Diário de um Biólogo – Domingo 31/01/2010

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Rio de Janeiro, praia do Leblon, vista do Morro dos Dois Irmãos, sol de rachar, temperatura da água 24oC… O que poderia dar errado em um dia desses? Só uma coisa.
Me expus demais, o que parecia natural no dia de hoje, e me queimei.

Diário de um Biólogo – Domingo 13/12/2009 – LOST na Ilha

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Sempre fico contente quando sou convidado para uma apresentação. Dizem que com o tempo a gente vai se acostumando com os convites, e que em algum momento eles até chateiam mais do que agradam. Ainda não aconteceu comigo. Mas fico ainda mais contente quando o convite é pra ir a Florianópolis. Talvez porque fique sempre na esperança de que ‘dessa vez’ vou conseguir conhecer as belezas da ilha. Mas quer o destino que todas as vezes que me chamaram para ir lá, o tempo fosse apertado. Mas especificamente das últimas 3 vezes eu fiquei menos de 24h.
Quando o pessoal da EAD da Biologia me chamou para abrir a capacitação docente deles no dia 14/12 eu pensei… tinha que ser… A jornada científica do laboratório terminava no dia 13 de manhã e o curso que tinha de dar em Recife começava dia 14 a tarde. Sabia que ia ficar novamente menos de 24h.
Apertei daqui, apertei dali e consegui chegar em Floripa as 13h de Domingo, com a passagem para Recife no dia seguinte, as 12h. Um bom professor sabe o que tem de fazer quando o tempo é curto: selecionar o que vai fazer, porque quando a gente tenta fazer tudo o resultado é sempre pior. Então estava decidido: dessa vez ia conhecer a Praia Mole, que eu tanto já tinha passado em frente.
Esse paraíso dos surfistas está ao lado da famosa Praia da Joaquina, perto da Lagoa da Conceição.
Abre parenteses: O surf é um recalque que eu tenho. Nunca consegui ficar em pé na prancha (ainda que, verdadeiramente, tenha tentando só uma ou duas vezes). Quando assisti ‘Caçadores de emoção” pela primeira vez, prometi a mim mesmo que aprenderia antes dos 30. Quando assisti pela 58a vez, me prometi que seria antes dos 40. Ainda tenho dois anos. Fecha parenteses.
Meu hotel era no centro, perto da universidade. Então talvez motivado pela recente palestra do Paulo Saldiva no TEDxSP, talvez lembrando dos meus tempos de duro quando desenvolvi a teoria de que a melhor forma de se conhecer uma cidade é andando de ônibus errado, ou simplesmente desanimado com a hipótese de pagar uns R$50,00 de táxi pra ir a praia, resolvi ir de ônibus.
Quando consegui chegar na praia, quase 4h depois (eu disse quatro, 4, q-u-a-t-r-o horas depois) entendi varias coisas: a primeira é (e esse é o link desse post com a biologia) que vamos continuar tendo aquecimento global, porque com esse tipo de transporte público nas cidades, quem puder escolher, vai de carro. E olha que eu não estou falando de uma cidade do interior: é uma capital de estado e um dos principais destinos turísticos do país. A volta foi um transtorno similar. Felizmente eu estava revigorado pela beleza da Praia Mole.
Ainda assim, como cheguei muito tarde de volta no hotel, tive de abortar o chopp com o Petrucio para terminar minha apresentação pro dia seguinte. Valeu a pena, mas da próxima vez, vou pedir o meu hotel na Mole mesmo.

Paulo Saldiva – Exclusão e racismo ambiental (TEDxSP) from Monkey Business on Vimeo.

Diário de um Biólogo – Sexta 09/10/2009

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Chove a cântaros no Rio de Janeiro. Já chovia ontem quando peguei a maior água voltando a pé do cartório, que fica perto o suficiente pra não querer ir de carro e longe o suficiente para ser complicado ir de metrô. Mas quando percebi estava na frente da livraria que mais gosto no Rio de Janeiro, a Prefácio ao lado do Estação Unibanco. É uma pena que as livrarias do Rio fiquem cada vez mais aconchegantes e os livros que elas vendem cada vez mais caros. Hoje em dia, comprar os livros pela internet (as vezes na loja virtual da mesmas livraria), significa quase comprar um livro a mais. Mas considero que agora essas mais ‘vitrines’ do que lojas e entro pra me proteger da chuva, tomar um café e dar uma zanzada no meio dos livros porque faz eu me sentir mais inteligente. Acabei topando com “Candido ou o Otimismo” de Voltaire.
Já queria ler esse livro há algum tempo, desde que comecei a usar sistematicamente o artigo clássico de Gould e Lewontin sobre os ‘Spandrels‘ da basílica de São Marcos em Veneza e as anedotas do personagem Dr. Pangloss de Voltaire para criticar o programa adaptacionista dos biologos evolucionistas (busco um link no meu blog para o texto onde discuto esse artigo e me surpreendo ao descobrir que nunca falei sobre ele. Mas fica pra outra vez).
Dr. Pangloss é o filósofo alemão Leibniz, autor da teoria de que ‘vivemos no melhor dos mundos possíveis’ e por quem Voltaire nutria grande desrespeito. Comecei a ler o livro, que é bem pequeno, no congestionamento para voltar pra casa hoje. Estou no capítulo V e é divertidíssimo.
Dou uma parada para o jantar, Carpaccio, que eu mesmo faço, com uma taça do vinho que sobrou do final de semana (mas que estava preservado no vácuo) e penso se isso me faz sofisticado e em quantas pessoas diriam que sim e quantas outras diriam que não. Sento no computador e entre a correspondência está o Jornal da Ciência (um clipping de todas as notícias científicas na mídia no dia).
O JC representa pra mim o problema atual do excesso de informação. Todos os dias ele chega e quase todos os dias eu o deleto sem nem mesmo ver as manchetes. A razão é simples: sempre tem uma manchete, pelo menos uma, que me interessa. Hoje eu abri e não foi diferente.
Era um artigo do geneticista mineiro Sérgio Pena sobre evolução e criacionismo na Ciência Hoje. Eu sou fã das pesquisas dele o Sérgio e já até escrevi sobre elas. Ele também já escreveu vários livros para o público leigo sobre raças, a sua especialidade. Mas não gostei desse artigo. Todas as informações estão corretíssimas, mas apenas para os pouco iniciados capazes de entendê-las ou de se sensibilizarem com elas. Sérgio diz que não entende como algumas pessoas podem renegar a evolução e desfila argumentos inquestionáveis como a semelhança do nosso genoma com os dos chimpanzés (95%), camundongos (67%), mosca da fruta (45%) e… até com as leveduras que fazem nossa cerveja (cerca de 15%). E ai reside o pecado do texto: ele prega para convertidos. Qualquer um capaz de entender os seus argumentos certamente não é alguém que renega a seleção natural e a evolução.
Lembrei da clarividente citação de Dobzhanski que publiquei aqui: de acordo com ele, não importa a qualidade (e quantidade) dos argumentos racionais. Se as conclusões forem desagradáveis, as pessoas resistirão a elas.
Fico pensando então de que serve todo o nosso intelecto, se no final das contas o que vale é o sentimento. Peraê, mas será que é o sentimento mesmo?
A questão é que se eu dissesse que é o nosso ‘instinto’ que vale, os humanistas começariam a bradar dizendo que nossa razão é dominante sobre o nosso instinto. Mas curiosamente, são esses mesmos humanistas que sublimam a razão em nome do sentimento.
No biografia de Voltaire há uma citação de Frederico da Prussia que durante algum tempo foi mecenas de muitos intelectuais do século XVIII, e teve de apaziguar algumas querelas entre os egos inflados: “O diabo encarnou nos meus literatos, e não há maneira de fazê-los voltar a razão… Deve ser um consolo para os animais ver que gente com tais cérebros não é muitas vezes melhor que eles”.
A questão não é o que diferencia razão e sentimento, mas o que os une: o instinto! Somos tão insuportavelmente animais que resistimos heroicamente a aceitar definitivamente a racionalidade de que tanto nos orgulhamos (que frase horrorosa… quantos advérbios…). O instinto pode se travestir tanto de razão quanto de emoção e é isso que o torna perigoso e maravilhoso.
O que fazer? Não sei, vou perguntar a Baco.

Diário de um Biólogo – Domingo 08/03/2009


Acordei tarde e feliz. Desde ontem não faço nada além de comer, dormir e namorar.

Mas mais uma semana vai começar e o texto do blog ameaça fazer 15 dias estampado na vitrine. Havia me prometido lançar pelo menos um texto por semana, mas a coordenação da nova Biofísica para Biologia (BMB163) tem tomado todo o meu tempo. Como boa parte desse tempo foi gasto na criação de textos para auxiliar nas aulas, pensei: “Porque não colocar eles também no blog?”

Os textos são um pouco mais didáticos do que eu costumo a colocar aqui, mas talvez sejam até mais interessantes para os muitos estudantes que frequentam o VQEB. Quem sabe até eles não comentem mais os textos, que eu sei, por diversos canais (tem texto até com comunidade – pro bem e pro mal – no Orkut), ele lêem?

PS: Um beijo especial hoje para todas as mulheres por mais esse dia especial.

Diário de um Biólogo – Quarta 25/02/2009

Nem só de ciência vive um cientista.

Sim, é verdade, alguns deles viviam. Muita gente não sabe, mas Newton nunca se casou (os rumores são de que morreu virgem) e mais do que sobre matemática e física, ele escreveu sobre alquimia e teologia. Deve ter sido um chato.

Então, mesmo contra a vontade dos jornais do Rio, que não conseguiram publicar corretamente NENHUM horário de bloco, consegui chegar em um ou outro, e felizmente no Quizomba, que saiu lá pelas 18h no ‘circuito’ Lapa-Glória. O máximo!

E quando a 4a feira prometia ser de cinzas e descanso, ligo o rádio depois da praia, porque no restaurante da dona Marta não tinha televisão, e ouço o Salgueiro na frente da Beija-Flor por 8 décimos.

A diferença chegou a diminuir, mas como meu primo de São Paulo e a namorada vieram da terra da garoa para desfilar pela Beija-flor, eu tinha certeza que eles não ganhariam!

Saiu o resultado final: Salgueiro campeão do carnaval 2009!

Como disse o Aldir Blanc (ou foi o Nelson Rodrigues?!): “Você pode sair da Tijuca, mas a Tijuca nunca sai de você.” Me mandei pro Andaraí, porque nessa noite não existe outro lugar para ir no Rio de Janeiro.

Cientista maluco é aquele que perder uma festa dessas!

Diário de um Biólogo – Sexta 19/12/2008

Cheguei em São Paulo na hora do almoço. O compromisso que me tráz aqui não é científico. Venho ver uma antiga paixão: A Madonna! Porque eu não fui assistir no Rio vocês podem perguntar, mas essa é uma outra história, que tem a ver com o meu único primo que é paulista e tinha um ingresso sobrando. Fui almoçar com ele, que veio me buscar com um terno que não combina com a imagem que eu ainda tenho dele com 9 anos (5 a menos que eu) sendo massacrado na guerra de travesseiros, na casa de praia em São Pedro da Aldeia.

Depois do almoço (bife a cavalo) em um típico buteco carioca em SP, o Pirajá, ele voltou para o trabalho e eu me encaminhei para o programa que venho querendo fazer das últimas 5 vezes que estive em SP: O museu da língua portuguesa. Fui de ônibus pela Rebouças até a estação do metrô da consolação e de lá até a estação da luz, onde fica o museu. Sim, na estação mesmo. Pra começar o ingresso, inteiro, adulto, custa R$ 4,00. O museu é um expetáculo (com x do sotaque carioca). Mas vou falar apenas da exposição sobre Machado de Assis.

Mais que seus famosos textos, me chamaram atenção suas observações sobre o ato de escrever. Talvez porque eu esteja escrevendo tanto nesses últimos tempos (seja no blog, nos artigos, teses de alunos, mas principalmente nos cursos a distância) mas possivelmente porque tenho tido de avaliar o que os outros escrevem: meus alunos em geral. Impressionante como suas observações são modernas. Algumas impressas nas paredes, no chão ou em páginas de livros gigantes, como na foto acima.

Outras, lidas por vozes famosas em auto-falantes grudados nas paredes:
“Talvez eu suprima o capítulo anterior. Há ai, nas últimas linhas, uma frase muito parecida com um despropósito. E eu não quero dar pasto a critica do futuro”.

Essa é de ‘Memórias póstumas de Brás Cubas’:
“Mas não, não alonguemos esse capítulo. As vezes, me esqueço a escrever e a pena vai comendo papel, com grave prejuízo meu, que sou autor! Capítulos compridos quadram melhor a leitores pesadões e nós não somos um público infólio,. Mas in- doze pouco texto, larga margem, tipo elegante, corte dourado e vinhetas… principalmente vinhetas. Não, não alonguemos o capítulo.”
As frases de Machado se aplicam muito bem ao mundo saturado de informação onde vivemos, em que a diferença entre um bom texto e um texto ruim, ou um texto fácil ou difícil, esta diretamente relacionada a quantidade de texto produzido por um autor. A quantidade é um parâmetro de qualidade. Depois que aprendi isso, é difícil imaginar como alguém pode não percebê-lo. Nada mais me chamou tanta atenção na exposição.

Faz toda a diferença para escrever um texto científico ou acadêmico.

Diário de um Biólogo – Terça 28/10/2008

É inevitável: Todo cientista também será um contrabandista.

Já escrevi aqui e aqui sobre as dificuldades de importação de material científico no Brasil e como isso reduz nossa produtividade científica. Outra circunstância dificultadora importante foi criada nos últimos anos: a necessidade de permissões do IBAMA para trabalhar com a nossa Fauna e Flora. Você pode se sentar com a sua vara de pescar a beira do Paraíba do Sul e pescar alguns Cascudos para o almoço (a seu próprio risco) mas se for um estudante coletando Cascudos para estudar a poluição no rio, é preso sem direito a fiança. Quem me déra fosse assim em Brasília!

Tenho um aluno há dois meses nos EUA esperando por amostras de sangue de peixe que deveriam ser enviadas pelo sistema de exportação de amostras da Fiocruz, mas nesse tempo todo, não conseguiram a autorização do IBAMA. Se você colocasse na mala e trouxesse, não haveria problema nem mesmo com a alfândega mais chata do mundo:

– Are you bringing food or bevarages?
– No, just fish blood samples
– What are you doing with fish blood?
– Research
– Oh, ok. We don’t regulate fish blood. You are clear to go.

Simples assim. E você poderia fazer o seu trabalho.

Claro, devemos proteger nossa biodiversidade, devemos combater a biopirataria, mas a morosidade e a burocracia do IBAMA são um tiro no pé. É mais fácil um americano vir aqui e acessar nossa biodiversidade ilegalmente do que nós acessarmos ela legalmente.

Deu na CBN, de novo

Dar entrevista é bacana. Eu que sou um árduo defensor do cientista pop, fico feliz quando a imprensa se interessa por um determinado trabalho do laboratório. Mesmo que a entrevista seja às 6:40h da manhã.

Duas semanas atrás a assessora de imprensa do IBQm, veio no laboratório conversar com a gente sobre os projetos em andamento e preparou um release sobre o trabalho do Diogo. Ele está estudando no mestrado mecanismos de detoxificação de metais pesados nos camarões cultivados no Nordeste. Até agora, descobrimos que os camarões não utilizam as mesmas estratégias de descontaminação que a maior parte dos invertebrados marinhos. Mas descobrimos também a alta contaminação das rações por metais pesados. Várias marcas de ração, vários lotes da mesma marca, todos tinham concentrações de Mercúrio (Hg) , muito além do residual. Isso não é bom.

O Hg, claro, vai para nos tecidos do camarão. As concentrações ainda não são alarmantes (5% do valor máximo permitido por lei). Quer dizer, não são alarmantes para o consumo humano. Já para os camarões, isso é um problema. Nossa hipótese é que eles gastam tanta energia pra se livrar do Hg, que não sobra nada para crescer. Isso é ruim para o produtor, já que 70% do custo do cultivo é ração, que acaba sendo desperdiçada com animais que estão se descontaminando e não crescem.

As 6h parei tudo, dei uma olhada na versão da tese, revi os valores permitidos pela legislação. Dar entrevista ao vivo não é fácil. Inclusive por isso não deixei o Diogo falar. Cinco de cada oito palavras que ele fala são gíria. Dessas, 3 são conhecidas apenas pela rapaziada do Grajau. Não dava pra sair na CBN. Fiz algumas anotações para me livrar de um possível ‘branco’ e fiquei esperando o telefone tocar.

Você pode ouvir a conversa com o Heródoto Barbeiro aqui. Achei que ele tentou ser mais contundente do que os meus resultados realmente permitiam. Mas essa não é sempre a questão entre cientistas e jornalistas?

Diário de um Biólogo – Domingo 27/01/2008

Salvador. Meio dia. Termina o 4º dia de curso. As aulas começavam às 8h e terminavam às 18h e apesar de eu e a Bahia sermos velhos conhecidos, ainda não pude ver nada da folia.

Um mestrado profissionalizante tem suas particularidades. Metade da turma era de gestores. Como fazer pra falar pra essa turma sobre bioquímica, biologia molecular, meio ambiente? Mas mestrado é sempre mestrado. Quero dizer, é um treinamento em ciência, e o treinamento em ciência é o melhor treinamento em solução de problemas que se pode ter. Qualquer que seja o seu problema. Por isso não pode ter moleza. Mas eles foram bem, e acho que eu também, já que quando a aula terminou, me chamaram pra ir pro Pelourinho.

No carro, os alunos começam a contar sobre suas expectativas quanto ao mestrado. Principalmente um emprego melhor. Um deles é chefe de manutenção de uma petroquímica e comanda uma equipe de 6000 homens que trabalham em turno 24/24h. Ainda essa semana tinha sido convidado pra trabalhar em Macaé, mas só se fosse pra ganhar mais do que os R$ 8.000,00 que ganha hoje. Papo vai papo vem, descobri que o meu era o menor salário do carro. Chegamos no Pelô e pedi pra ir comer moqueca. Os outros encontraram com a gente e quando sentamos, descobrimos que o meu era o menor salário da mesa.

Veio a conta: R$ 40,00 a muqueca de camarão com dendê, R$ 60,00 a mariscada, R$ 10,00 a dose do Red Label e R$ 4,50 a Skol.

Sou professor de uma das maiores universidades federais do país, mestrado, doutorado e dois pós-doutorados. Um monte de artigos publicados. Falo 4 idiomas. Anos investidos em livros e cursos. Colaboro com grupos de pesquisa em todo o Brasil e no mundo. Sou convidado para dar um curso na Bahia e meus alunos não deixaram eu pagar a conta porque ficaram com pena do meu salário. Nessas horas que eu fico com pena dele também e vejo como somos desvalorizados.

Fui pro ensaio da Timbalada. Já que a gente ganha pouco, tem pelo menos que se divertir.

Deu na CBN

Depois da reportagem na Folha de São Paulo, a Rádio CBN que fez um entrevista comigo no Domingo as 12:15h sobre as dificuldades para importação de material para pesquisa no país. Quem estava na praia, pode ouvir a entrevista aqui. Ontem o editorial da Folha de São Paulo novamente chamou atenção para o dia-a-dia Kafkiano dos cientistas importadores. A luta continua!

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