E Deus criou o chimpanzé…


Uma boa desculpa e um pouco de tempo livre. Tudo que eu precisava pra entrar no mundo do Blog. Há uns anos atrás, eu escrevia uma coluna de ciência para uma revista na internet, mas todos que colaboravam com a revista agora tem seus próprios blogs e eu fiquei meio orfão. Mas quando vi essa imagem do History Channel, propaganda de um documentário sobre Evolução, não resisti. Anos atrás passei horas a fio procurando essa imagem pra ilustrar os 4 textos que tinha escrito então pra tentar mastigar a seleção natural. A sátira com a obra de Michellangelo na Capela Sistina no Vaticano é muito apropriada para ilustrar as dificuldades em explicar as pessoas de onde nós realmente viemos, quando tudo a nossa volta nos induz a pensar que somos fruto da vontade de um ente superior. Prometo republicar os textos quando encontrar eles no universo do meu computador.

PS: os textos estão publicados e podem ser acessados no arquivo do blog (ano 2002).

Quem tem medo da gente?

O pós-graduando (PG) vive em um limbo. De onde, ao que parece, não quer sair.
Ou talvez, como na Divina comédia, que nesse caso me parece mais trágica que cômica, no purgatório.

Começa por sua situação profissional, já que, com mais formação que 99,99% da população brasileira e beirando a casa dos 30 anos, um aluno de doutorado ainda não é considerado capaz de gestir sua própria formação, a escolha de sua linha de pesquisa e seus experimentos. E certamente passa por sua situação transitória, já que com bolsas de 2-4 (5, 6, 7, 8…) anos, e sem vinculo com as instituições onde trabalha, hoje ele está aqui, amanhã… A situação se estende a recém-doutores, Pos-docs e afins. A “Casta” que de elegantemente denominamos “Os Jovens cientistas”

Sua auto-estima é lapidada por uma bolsa que não é compatível com o seu nível de formação e nem com o nível cultural que dele se espera. Seu caráter é deformado um documento de dedicação exclusiva que tem que assinar e que certamente vai ter que fraudar para dar aula em universidades particulares, representar produtos de laboratório, consertar computadores, fazer horóscopo ou vender sanduíche na praia (afinal, não é apenas depois que se torna professor que se tem aluguel pra pagar, tanque pra encher e filhos pra sustentar). Sua esperança é frustrada por um possível e irrisório aumento de 10% para o próximo ano.

“Você ainda não é um cientista, precisa completar sua formação”, dizem seus orientadores e professores. “Você não é mais um estudante” dizem seus pais. “Você não é nada” acaba acreditando.

Apesar disso o PG existe. Está inserido dentro de um contexto científico e tem um papel importante. Talvez o papel mais importante. Não precisamos repetir as estatísticas que mostram o quanto à produtividade dos institutos de pesquisa está relacionada com o numero de pós-graduados, ou o quanto à ciência brasileira cresceu com a crescente escassez de recursos devido a manutenção das bolsas de PG, ou o quanto um instituto cresce quando cria e investe em PG.

E por que os próprios alunos não conseguem enxergar isso? Não podemos esquecer que o PG não está só, não é o único desestimulado e, às vezes, desesperado. Os professores, pesquisadores e chefes de laboratório também estão. Porem, infelizmente, a noção de que o pupilo tem que superar o mestre, por que é assim que avança a ciência e o mundo, aqui não vale. O sistema social cientifico brasileiro é formado por um número de “castas” muito bem definidas e a forma de manter a auto-estima é sair pisando de cima pra baixo. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo” diz a máxima.

Mas um sistema subversivo também é desestimulante e destruidor, e é necessário criar um efeito ilusionista pra manter seus membros felizes e produtores. Professores se apegam a suas vaidades científicas por que é o único que lhes resta. Conquistas cada vez menores são comemoradas com cada vez mais euforia. E chegaremos a ponto de comemorar a compra de reagentes ou mais um ano sem que o laboratório tenha fechado. Na base do sistema de “castas”, aos pós-graduandos resta pisarem uns nos outros. “A tese dele é repetida”, “Eu tenho dois escravos de iniciação científica”, “Eu tenho 1,37 trabalhos publicados, 1,25 quase aceitos e 2,62 submetidos e 3,47 em preparação, e você?”; “Alô?! É da CAPES?! Queria denunciar um PG que dá aula!”; “O simpósio deles é um fracasso”. Pequenas perversões. Pequenas tiranias. Os prazeres do inferno. A saída mais fácil que acaba se tornando o caminho natural pra quem não quer ficar no purgatório.

Mas tem gente que não pensa assim. Que não acredita no paraíso, mas nem por isso quer viver no purgatório. E nem ir pro inferno. Gente que prefere abrir os olhos, encarar o pesadelo e acordar. Que alem do trabalho no laboratório ainda encontra tempo e um mínimo de altruísmo, para organizar um evento que pode trazer benefícios pra todos. Gente que deveria ser um exemplo a seguir, mas que vira uma pedra no caminho dos “prazeres do inferno”. “Good girls go to heaven, bad girls go everywhere”, mas ninguém foi ao simpósio.

“Ser tolerante é cansativo. Ser crítico é muito mais divertido” escreveu recentemente Bruce Horny. Um “prazer infernal”. Um valor que está sendo passado pela “casta” que aprova seus próprios projetos, que se confere suas próprias bolsas de produtividade, que avalia seus próprios artigos, que festeja suas pequenas vitórias.

A questão é que ninguém tem medo dos jovens cientistas. Enquanto continuarem na base de um sistema que privilegia a “casta” mais que a capacidade, por mais importância que tenham, não representam uma ameaça a ninguém. Já que parece impossível mobilizar os jovens cientistas e organizar uma “rebelião” contra o sistema de castas da ciência brasileira, cabe a eles, quando chegar a sua vez, dizer NÃO a esse sistema, e quem sabe assim, começar a contribuir para verdadeiro progresso da ciência no Brasil.

Uma bolsa e um porta-lápis

É justa a preocupação do ministro da educação com a mal distribuição das bolsas de pos graduação no Brasil. Uma breve analise do site do CNPq mostra que no ano de 2000, 60% das bolsas e do fomento a pesquisa se concentram no sudeste, enquanto na região norte, por exemplo, o percentual é de 2,5 %. Em 2001 a CAPES titulou, na área de ciências biológicas, 987 mestres e 599 doutores na região sudeste, enquanto na norte foram 61 mestre e 29 doutores.

Seria justa também a preocupação do ministro com relação a falta de aumento nas bolsas de pós-graduandos nos últimos 10 anos.

Em recente resposta da CAPES ao manifesto entregue ao presidente Luis Inácio pelos Pós-graduandos, a culpa foi colocada no restrições econômicas as quais estão submetidos os diferentes ministérios.

O problema das bolsas de pos graduação no pais é o mesmo de tantas outras políticas: a falta de uma política a longo prazo.

Em 2001 o lançamento do programa Profix do CNPq chamou a atenção de muitos recém doutores. No entanto o numero de bolsas ainda foi muito aquém das necessidades causada pela interrupação dos programas anteriores de recém doutor e fixação das agencias. O resultado foi uma enxurrada de pedidos, também muito concentrados no sudeste

A pós graduação no Brasil cresceu nos últimos 20 anos e com ela a produção cientifica do pais, que entrou no seleto grupo dos 20 paises responsáveis por mais de 1% da produçÃo cientifica mundial. Mesmo com a redução do fomento a pesquisa, o numero de bolsas se manteve ou aumentou. A produção cresceu se apoiando no esforço desses jovens cientistas.

Existem programas de iniciação cientifica e de jovens talentos que levam jovens estudantes para dentro dos laboratórios das universidades e abrem as portas para um mundo de pesquisa que é muito sedutor. No entanto, as agencias parecem esquecer que esses vão virar alunos de mestrado e doutorado, vão precisar de reagentes, saídas de campo, instrumentação, discussão em congressos, publicação de dados em revistas, comprar livros, assistir aulas sem que falte luz, realizar experimentos em laboratórios onde não falte água.

Como dizia a música do Casseta e Planeta, “Se aqui é assim, imagine na Jamaica”. Mesmo com um sistema de pesquisa saturado, é melhor se apertar em um laboratório montado do sudeste, em uma universidade com professores doutorados que ainda tem chance de participar pelo menos uma vez por ano em um congresso internacional (finaciando do seu próprio bolso ou com dinheiro de agencias internacionais) do que ir pra uma universidade nova, onde não existem equipamentos ou uma “massa crítica” que possibilite a produção científica e a construção do conhecimento.

Enquanto o governo achar que vai conseguir levar jovens doutores formados no exterior ou no sudeste para pequenas universidades do norte e nordeste apenas com uma maior oferta de bolsas, a única coisa que vai conseguir é aumentar a competição por um menor numero de bolas no sudeste. Uma passagem do Rio de Janeiro até Porto velho custa mais que uma viagem a Europa. Isso quer dizer que um pesquisador não poderia visitar sua família. Que o frete de material cientifico que já é problemático no sul e sudeste seria desastroso. No Acre as estradas ficam submersas 6 meses por ano por causa das cheias dos Rios. Ainda é melhor lutar contra a falta de água e luz e dinheiro na UFRJ do que na UNIR.

Embaixadores do Brasil

Os cientistas, por necessidade de intercâmbio científico, maior disponibilidade de recursos ou algum outro motivo relacionado com sua carreira, em diversos momentos da sua vida se vê praticamente constrito a viver no exterior.

Durante muitos anos o protótipo do cientista, talvez baseado na personalidade agressiva e introspectiva de Newton, ou nos cabelos arrepiados de Einstein, tem sido do louco, que só pensa em trabalho e vive o tempo todo no laboratório. Por mais que muitos jovens pesquisadores brasileiros deixem suas famílias e amigos no Brasil para procurarem o salto em suas carreiras que pode ser proporcionado por uma estada junto a um grande grupo de pesquisa no exterior, a maior parte deles não se enquadra necessariamente nesse perfil, e a distancia pesa.

Os sinais dessa distância podem ser notados por toda parte: uma bandeira do Brasil aqui, um boné ali, uma camiseta de Porto Seguro vestida em um dia de inverno, a página do JB como default na Internet ou ouvir a Globo FM pra saber como vai o transito no Rio mesmo quando vc vive em Londres. É um tipo amenizado de “Banzo”, a melancolia que matava metade dos escravos nos navios negreiros antes de chegarem ao seu destino.

Nos defrontamos cada dia com a imagem construída que o Brasil tem no mundo: Uma mistura de mulatas, carnaval e paraíso tropical da alegria, com trafico de drogas, execução de meninos de rua e pobreza. Variando as concentrações de cada um desses elementos dependendo do pais onde se encontre. Isso também é produto da heterogênea população de brasileiros que se pode encontrar em toda parte. Um primeiro escalão de embaixadores, que ostentam uma riqueza que é representativa da nossa grandeza territorial, mas não da nossa sociedade, como a o palácio da embaixada Brasileira na Piazza Navona em Roma; seguidos pelos turistas ricos, pouco representativos também da nossa riqueza cultural. Ai temos um grande lapso na escala, que deveria ser formada pelos diferentes grupos de turistas de classe média, estudantes de universidades, jovens em intercâmbio e mochileiros, que são uma pequeníssima fração nesses tempos atuais, frutos da alta do dólar e da recessão econômica. Sobram ainda as putas, transexuais e capoeiristas, empregadas domesticas e… os cientistas!

Institutos de Pesquisa e Fé e a Ética na ciência.

Algumas semanas atrás falei sobre clonagem, na onda da discussão sobre a proibição das pesquisas com embriões humanos. Naquele artigo relutei em falar sobre a ética aplicada a essa questão, por achar que os argumentos técnicos seriam mais importantes para formar a opinião geral.

No entanto, ao ler um livro essa semana que continha o discurso de Galileu Galilei, ao se retratar publicamente frente a inquisição romana, por defender suas idéias e estudos sobre o heliocentrismo (o sol como centro do universo e a terra em movimento ao redor dele), e ao ler no ‘Jornal da Ciência’ o artigo cujos trechos cito a seguir, não resisti a comentar o tema.

O artigo era de Evaristo Eduardo de Miranda, doutor em ecologia, pesquisador da Embrapa e membro da diretoria do Instituto Ciência e Fé. Instituto de Ciência e Fé?!? Já desconfiei. Faço parte do grupo que não concorda que fé e ciência sejam compatíveis. Mas começo a achar que seja uma minoria, devido ao grande número de pessoas, incluindo pesquisadores renomados, que acreditam que isso seja possível. Tanto que pelo visto existe até um Instituto da Ciência e Fé, do qual o autor do cito artigo é presidente, e que pretende ser um “espaço privilegiado para o diálogo entre pessoas de diversos horizontes, perspectivas religiosas e políticas”. O saudoso Dr. Chagas, o maior cientista brasileiro do ultimo século, tinha o cargo, para mim insólito, de “adido científico do vaticano” só pra exemplificar.

O autor do artigo afirma que “nunca os princípios de humanidade estiveram tão ameaçados […] por membros da comunidade científica…”, sendo que ele chama de “cientismo” uma utopia que “resolveria todos problemas da humanidade, satisfazendo todas as necessidades legítimas da inteligência humana”. E continua que “Seus adeptos não admitem limites em suas pesquisas, nem orientação e, muito menos, oposição. Mesmo quando ameaçam princípios fundadores de nossa humanidade”.

Princípios fundadores da nossa humanidade?!? Desconfiei de novo.

O que é a ética, a moral? Uma questão filosófica certamente importante e fora do escopo desse artigo e dessa coluna. Mas vale a pena ressaltar que nossa ética é quase toda baseada nos preceitos cristãos. E que, diga-se de passagem, não são preceitos naturais e estão longe de serem consenso entre a humanidade.

No ambiente científico, as questões éticas estão tendo uma importância cada vez maior. Por exemplo, qualquer pesquisador para obter um financiamento do importante Instituto Nacional de Saúde americano(NIH), tem que apresentar no seu currículo um curso de ética. O próprio instituto oferece seu curso “básico” de ética que tem sido freqüentado por um grande número de pesquisadores. Acredito que a ética na ciência esteja ligada com o fator da exploração da vida e da natureza, assim como em muitas outras questões. Animais não acreditam em Deus, e certamente as cobaias de laboratório não questionam ou procuram explicar seu Karma em função de vidas passadas. Porem, a exploração de um recurso em prol de outro gera encruzilhadas que muitas vezes são de difícil transposição. Por isso acredito mais em estratégias que sejam eficientes e sustentáveis em longo prazo, do que em preceitos morais filosóficos. Sejam eles católicos, cristãos, muçulmanos, budistas etc.

Para isso, precisamos aprender a desenvolver nosso senso crítico, e não nossa capacidade de crença. Esse curso de ética do NIH, apesar de algumas baboseiras típicas de americanos, como ensinar um pesquisador como se comportar com suas alunas para que não possam ser acusados de assédio sexual (tipo, jamais conversar sobre a tese no escritório de portas fechadas); ensinam mais a desenvolver o raciocínio crítico, dentro de um contexto científico atual e histórico. No Brasil uma tentativa pioneira nesse sentido foi aplicada por jovens pesquisadores no congresso da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE) de 2001 em Caxambu. Mais de 150 alunos de graduação e pós-graduação estiveram presentes. Esperamos que o curso possa ser repetido na reunião de 2003.

Acredito que o verdadeiro objetivo da ciência seja descobrir a natureza e não resolver todos os problemas e ansiedades da sociedade humana. E ela cumpre seu papel a medida que mostra “como o mundo funciona” ao contrário de “como ele deveria funcionar” (o que é uma função da filosofia e da religião).

Por isso a melhor lição de ética que podemos dar a nossos cientistas é de desenvolver o senso crítico e não procurar verdades absolutas (até mesmo porque poucas existem). E repito que, o problema não é que ciência os cientistas fazem, mas que política os políticos fazem.

Talvez a clonagem seja muito perigosa. Ou não. E talvez seja um grande erro autorizar esses experimentos. Ou talvez seja um erro maior não autorizar. Acredito que quanto maior for essa dúvida, maior a necessidade de estudar e pesquisar o tema a fundo. Sem limites, sem proibições. Só assim poderemos conhecer o verdadeiro benefício e o verdadeiro perigo. E só assim poderemos tomar as decisões corretas do que fazer com eles. É sempre melhor que todos saibam o que pode acontecer, do que não saber nada.

“Eu, Galileu Galilei […] aos setenta anos de idade […] e ajoelhado diante de vós, Eminentíssimos e Reverendíssimos senhores Cardeais […] juro que sempre acreditei, acredito agora e, com a ajuda de Deus, acreditarei futuramente em tudo o que é aceito pregado e ensinado pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana […] Visto que, após me ter sido feita a injunção judicial por esse Santo Ofício […] para que eu abandone por completo a falsa opinião de que o Sol é o centro do mundo e imóvel, e de que a terra não é o centro do mundo e imóvel, e me proibindo de aceitar, defender ou ensinar […] a doutrina […] escrevi e imprimi um livro no qual discuto essa doutrina […] e por essa razão apontou-me o Santo Ofício como veemente suspeito de heresia […] Assim sendo, visando dissipar […] essa forte suspeita […] abjuro, amaldiçôo e abomino os já mencionados erros e heresias, e de um modo geral todo e qualquer erro e seita que de qualquer maneira sejam contrários à Santa Igreja […] Eu […] jurei, prometi e me comprometi acima […]”.

Giordano Bruno morreu queimado na fogueira por heresia 50 anos antes de Galileu proferir seu discurso para evitar a morte pela mesma razão. Eu me sinto horrível de pensar que daqui a 300 anos alguém possa ler sobre a nossa época e pensar que as pessoas que queriam estudar a clonagem tiveram de morrer na fogueira ou negar ridiculamente suas idéias como Galileu (diz a lenda que quando Galileu se levantou da sua posição de joelhos murmurou: “E no entanto ela se move”).

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“Não é função do nosso governo impedir que o cidadão caía em erro. É função do cidadão impedir que o governo cai em erro”. Robert H. Jackson, Juiz da suprema corte, EUA. 1950.

Quem tem medo dos cientistas?

Em um recente artigo na folha de São Paulo, o cientista Marcelo Gleisser fala de todos os riscos das invenções tecnológicas propiciados pela ciência. Em um artigo da revista “Nature” dessa semana, um outro cientista fala como o trabalho da ciência com armamentos (químicos, biológiocs e nucleares) tem afastado jovens da carreira acadêmica e prejudicado a credibilidade da ciência junto a sociedade. Em seu livro ‘O mundo assombrado pelos demônios’, Carl Sagan fala do aumento de responsabilidade dos cientistas para com as novas descobertas, já que aumentou em muito a capacidade do homem de destruir a si mesmo e ao planeta, seja pelo meio de armas nucleares, seja por microondas, seja por destruição da camada de ozônio, desmatamento da Amazônia ou por acúmulo de lixo até a estratosfera.

Mas existe realmente razão para a sociedade ter medo dos “cientistas loucos” e seus brinquedinhos perigosos? Pego emprestada uma história contada por Sagan, mas relatada também por muitos outros cientistas que viveram o pós-guerra/fria nos EUA.

O físico húngaro Edward Teller, ainda jovem, fez grandes contribuições na mecânica quântica, física do estado sólido e na cosmologia. Em 1931, Teller levou o também físico Leo Szilard até a praia onde Albert Einstein tirava férias, propiciando o encontro que gerou a histórica carta de Einstein pra o presidente Roosevelt, sugerindo enfaticamente, em função dos recentes acontecimentos políticos, que os EUA montassem uma bomba de fissão nuclear (ou atômica) antes que os alemães o fizessem.

Os EUA juntaram a elite mundial da física e montaram o projeto Manhatan que construiu as duas bombas que foram detonadas em Hiroshima e Nagazaki. Apesar de sua participação no encontro histórico e do convite posterior para integrar o projeto Manhatan, Teller recusou. Não por que fosse contra as possibilidades da destruição atômica, e sim pelo contrário. Teller queria construir uma bomba de fusão atômica, ou bomba termonuclear, ou a bomba H (de hidrogênio). Quando os átomos de H se fundem formando o Hélio, liberam enormes quantidades de energia.

A capacidade destrutiva da bomba H é muitas vezes superior a bomba atômica, e enquanto existem limites para a potencia de uma bomba atômica, não existem limites para a de uma bomba H.

Apesar de ter sido a URSS a primeira potência a construir uma bomba termonuclear com eficiência (as idéias iniciais de Teller estavam bastante equivocadas, e o trabalho de muitos físicos foi necessário para corrigi-las, mesmo assim ele é considerado o Pai da bomba), os EUA ainda construíram MUITAS bombas H. Teller foi uma figura política importante para fomentar a corrida armamentista e a guerra fria. Ele gerou intrigas e minou a influência de Oppenheimer, o brilhante físico que comandou o projeto Manhatan e que no pós-guerra comandava a comissão de energia nuclear americana, e que era contra a chamada “Super”.

Em 1983 foi descoberto que os incêndios causados nas cidades pelas armas nucleares gerariam enormes quantidades de fumaça, que ficariam presas na atmosfera e poderiam abaixar a temperatura da Terra em uma média de 15 a 20 oC (as estimativas atuais mais precisas colocam entre 10 a 15 oC). Era o inverno nuclear, que destruiria qualquer nação que lançasse armas termonucleares, mesmo sem revide do adversário.

Teller chegou a declarar na revista “Time” sua “determinação quase fanática” em construir a “super”. Para justificá-la ele sugere que são as bombas termonucleares que mantém a paz, através da ameaça da sua utilização (ainda não tivemos uma guerra mundial não é mesmo). Ele propõe a utilização de bombas H para dragar portos (propôs isso a rainha da Grécia que respondeu que o pais dela já tinha numero suficiente de ruínas exóticas) e para estudar a composição química da Lua (estudando o espectro do clarão de da bola de fogo formado por uma explosão termonuclear). Ele tem sido o maior obstáculo para a assinatura de um amplo tratado de fim dos testes com armas nucleares, e foi ele quem propôs ao presidente Reagan a construção de um escudo no espaço formado por lasers de raio X impulsionados por bombas H. O polêmico projeto “Guerra nas estrelas”. Depois das guerras não parecerem mais uma ameaça para a humanidade, Teller tem defendido a explosão de uma nova geração de bombas super potentes no espaço para desviar ou destruir possíveis asteróides em rota de colisão com a Terra.
Enquanto Teller fazia todos os esforços para que o mundo reconhecer as bombas H (e ele) como salvadores da humanidade (ao invés de carrascos), ele foi o cientista que mais teve poder e responsabilidade sobre os riscos que a humanidade correu. Jeremy Stone, então presidente da federação de cientistas americanos escreveu que “com sua fixação pela bomba H, Edward Teller pode ter sido o ser humano que, mais que qualquer outro da nossa espécie, contribuiu para colocar em risco a vida no planeta Terra”.

A verdade é que grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Mas como disse o chefe da CIA uma vez, “o sigilo absoluto corrompe de forma absoluta”. Não precisamos de governantes que decidam com quais temas devemos ou não nos preocupar, quais conhecimentos são perigosos e quais não, e de quais verdades temos de ser “protegidos”. Apenas a ampla discussão das idéias, o desenvolvimento da consciência critica, a alfabetização literária, política e científica podem fazer isso, libertando o povo da ignorância que permite que tipos como Teller influenciem na política de uma nação inteira e no destino do planeta por mais de 5 décadas. Teller quase destrói o mundo com sua POLÍTICA e não com sua CIÊNCIA.

Depois de um século onde tivemos tipos como Stalin e Hitler e começando um outro com outros tipos como Bin Laden e Bush, é em nossas lideranças políticas que não podemos confiar cegamente.

O encontro dos presidenciáveis com a ciência

O que espera a Ciência do Brasil nos próximos anos? Graças a Deus (aquele no qual eu não acredito) o governo do Efêagá esta terminando. Quando da época do pareamento do real com o dólar, o orçamento do CNPq era de USD 642 milhões. Hoje é de R$ 642 milhões. Além disso, o governo federal contingenciou 45% do valor que seria repassado este ano.

Em uma tentativa de tentar responder a pergunta no inicio do parágrafo anterior, a sociedade brasileira para o progresso da Ciência (SBPC) em sua 54ª Reunião Anual, no campus da Universidade Federal de Goiás, elaborou o ‘Encontro com os Presidenciáveis com a ciência’ realizado na última quinta-feira. Um fracasso! Apenas o candidato, José Maria, do PSTU, compareceu, e pôde apresentar livremente todas as suas idéias, por mais polêmicas que fossem.

Garotinho, que tinha garantido presença, na última hora, como tem se repetido com alguma freqüência nas suas participações em reuniões científicas, foi impedido por um “problema grave” no Rio de Janeiro (compreensível). Mas tudo bem; Garotinho mandou seu principal assessor para a área de C&T, Wanderley de Souza, cientista de renome e ex-secretário de C&T/RJ, que apresentou o pronunciamento inicial, previamente elaborado, do candidato. Alem disso, a atuação de Garotinho frente a fundação de amparo a pesquisa do Rio de Janeiro, FAPERJ, nos seus quase 4 anos de governo foi muito louvável. Ele aumentou em muito os recursos do estado para a pesquisa, criou uma estrutura para dedicar definitiva e diretamente verba do tesouro estadual para a instituição, que por sua vez conseguiu recuperar a credibilidade frente à comunidade cientifica Fluminense.

Lula, que tinha garantido participação, foi sorteado para falar ao ‘Jornal Nacional’ da Rede Globo justamente na hora do evento da SBPC. É… a corda rompeu do lado mais fraco (compreensível). Mas o candidato do PT ao menos tinha comparecido no evento na segunda-feira, dia 8. Lula conversou com a presidente da SBPC, Glaci Zancan, e com a reitora da UFG, Milca Severina Pereira, e explicou os motivos de sua ausência no programa desta quinta-feira. E o principal: Lula deu publicidade às idéias básicas de seu programa de governo para a área de C&T.

O que fizeram Ciro Gomes e José Serra? Logo que a assessoria de Ciro recebeu a carta-convite da SBPC, de 13 de maio, o senador Roberto Freire, presidente do PPS, partido de Ciro, respondeu a um telefonema da assessoria de imprensa da SBPC e confirmou a participação de Ciro. Posteriormente, a assessoria de Ciro disse que ele viria e depois disse que não viria. A carta-convite da SBPC não mereceu a consideração de uma resposta por escrito. Quanto a Serra, seu coordenador de agenda enviou à SBPC um fax, daqueles primores de comunicação formal e burocrática (uma resposta padrão), apenas 3 horas antes do evento, alegando que ‘o senador’ estava ‘impossibilitado de comparecer por conta de compromissos anteriormente assumidos’. E esse era o ministro da saúde!
De qualquer forma, mais ou menos, a gente sabe o que a ciência pode esperar de cada candidato.

Mas, na ausência dos presidenciáveis, a comunidade teve tempo suficiente para discutir e elaborar propostas que serão entregues aos presidenciáveis

O básico: que o Brasil tenha diretivas de C&T em longo prazo! E que elas sejam respeitadas. Pedem um pouco mais de consideração com as instituições que ajudaram a colocar o Brasil na 17ª posição no ranking mundial de produção científica, sendo um dos 20 paises que contribuem com uma produção científica superior a 1% da produção mundial. No que se refere ao desenvolvimento tecnológico, nossa situação é pior, pois ocupamos hoje a 43a posição em um ranking elaborado pela ONU. Isso por que complexo técnico-científico brasileiro está localizado principalmente nas Universidades públicas e em centros de pesquisas públicos e foi, em sua quase totalidade, criado à margem do sistema produtivo.

Que a área econômica entenda que a manutenção dos recursos para ciência e tecnologia precisa ser permanente. Que “Não podem ser vistos como custo. Mas como investimentos”. Ex: Há cerca de 10 anos o Brasil remetia algo em torno de 300 milhões de dólares a título de importação de tecnologia; hoje, essa despesa já representa cerca de 2,5 bilhões de dólares, sem que necessariamente esse aumento extraordinário se devesse às demandas de nosso desenvolvimento.

Na abertura da reunião da SBPC, o ministro de Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, se disse “constrangido” com a atual situação financeira do MCT. Para um país onde estima-se que existam cerca de 200 mil pessoas envolvidas em atividades de C&T, o que representaria cerca de 0,13% da população (índice este ainda muito baixo quando comparado até mesmo com nossos vizinhos), esperamos mais que isso dos nossos ministros e futuros presidentes.

Qual a idade da vida? (Da série: Minha mãe, a Chita, ou o que é a Seleção Natural?)

“O homem se desenvolveu de um óvulo com um diâmetro de aproximadamente 1/125 polegadas, que em nenhum aspecto difere dos óvulos de outros animais […] O próprio embrião, em um período muito inicial, não pode ser distinguido do de outros membros do reino dos vertebrados […] As fendas na lateral do pescoço permanecem […] e os ossos do cóccix projeta-se como uma verdadeira cauda, que estende-se consideravelmente alem das pernas rudimentares […] Descobrimos que o homem descende de um quadrúpede peludo, dotado de cauda e orelhas pontudas …” (Charles Darwin em A ancestralidade humana)

Até Darwin, o homem era algo especial. Basicamente diferente dos outros animais. O mundo e o universo tinham sido criados por Deus para o Homem e por nenhuma outra razão. Em a origem das espécies, Darwin falava pouco sobre o ser humano. Foi apenas 12 anos depois, com sua teoria bastante reconhecida, que ele tomou coragem para publicar “A ancestralidade humana”, um calhamaço de mais de 1000 paginas tentando explicar com todas as suas forças de onde viemos. Como na época de Darwin não existiam fósseis, foram às observações do desenvolvimento de embriões que forneceram as principais provas da descendência humana.

Mas Darwin não conseguiu explicar como os caracteres hereditários eram transmitidos de pais para filhos e, conseqüentemente, como as pequenas mudanças que acarretavam na transformação de uma espécie em outra eram adquiridas. Foi na cidade de Brno, na atual República Checa, que os (hoje clássicos) experimentos com ervilhas que explicam a transmissão dos caracteres genéticos foram realizados pelo monge Gregor Mendel.

Mendel não se interessava por genética. Na verdade a genética não existia. Filho de camponeses pobres, ele se interessou por agricultura desde pequeno. Depois de se ordenar padre e estudar história natural, matemática e estatística. Ele cruzou milhares de pés de ervilhas para estudar as proporções numéricas resultantes entre cruzamentos de uma classe e outra. Seu interesse era, por exemplo, se cruzando plantas altas e baixas o resultado seriam plantas altas, baixas ou médias. Depois de analisar milhares de ervilhas ele descobriu que algum tipo de partícula, que existiam aos pares nos seres vivos, era responsável pelos caracteres observados nos organismos. A altura, a cor da pele dos olhos e dos cabelos, o sexo etc. Hoje sabemos que essas “partículas” são os genes.

Apesar das 5 regras que Mendel descreveu, e que valem até hoje, para todos os seres vivos, seu trabalho foi tido primeiramente como estatístico e apenas no começo do séc XX foi redescoberto por Hugo De Vries (que descobriu as mutações) e teve sua imensa importância reconhecida.
A partir daí, foram necessários apenas mais 50 anos para a descoberta de estrutura em dupla hélice do DNA e outros 50 para a clonagem da ovelha Dolly.

A 4 bilhões de anos atrás, na era pré cambriana, da famosa sopa primordial, emerge a vida, na forma de uma célula bacteriana. Durante os 3 bilhões de anos seguintes as bactérias colonizam a terra e apenas há 600 milhões de anos atrás a 1a forma de vida multicelular apareceu.

Durante a era Paleozóica a vida explode. Há 545 milhões de anos atrás a vida aquática se diversifica; a 425 milhões de anos aparecem os moluscos com conchas e a 395 milhões de anos os animais terrestres. Há 280 milhões de anos atrás aparecem os répteis. Depois de um devastador evento de extinção a 250 milhões de anos atrás, os répteis evoluem e dominam a terra, até 65 milhões de anos quando se extinguem (muito provavelmente devido ao tal meteoro que todo mundo já ouviu falar).

O clima da terra muda e se resfria um pouco e as florestas pluviais dão lugar a prados e bosques. Os mamíferos se diversificam e 4 milhões de anos atrás aparecem os primeiros membros da família humana dos primatas. A cerca de apenas 50 mil anos apareceu o primeiro Homo sapiens.

É pouquíssimo intuitivo pensar em termos de bilhões e milhões, ou mesmo milhares de anos. São certamente escalas de tempo que escapam a nossa percepção e dificultam a nossa compreensão. Mesmo assim, o ser humano é uma espécie muito nova, com uma grande capacidade de modificar o ambiente para promover sua adaptação, mas que ainda trás consigo marcas fortes de sua origem menos evoluída e que provavelmente ainda sofrera grandes transformações em sua estrutura.

A seleção Natural – 2a parte

Quase todos os organismos possuem uma maquinaria, seja fisiológica, bioquímica ou genética para se adaptar as mudanças do ambiente. Enzimas que não são utilizadas até que sejam necessárias, genes que não são transcritos até que sejam induzidos, vias metabólicas que não são ativadas até que outras sejam inibidas. Algumas pessoas podem apresentar uma capacidade de adaptação maior para alguns eventos (resistência ao frio, sensibilidade a luz, audição mais aguçada) do que outras. Isso por que a genética de cada um é diferente. Essa variabilidade vem principalmente de dois mecanismos, as mutações e o intercruzamento de genes (crossing-over) no momento da divisão celular que reduz o numero de cromossomas a metade (meiose) para preparação das células sexuais reprodutoras, vulgos gametas. Essas “capacidades especificas” de cada pessoa, registradas nos genes do DNA, podem ser transmitidas de uma geração para outra. E nesse princípio que se baseia a Seleção Artificial quando os homens escolhem animais com características especificas para serem cruzados dando origem a prole com as características de ambos os pais.

Tudo bem, mesmo Darwin com sua impressionante capacidade de observação não conseguiu explicar a transmissão das características hereditárias. O melhor que ele conseguiu fazer foi sugerir a idéia absurda de que pequenas partículas de nosso corpo eram enviadas aos órgãos sexauis onde se fundiam em pequenas sementes de nós.

As mutações acontecem naturalmente com uma determinada freqüência (que é baixa) seja por resultado de erros no momento da replicação do DNA, seja por estímulos ambientais externos como exposição a radiação quando vamos tirar um Raio-X, ou simplesmente por pegar uma boa dose de UV na praia no final de semana. Alguns elementos como o Urânio e o Tório são naturalmente radioativos, mas quase todos os elementos apresentam isótopos radioativos (por isso podemos dosar a idade de minerais pelo isótopo 14Carbono). Até mesmo uma árvore possui certa quantidade de isótopos radioativos de elementos comuns como sódio, carbono e potássio.
Em grande parte das vezes as mutações são negativas, ou sejam não conferem nenhuma capacidade melhor do organismo se adaptar ao ambiente. Para essas mutações cotidianas a que estamos expostos possuímos excelentes mecanismos de reparo.

Mas de tanto em tanto, alguma mutação que confere uma grande capacidade adaptativa aparece. Essa capacidade pode não ser percebida até que uma mudança drástica no ambiente ocorra. Por exemplo, um pombo que nasça com o bico levemente curvado para o lado pode passar despercebido na população. Mas se um dia os velhinhos parassem de jogar milho nas praças e os pombos precisassem buscar alimentos embaixo das cascas de árvores, e nesse caso, talvez os pombos com bicos tortos levassem uma vantagem. Eles conseguiriam mais alimento e teriam maior chance de chegar a idade da maturidade sexual, se reproduzindo e deixando descendentes, todos com bicos tortos e, conseqüentemente, com mais facilidade para se alimentas, crescer e reproduzir. Em algumas gerações todos os pombos teriam bicos tortos.

O principio da exclusão competitiva e da seleção natural, que é melhor traduzida pela expressão “a lei do mais adaptado” ao invés de a lei do mais forte, pode ser aplicado não só a biologia mas a diversos campos do conhecimento, como as ciências exatas e humanas. Por isso acho importante, termos claro em mente que o ambiente é capaz de causar mutações, mas essas sempre serão aleatórias e nunca “encomendadas”. O clima frio nunca fará com que o filhote de cobra nasça com um casaco de pele. Mas certamente um filhote de cobra que nasça com esse casaco de pele terá mais chance de sobreviver e reproduzir caso a temperatura em seu habitat caia bruscamente e por um longo período. A seleção natural sempre vai atuar em um leque existente de possibilidades de adaptação no ambiente, e nunca “encomendar” uma característica aos genes.

Por isso, vamos esquecer aquela história intuitiva de que a girafa tem o pescoço comprido de tanto estica-lo para comer as folhas de árvores mais altas.

O responsável por desvendar o mistério da hereditariedade foi o monge Gregor Mendel. Mas isso é uma história para semana que vem.

Tudo acaba em Pizza

A ciência tem sempre de ser séria. Ou melhor, confiável. O que não quer dizer que não seja engraçada de vez em quando. Talvez quando estejamos tratando de temas menos “científicos”, digamos. Como por exemplo a pesquisa do Dr. Hisch, do instituto de aromas de Chicago (só poderia ser nos EUA). Essa particular instituição tem como objetivo estudar o efeito dos aromas nos seres humanos. Um objetivo bastante nobre, eu diria, dados os efeitos de feromônios (aquelas substâncias que funcionam como mensageiros e, por exemplo, podem ativar o desejo sexual) e outras substâncias no nosso organismo.
Enfim, este senhor descobriu, após testar mais de 40 combinações de odores, que a mistura de tomate, mozzarela e orégano, ativa de forma significativa em até 40% a circulação de sangue do órgão sexual masculino. Ou seja, a pizza Marguerita é um tremendo Viagra. Gatinhas, dá próxima vez que forem convidadas pra comer uma pizza e tomar um chopp… já sabem do que se trata (é…. como se não soubessem!).

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