Diário de um Biólogo – Domingo 13/12/2009 – LOST na Ilha

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Sempre fico contente quando sou convidado para uma apresentação. Dizem que com o tempo a gente vai se acostumando com os convites, e que em algum momento eles até chateiam mais do que agradam. Ainda não aconteceu comigo. Mas fico ainda mais contente quando o convite é pra ir a Florianópolis. Talvez porque fique sempre na esperança de que ‘dessa vez’ vou conseguir conhecer as belezas da ilha. Mas quer o destino que todas as vezes que me chamaram para ir lá, o tempo fosse apertado. Mas especificamente das últimas 3 vezes eu fiquei menos de 24h.
Quando o pessoal da EAD da Biologia me chamou para abrir a capacitação docente deles no dia 14/12 eu pensei… tinha que ser… A jornada científica do laboratório terminava no dia 13 de manhã e o curso que tinha de dar em Recife começava dia 14 a tarde. Sabia que ia ficar novamente menos de 24h.
Apertei daqui, apertei dali e consegui chegar em Floripa as 13h de Domingo, com a passagem para Recife no dia seguinte, as 12h. Um bom professor sabe o que tem de fazer quando o tempo é curto: selecionar o que vai fazer, porque quando a gente tenta fazer tudo o resultado é sempre pior. Então estava decidido: dessa vez ia conhecer a Praia Mole, que eu tanto já tinha passado em frente.
Esse paraíso dos surfistas está ao lado da famosa Praia da Joaquina, perto da Lagoa da Conceição.
Abre parenteses: O surf é um recalque que eu tenho. Nunca consegui ficar em pé na prancha (ainda que, verdadeiramente, tenha tentando só uma ou duas vezes). Quando assisti ‘Caçadores de emoção” pela primeira vez, prometi a mim mesmo que aprenderia antes dos 30. Quando assisti pela 58a vez, me prometi que seria antes dos 40. Ainda tenho dois anos. Fecha parenteses.
Meu hotel era no centro, perto da universidade. Então talvez motivado pela recente palestra do Paulo Saldiva no TEDxSP, talvez lembrando dos meus tempos de duro quando desenvolvi a teoria de que a melhor forma de se conhecer uma cidade é andando de ônibus errado, ou simplesmente desanimado com a hipótese de pagar uns R$50,00 de táxi pra ir a praia, resolvi ir de ônibus.
Quando consegui chegar na praia, quase 4h depois (eu disse quatro, 4, q-u-a-t-r-o horas depois) entendi varias coisas: a primeira é (e esse é o link desse post com a biologia) que vamos continuar tendo aquecimento global, porque com esse tipo de transporte público nas cidades, quem puder escolher, vai de carro. E olha que eu não estou falando de uma cidade do interior: é uma capital de estado e um dos principais destinos turísticos do país. A volta foi um transtorno similar. Felizmente eu estava revigorado pela beleza da Praia Mole.
Ainda assim, como cheguei muito tarde de volta no hotel, tive de abortar o chopp com o Petrucio para terminar minha apresentação pro dia seguinte. Valeu a pena, mas da próxima vez, vou pedir o meu hotel na Mole mesmo.

Paulo Saldiva – Exclusão e racismo ambiental (TEDxSP) from Monkey Business on Vimeo.

Discussão - 1 comentário

  1. Rafael_RNAm disse:

    Mas é isso mesmo, o transporte público de Floripa é o Pior do Brasil!
    Pelo menos na minha experiência e pesquisa informal

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