Afundados em pilhas de artigos – PhD Movie

O título é a tradução livre do título do filme Piled Higher and Deeper (PhD movie), dos mesmos produtores das famosas(!) tirinhas sobre a vida dos alunos de pós-graduação.

Se você nunca leu, não pode perder. Se você já leu, deve ter ficado, como eu (que não tem tanto tempo assim era aluno de pós-graduação também) curiosíssimo sobre o PhD filme.

Eu assisti o trailer no cinema e quando resolvi procurar onde o filme passaria, qual não foi a minha surpresa ao descobrir que ele NÃO PASSARIA. Não nos cinemas. Alguém, em alguma universidade, deveria organizar uma projeção do filme. Até agora a única no Brasil (de acordo com o site deles) tinha sido na UNICAMP em Novembro. Bom… como eu disse, eu queria ver o filme, então resolvi organizar uma sessão.

Achei que isso poderia ser um processo lento e doloroso. Mesmo assim, resolvi escrever para o pessoal do site, que prontamente me responderam. Também consegui com a secretaria da pós-graduação da Biofísica a reserva do Auditório Rodolpho Paulo Rocco, o Quinhentão, pra fazer a exibição. O preço foi salgado, mas decidi fazer uma boa ação de final de ano e dar a exibição de presente para todos os alunos de PG da UFRJ. Na verdade, para todos que couberem dentro do auditório. Talvez para homenagear minhas lembranças dos meus bons tempos de bolsista. Talvez porque o mundo precise que as coisas legais da ciência sejam mostradas pra todo mundo e divulgadas ao máximo. Talvez porque quisesse eu escrever, produzir, dirigir e estrelar um filme desses, mas como não dá, pelo menos eu posso exibir!

O número de assentos é limitado, por isso, se você quiser assistir, se inscreva na página do evento no Facebook. Será dada preferência para os alunos de PG da UFRJ e se for necessário haverá distribuição de senhas antes do expetáculo (com sotaque carioca).

Divirtam-se!

O cientista Pop das células tronco

Você consegue encontrar o Mauro e o Bitty nessa foto?

No mês que vem fazem 10 anos de um evento marcante para a ciência do estado do Rio de Janeiro: o simpósio “O cientista do próximo milênio. O que se espera de um doutor em ciências no Brasil?”, que aconteceu em agosto de 1999.
Foram 3 dias com a participação de grandes personalidades da ciência como a presidente da FeSBE, Dora Fix Ventura; o presidente da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz; o diretor do instituto de Biofísica, Antônio Carlos Campos de Carvalho; o prof emérito, Darcy Fontoura de Almeida; e ainda Roberto Lent, Leopoldo de Meis entre outros. O então governador do Rio Anthony Garotinho faltou na última hora, mas na presença do secretário de ciência e tecnologia Wanderley de Souza, os organizadores sugeriram idéias que hoje são programas consolidados da FAPERJ como o “Jovens cientistas do nosso estado” e o “Bolsa nota 10”.
Hoje todos aqueles jovens estudantes são professores entusiasmados e batalhadores. Eu, Marcelo Einicker e Jennifer Lowe no Instituto de Biofísica da UFRJ; Marília Zaluar Guimarães no ICB/UFRJ, Milton Moraes no IOC/Fiocruz e Rodrigo Bisaggio no CEFET/RJ.
Mas a idéia do simpósio partiu daquele que é hoje o cientista mais badalado do país. Stevens Rehen, o Bitty (ele não conseguia pronunciar o próprio nome quando era pequeno e inventou o próprio apelido), professor do ICB/UFRJ e chefe do Laboratório Nacional de Células Tronco do Ministério da Saúde. Foi o grupo dele o primeiro no país a conseguir transformar células tronco não embrionárias em pluripotentes (aquelas que podem se transformar em qualquer outro tipo de célula).
Mas para quem já conhece ele de longa data (estudamos juntos no São José – apesar de que naquela época eles não gostavam de mim) sabe que os seus sucessos científicos são consequência inevitável da sua inteligência e trabalho duro. Mas os outros sucessos que a gente não contava é que eu quero falar aqui.
O Bitty sempre defendeu a desqualificação da imagem formal do cientista, taciturno, autista. Hoje ele é um simbolo pop. Tá toda hora nos jornais (ainda que meio desequilibrado em cima do skate – que ele não deve andar já tem uns 10 anos) e no ano passado, no auge do debate das células tronco (devido a pendenga no STF), foi convidado para o Debate MTV, mediado pelo Lobão, onde apareceu usando uma camiseta da banda de reggae do seu irmão (Ponto de Equilíbrio). Gente… um cientista na MTV! O máximo.
Ele é um exemplo a ser seguido. E quando penso nisso, me faz rir ver alguns cientistas seniores, os Sarneys da ciência, os Coronéis do saber, bradarem em reuniões de departamento que são a ‘Vanguarda’ de suas instituições.
Minha única crítica ao Bitty é que ele está trabalhando demais e não tem ido nos ensaios da própria banda onde toca percussão. Mas pelo menos agora ele entrou no Twitter a podemos sempre saber os passos dele.

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