura a professora pediu para escrevermos um diário. Então, até a próxima sexta-feira; 04/05, vou escrever um texto por dia com o acontecimento científico/educacional mais relevante da jornada. Não percam nenhum capítulo!

O dia do Biólogo

3 de Setembro (ontem) foi o dia do Biólogo.

Uma vez dei uma palestra para os filhos dos funcionários da Vale do Rio Doce. Era algo parecido com um programa de orientação vocacional e me pediram pra falar sobre o que (e como) era ser biólogo. Dar ensinar, pesquisar, aprender, falei tanta coisa legal. Mostrei o laboratório como a “matriz” e a praia e a floresta como as “filiais”. Mas passei o dia de ontem todo escrevendo projeto. Que é o que eu mais tenho feito nos últimos meses. Tentando imaginar a forma de contar a história para seduzir o comitê que vai decidir se vou ter financiamento no próximo ano e se vou poder “dar de comer” a meus alunos de mestrado. Acho que fiquei meio nostálgico e quis ir hoje com um deles coletar ostras e vieiras em Sepetiba.


Uma boa chance de saber melhor o que faz o biólogo é visitar a Casa da Ciência da UFRJ. Fica logo ali, ao lado do Canecão e do Rio Sul. Tem sempre um monte de palestras e eventos legais.

"Disseram que eu voltei americanizada"

Quantos tipos de cientistas existem? Quanto a vida pessoal de cada um influencia nas suas pesquisas?

Pergunto isso por que um amigo biólogo, certamente futuro premio Nobel, acaba de voltar definitivamente para o Brasil após um par de anos nos EUA. Cara… o cara anda no carro sentado no banco do carona segurando na maçaneta, fechando os olhos e eriçando a espinha; totalmente assustado com o transito no Rio. Quer sair da UFRJ antes do sol se por com medo dos tiroteios, prefere não sair de noite e não conhece mais as ruas por onde passa.

Não, ele não é um nerd. Esse cara toca percussão numa banda de Reggae formada por outros cientistas, pega onda de pranchão e é campeão de volei da biologia. Mas acho que as paranóias americanas afetaram ele.

Fiquei pensando em todos os meus amigos cientístas e na variedade de perfis. Incluindo o meu.

Tem o prático. Gosta da ciência mas gosta mesmo é de viver a vida. Foi morar na Suécia porque lá tudo funcionava e o tempo que a gente gasta a mais no laboratório porque falta luz, falta água, ou um equipamento não funciona; ele faz curso de fotografia, computador, e sueco. Se casou com um suéca e tem uma filha linda. Hoje mora na Inglaterra, onde tudo também funciona.

Tem o correto. Quebra a cara porque nunca usa o dinheiro de um projeto em outro. Passa meses esperando que as coisas funcionem pelos caminhos corretos. É preocupado com os aspectos sociais de tudo que faz. Brilhante pesquisador, descobriu a causa das mortes em uma clínica com problemas no tratamento da água mas, como quis fazer tudo correto, a chefe dele quem levou o crédito. Se casou com uma promotora e mora no interior de Pernambuco.

Tem o carismático. O cara consegue tudo com seu carisma. Bons alunos, bons colaboradores. Mas como só carisma não basta, trabalha como um condenado. Faz um monte de coisas ao mesmo tempo, mas como é muito competente (como todos os outros) consegue fazer tudo e tem dois artigos publicados na Nature. Não fica entediado: “seu nome é trabalho!” Esse canta na banda de Reggae, tem duas filhas pré-adolescentes e é casado com uma dançarina de Flamenco expetacular.

Tem o certinho. Nosso amigo americanizado gasta tanto tempo montando sua agenda que eu não consigo imaginar qeu sobre tempo pra fazer o que tem de ser feito. É talvez o mais brilhante de todos, mas atravancado pelas correntes que o aprisionam. Explico: no colégio tinha uma caneta de cada cor para sublinhar (com régua) as informações de acordo com o tema ou importância. Também é carismático, mas faz o tipo discreto (e um sucesso…). É casado com uma cientista.

Tem o meu tipo. Fica difícil eu mesmo me definir. Acho que trabalho por pulsos. Fico atolado com milhares de coisas pra fazer durante muito tempo, e depois, em pouco tempo, resolvo tudo. Sou dedicado, mas não muito. Conto com meu jogo de cintura e acho que sou muito criativo. E que esse é meu grande trunfo perto desses monstros consagrados que trabalham pra caramba. Cultivo a amizade deles como ouro e não sou casado.

O que eu não posso deixar de falar é que nosso só voltou americanizado porque voltou. E voltou porque quis voltar. Fez questão. Ama o Rio, ama a família que está no Rio. Ama o Brasil e faz de tudo pela ciência brasileira.

Curiosidades da Itália

Fazer ciência não é só ficar trancado no laboratório. Ao desenvolover nossa capacidade crítica de observar a natureza e questionar o que encontramos, também acabamos por examinar essa parte mais peculiar da natureza que são os seres humanos.

Por circunstâncias diversas, vim parar nesse país famoso por suas obras de arte e importância histórica. Uma benção para alguns, mas nem tanto para aqueles cujo objetivo de vida é correr na avenida da praia fechada para o transito de domingo e depois ir para a Roda de Samba do Estephanio’s… Enfim, sou compelido a contar para vocês algumas curiosidades daqui.

Quis o destino, e o fato de um dos pesquisador mais renomado na minha área trabalhar aqui, que eu viesse parar em Alessandria, principal cidade da província de Alessandria, nomeada assim em homenagem ao papa Alessandro não sei das quantas. Please, não tem nada a ver com a histórica Alexandria, que fica no Egito.

Ao se chegar de trem já percebemos a peculiaridade. Mais ou menos 5km antes da cidade entramos em um nevoeiro que me faz sentir em Avalon, am referência a ilha mágica do conto de Marion Zimmer Bradley. Assim como no conto 5 km depois da cidade o nevoeiro desaparece. Nada a ver com magia, apenas uma inversão térmica que retêm vapor d’água e poluentes na camada mais inferior da atmosfera e que os ventos fracos (ou deboli como se diria em italiano) não conseguem dissipar. Quis o destino que esse fenômeno acontecesse com maior intensidade justamente na cidade onde esse Carioca da gema veio parar.

Ao entrar no supermercado algumas coisas chamam atenção. A menor seção de todas é a de desodorantes, acompanhada logo pela de sabonetes, shampoos e pela de refrigerantes. Isso explica de cara por que é insuportável o cheiro de CC no laboratório onde trabalho. Quanto mais perto das 5 da tarde, maior o cheiro de CC. O banho relaxante em banheiras dos romanos e japoneses é milenar, mas o banho como conhecemos hoje tem menos de um século. Foi Paster que sugeriu o banho com água corrente para limpar o corpo dos microorganimos que causavam doenças de grande importância na saúde publica do início do século XX. Claro, quis o destino que fosse um francês a inventar a chuveirada, mas certamente não pra evitar aquele “Cheiro de Corpo” como explicava o comercial dos anos 50 e que se tornou o popular CC. Não é a toa que os Franceses e italianos tem perfumes maravilhosos.

Nunca vi a TV russa ou Afegã, mas quando forem 4 da tarde de sábado e você quiser ver um programa legal, mas não tem NADA na TV brasileira, lembre-se que na Itália a TV sempre parece sábado a tarde e a qualquer momento estará sempre passando um programa pior aqui do que ai. Eles usam e abusam de programas de auditório, com pegadinhas etc. Imaginem 382 variações diferentes do Domingão do Faustão, Show do Bolinha, programa Raul Gil espalhadas em todos os canais e em todos os horários. Não é a toa que eles elegeram o Berlusconi presidente.

Ao contrário do que todo mundo comenta sobre as maravilhas de se viajar de trem pela Europa, não é bem assim. Viajar de trem é caríssimo. Muito mais caro do que viajar de ônibus e muitas vezes do que de avião. O conforto também não é o forte, já que a maior parte dos trens são antigos e lentos, muito lentos. Se você quiser o trem confortável e rápido, prepare seu bolso. Custa em média 5 euros por hora de viagem nos trens convencionais e 10 euros por hora de viagem nos trens Eurostar. Quer um conselho: Pegue um ônibus, como a gente faz no Brasil.

Tá, Tá, Tá, nem tudo é ruim. Aqui a gente não paga remédio. Isso mesmo, aqueles 200 reais por mês básicos que qualquer um de nós gasta na farmácia não seriam gastos aqui. Na maior parte dos casos, você vai ao médico e junto com a receita do medicamento necessário você recebe um ticket que troca na farmácia pelo remédio. Ainda não precisei ir ao médico, mas vai ser muito legal quando eu for e não tiver que pagar nem médico nem remédio e nem plano de saúde.

Todo o café é expresso. Peça um lungo que vem em maior quantidade e não tão forte (como a gente está acostumado). Todo Capuccino é gostoso. Mesmo que tradicionalmente eles não venham com chocolate como a gente esta acostumado no Brasil. É um café com leite e espuminha. Meu primo italiano deu a dica pra simular um expresso. Pegue a primeira água do café que sai do filtro de café, só um pouco, coloque na xícara com um pouco de açúcar bata com a colherzinha até espumar. Depois coloque café a gosto. Não é a mesma coisa, mas como nosso café é mais gostoso, a gente fica na média.

Italianos e italianas são um caso a parte. Na média, a ilusão que temos de um povo caliente é totalmente equivocada. Ninguém puxa papo com ninguém na rua. Ninguém nem olha pra sua cara. Os italianos tratam mal suas mulheres. São super machistas e elas, por sua vez, um tanto submissas (já que continuam com esses caras). Um exemplo exagerado que não pode ser considerado regra é de uma amiga que foi colocada dentro da lixeira, em um bar lotado, pelo namorado, que saiu rindo junto com os amigos. Eles se vestem de forma engraçada. Apesar de ser um dos paises da moda, existe muita liberdade pra se vestir. Coloque qualquer coisa, seja uma calça jeans com olhos pintados enormes, com uma echarpe rosa de pelúcia e óculos amarelos e ninguém vai te achar um ET. Talvez seja por que os preços de tudo são altíssimos, talvez seja porque eles são assim mesmo. Por via das duvidas (e por impossibilidades financeiras) continuarei comprando roupas quando for ao Brasil.

Se você gosta de bundas em geral (tanto faz a que sexo você se refere) esqueça. Italianos não tem bunda, e por isso não malham perna, e conseqüentemente, da cintura pra baixo não tem nada de bonito pra olhar.

A massa. 1o quesito em que os italianos são totalmente imbatíveis. Foi Marco Pólo quem trouxe o macarrão da China, e em Nápoles eles tiveram a grande sacação de colocar o molho feito com tomates vindos da América em cima. Foi uma das descobertas mais geniais de todos os tempos. Mesmo assim, prove o Pesto, o Aglio e Oglio, o Quattro formaggi, o com fungi, ou só com manteiga. São todos sensacionais. Alias, tudo é cozido com óleo de oliva extra-virgem. E quase todo mundo conhece alguém, que conhece alguém que tem uma oliveira em casa e espreme seu próprio óleo. Azeite doméstico é imbatível. Quanto a ao molho de manteiga, cuidado apenas com uma pegadinha da língua italiana em relação ao português. Manteiga em italiano quer dizer Burro em português (mesmo que não seja muito usado). Já Burro em italiano, é a palavra pra Manteiga em português.

Vamos ao segundo ponto em que eles são imbatíveis. Todo sorvete é SE-MA-SA-CI-O-NAL. Alguns são realmente imbatíveis. Prove o sabor Bacio (que quer dizer beijo), uma mistura de chocolate com avelã deliciosa. E você ainda pode fazer uma gracinha pra garçonete pedindo um bacio.

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