O que é Karma?

Inspirados por Eduardo Dusek na virada do ano em Copacabana, todos demos um grito, uma vaia de liberação de karma, para deixar tudo de ruim que aconteceu em 2006 pra trás. Foi uma longa vaia!

Justamente nesse momento, minha querida amiga Dani, sempre ao lado de meu cada vez mais querido amigo Edu, me pergunta: “Você que é Biólogo, o que é Karma?”

Como sou biólogo e não budista, vou dar a definição do grande Earl, do seriado, que simplificou super bem o conceito: Faça coisas boas e coisas boas acontecerão pra você, faça coisas ruins e coisas ruins a acontecerão de volta. Eu tenho sido um bom menino, então não sei explicar muito o porquê desse Karma.

Mas o que me inspirou a escrever um texto de ano novo, foi o e-mail de feliz ano novo do baixista que toca com a gente de vez em quando no melhor bar do mundo, o Estephanio’s, em Vila Isabel (no Rio de Janeiro, é óbvio). Ele falava sobre um Deus grego que eu desconhecia, Janus, origem do nome Janeiro.

Busto de Janus no Vaticano
Segundo o Ízio, Janus é um Deus de duas caras, que está sempre olhando para o passado e o presente. Avaliando o que aconteceu e de olho no que virá.

Uma pequena pesquisa e descobri que Janus é o Deus dos portais e das transições, depois de ter sido atribuida a ele a erupção de uma fonte termal nas portas de Roma, que impediu os Sabinos (depois de terem tido suas mulheres sequestradas) de invadirem a cidade. Mas também é o nome de uma das luas de Saturno, já que ele acolheu Saturno na cidade que governou Latium. E é por ter estimulado as colheitas e o desenvolvimento de Latium quando foi seu governante, levando a idade de ouro, que ele foi endeusado e que hoje é tido como o Deus do início e do fim, do antigo e do novo, do que passou e do que virá.

Janus, a lua de saturnoNesses tempos em que todos pedem a rainha do mar por ajuda e proteção, eu como cientista prefiro a idéia de um Deus que olha para trás para saber o que o espera pela frente, sem mágica. E assim, eu, que tenho a ciência como meu único Deus, peço a benção do Janus para que ajude a todos nós a deixar o que passou e acolher o que virá.

Feliz 2007 para todo mundo!

"A Lua, quando ela roda, é nova, minguante e meia-lua, é cheia"


Alguém viu a lua hoje? Que expetáculo! (é, com x do sotaque carioca) Bom, dessa vez ninguém me perguntou nada, e não sei se alguém já pensou nisso, mas vocês sabem por que a Lua parece tão grande quando está no horizonte? Na verdade lí essa resposta na revista Super Interessante há muitos anos atrás. E hoje fui dar uma pesquisada no assunto e encontrei um monte de respostas incorretas. Refração da luz: quando no horizonte, a luz da lua viaja acompanhando a curvatura da terra e por isso parece maior. Não, essa curvatura que a luz faz cria o desvio pro vermelho que faz com que vejamos o céu em tons alaranjados quando ele está se pondo. Ilusão de ótica: Também não, porque não se trata de um efeito de distorção dos raios de luz. Por que ela está cheia e fica maior: não gente… por favor, essa foi terrível!
Foi interessante descobrir em alguns sites que existe alguma controvérsia a respeito da razão. Mas o mais aceito é o seguinte: É uma peça que a sua mente prega em você! Toda questão está nos referenciais. Quando olhamos para o horizonte, a presença dos referenciais (prédios, árvores) nos ajuda a avaliar a distância das coisas. Quando vemos a lua no alto do céu, no zênite, não temos nenhum parâmetro de comparação para medir a lua, porque não temos nenhum referencial. E a vemos no seu tamanho natural, computada a distância que ela está da Terra. Mas quando ela está na linha do horizonte, a presença de muitos referenciais (e segundo pesquisas mais recentes, o próprio horizonte) faz com que o cérebro avalie de maneira equivocada a distância da lua. Ele (cérebro) não pode acreditar que aquele objeto tão longe pareça tão pequeno quanto a janela de um edifício, por isso, ele AUMENTA A LUA! Na sua cabeça!

Como é possível? Lembre-se que seus olhos não vêem nada, eles apenas capturam as ondas eletromagnéticas que refletem nos objetos. Quem vê é o seu cérebro! Não fosse a sua experiência de associar significado as coisas, essas ondas que chegam na sua retina não fariam algum significado. Então, ainda que seja o seu cérebro que veja, ele pode se confundir de vez em quando.

Você não acredita? Experimente fechar os dedos e formando uma luneta, e olhe a lua no horizonte por entre a luneta. Viu?! Ela tem o mesmo tamanho de quando você a vê na abobada do céu!

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